"Por vezes sentimos que aquilo que fazemos não é senão uma gota de água no mar. Mas o mar seria menor se lhe faltasse uma gota." (Madre Teresa de Calcuta)
28 March, 2006
Ilha de Bruma
Eu buscava uma ilha sobre o vento e a espuma
a que só era de ser a sempre ausente
ilha nenhuma.
Agora tenho-a à minha frente
ilha de bruma.
Buscava um lugar santo um canto um cântico
um triângulo mágico uma palavra um fim.
E vejo um grande pico sobre o atlântico
e uma ilha a nascer dentro de mim.
Manuel Alegre, In. Pico
27 March, 2006
"Diz-que-diz-que" ou "Leva-e-trás"
(Lv. 19.16,17.)·
A posição de Deus é esclerótica: ninguém deve andar com mexericos no meio do povo de Deus.
A definição que encontramos no Dicionário Aurélio de alcovitar é: “Narrar em segredo e astuciosamente, com o fim de malquistar, intrigar ou enredar. Andar com mexericos; fazer intrigas”. E na definição de intriguista, deparamos com o termo “leva-e-trás”, ou seja: alcoviteiro.
A pressuposição mística deste costume não pode ser assente em nenhum outro vocábulo, a não ser: pecado. Mexericar é desrespeitar Deus; portanto, é pecado e ponto final.
Mas o versículo subsequente a esta inibição celestial revela-nos que não peca somente a criatura que forja o enredo, mas igualmente quem dá ouvidos a ele! Note a enunciação: “não deixarás de repreender o teu próximo, e não levarás sobre ti pecado por causa dele”. A Bíblia diz-nos que quando alguma pessoa dá ouvidos ao mexeriqueiro, está sendo cúmplice dele. A singular forma de não errar junto com o alcoviteiro é repreendê-lo e denegá-lo.
Em verdade vos digo que sempre que alguma ovelha tresmalhada do nosso rebanho vem ter comigo para falar mal de outro ser, nunca lhe dou ouvidos e quando disponho de oportunidade faço-a falar na frente do tal “fulano/a” para apurar a veracidade do tema. Desgraçadamente, a pluralidade das pessoas não exerce este princípio, mas aqueles que o fazem têm visto que ou ganham o mexeriqueiro, tirando-o do pecado, ou no caso de não o conseguirem, pelo menos não serão mais procurados por essa dita pessoa.
O mexerico é uma linguagem maligna, e infelizmente pode ser encontrada em qualquer povoação.
Os malefícios que ele suscita são incalculáveis. Quanta intriga, divisão, separação, inimizades são, actualmente, geradas pela língua que destila o veneno!
Todo aquele que se auto-proclama de “cristão” tem que estar suficiente perto da Palavra de Deus a fim de abafar estas vozes imperfeitas, desprezíveis e indignas.
Não falo unicamente de derrotar a tentação de alcovitar; falo de nem sequer dar ouvidos a um coscuvilheiro, pois mesmo que o estimado leitor nunca abra a sua boca para parafrasear a vida alheia, ainda pode pecar, bastando para isso ser cúmplice de quem o faz.
Não temos que controlar a vida de ninguém. Se alguém está em omissão, deve-se admoestá-lo, uma vez que isso é um mandamento bíblico, contudo, jamais temos o direito de divulgar a sua fraqueza: “Irmãos, se um homem chegar a ser surpreendido em algum delito, vós que sois espirituais corrigi o tal com espírito de mansidão; e olha por ti mesmo, para que também tu não sejas tentado.” (Gl. 6.1.)
É hora de acabar com o "diz-que-diz-que". Se o encararmos como ofensa, e descortinarmos o dano que ele tem trazido à nossa comunidade, creio que tiraremos um descomunal peso dos nossos corações e das nossas almas. Caso contrário a nossa consciência continuará cauterizada e seremos, definitivamente, impedidos de crescer.
“Mas Eu vos digo que de toda palavra frívola que os homens proferirem hão de dar conta no Dia do Juízo. Pois pelas tuas palavras serás justificado e pelas tuas palavras serás condenado.”
(Mateus 12:36,37)
24 March, 2006
Génio Incompreendido
"O génio consiste em um por cento de inspiração e noventa e nove por cento de transpiração."
(Thomas A. Edison)
21 March, 2006
Agricultura - Ontem e Hoje
Muitos produtos agrícolas são consumidos directamente, sobretudo nas zonas onde predomina a agricultura de subsistência. Em outros lugares, os produtos agrícolas são utilizados numa ampla gama de indústrias, desde a obtenção de alimentos derivados e fibras têxteis, até às do sector químico e manufactureiro. O café, o leite e o pão, ingeridos diariamente, são alimentos de origem agrícola. Os casacos de lã, os vestidos de algodão e os sapatos de couro, muitas tintas, plásticos e os remédios que as fábricas produzem também são edificados com produtos de origem agrícola.
A agricultura caracteriza-se, essencialmente, por necessitar de grandes espaços e por empregar uma grande porção da população mundial. É a actividade económica mais importante do nosso planeta.
Os principais ramos da agricultura são a produção de cereais, oleaginosas, hortícolas, a criação de animais e o cultivo de árvores de fruto, vinha e oliveiras. Contudo, nem todo o trabalho relacionado com a agricultura é exercido no campo.
Cálculos recentes indicam que 10,5% da superfície terrestre encontra-se cultivada, 22,5% é dedicada a pastagens permanentes e mais de 50% da população mundial depende directamente da agricultura.
Entre 1952 e 1968, a população agrícola aumentou em 50%, mas apesar deste facto verídico, a necessidade de incrementar a produção agrícola a um ritmo que acompanhe o crescimento da população ainda persiste. Esta situação é, extremamente, critica nos países em vias de desenvolvimento.
A aparição da agricultura como meio predominante de vida foi um facto crucial no desenvolvimento cultural da humanidade. O controlo sobre os fornecimentos alimentícios, em conjunto com os métodos para conservar e armazenar os excedentes, permitiu estabelecer populações estáveis e permanentes.
Distinguem-se várias zonas primárias de agricultura, de acordo com as provas biológicas dos antepassados silvestres dos animais que, actualmente, são domesticados, das plantas e pela evidência arqueologia de antigos núcleos agrícolas. Há milhares de anos, os homens pré-históricos recolhiam o se alimento da natureza e vestiam-se com plantas silvestres ou peles de animais.
Quando matavam todos os animais de uma determinada zona, ou quando as plantas morriam, eram obrigados a mudar para outra região. Os homens primitivos passavam a vida à procura de alimento.
Gradualmente, os homens começaram a domesticar ovelhas, cabras e outros animais, representando uma reserva estável de carne e de peles para roupas.
Aproximadamente na mesma época em que aprenderam a domesticar os animais, os homens aprenderam a plantar e cultivar certas plantas, como o trigo, o milho e o arroz. Talvez por acidente, perceberam que as plantas cresciam melhor quando o solo havia sido revolvido. No princípio, utilizavam bastões toscos para revolver os campos. Mais tarde, criaram arados de madeira. O primeiro arado era constituído de um bastão que um homem segurava na posição certa, enquanto outros dois o arrastavam pelo solo. Depois de terem utilizado esta prática de cultivação durante inúmeros anos, decidiram treinar o boi, o cavalo e outros animais para puxar o arado.
À medida que os métodos agrícolas se aperfeiçoavam, diminuía o número de pessoas necessárias para o cultivo da terra ou para a criação de animais. Alguns homens começaram a estabelecer-se em aldeias, porém, os agricultores e os pescadores continuaram a produzir os alimentos para o resto da comunidade.
O Egipto e Roma foram os dois primeiros grandes Estados agrícolas. O rio Nilo, no Egipto, inundava o seu vale uma vez por ano, tornando o solo extremamente fértil para o cultivo do linho, cevada, trigo e vários tipos de frutas e legumes.
Roma desenvolveu-se a partir de um aglomerado de pequenos agricultores e tornou-se uma nação de grandes propriedades agrícolas, chamadas “latifundia”. Os romanos praticavam a irrigação, a rotação de culturas e plantavam leguminosas para enriquecer o solo. Utilizavam amplamente arados de ferro (o arado de ferro surgiu no Oriente por volta do século XI a.C. e o seu uso difundiu-se rapidamente pelo mundo antigo).
Na Idade Média, do século V ao século XV, grande parte da Europa encontrava-se divida em grandes propriedades dominadas por senhores feudais. Os camponeses cultivavam as terras em torno das aldeias, geralmente pelo sistema de dois ou três campos. No sistema de dois campos, os camponeses deixavam um campo em pousio (descanso) e plantavam cereais no outro. No sistema de três campos, deixavam um campo em pousio, plantavam trigo ou centeio no segundo e cevada, veia e leguminosas no terceiro. A rotação das culturas ajudava a proteger o solo.
Sintetizando, devo proferir que, actualmente, o tipo de agricultura mais utilizado na nossa ilha é a Pecuária, provavelmente por ser a mais rentável devido às diferentes ajudas monetárias que são atribuídas às explorações pecuárias (Indemnizações Compensatórias, Retenção de Bovinos Machos, Manutenção à Extensificação, Conservação de Currais e Lajidos, Prémios às Vacas Aleitantes, Gasóleo Agrícola, etc. …). Como é evidente, estes agricultores não tem só direitos, também tem o dever de manter na sua exploração uma produção pecuária extensiva e um encabeçamento entre 0,6 e 1,4 CN/Ha de superfície forrageira, manter o estrato arbóreo e fazer a limpeza de infestantes privilegiando sempre que possível o trabalho manual.
"A maior recompensa do nosso trabalho não é o que nos pagam por ele, mas aquilo em que ele nos transforma."
16 March, 2006
E tu, jamais conseguirias o quê…?
Observar o mundo e perceber as suas regras é deveras interessante.
Diariamente ouvimos falar em casamenteiros. Quem são eles e o que fazem?
São homens e mulheres que arranjam casamentos entre pessoas que mal se conhecem. A figura do intermediário entre as duas partes assume uma importância determinante. Intitula-se de casamenteiro (ou, mais habitualmente, de casamenteira) aquele a quem se recorre para que escolha, investigue, informe e, finalmente, aconselhe e ajude na negociação do casamento.
Em alguns países, os casamenteiros têm uma grandiosa reputação entre a população, mas vou iniciar esta missiva pelo "Santo", como era chamado em Pádua. Santo António é doutor da Igreja e padroeiro de Portugal. Foi um dos missionários itinerantes mais populares do século XIII e a sua reputação chegou ao Brasil aquando da colonização portuguesa, por influência dos frades franciscanos. Santo António foi santificado um ano após sua morte, assente na sua crescente popularidade
Em verdade vos digo que a santidade é o que nos torna semelhantes ao Pai; os primeiros seguidores de Cristo eram conhecidos como santos, mais tarde essa denominação restringiu-se. Qual é o mito do santo mais popular da Igreja Católica em todo o Ocidente? O principal reza que outrora existiu em Pádua um tirano de nome Ezzelino, que decretou que as pessoas deveriam levar um dote idêntico para o casamento. Assim, o rico sempre casaria com o rico e o pobre com o pobre. Casava-se mais com a "carteira" do que com o coração. Os habitantes da cidade revoltaram-se e Santo António defrontou o autocrata em praça pública. E, tal foi a robustez da sua desonra, que Ezzelino foi coagido a revogar o excêntrico édito. Após esse astronómico triunfo sobre o dito tirano, Santo António foi carregado em triunfo e, desde então, é aclamado como o "Santo casamenteiro".
A figura de Santo António é, fundamentalmente, um apelo ao enamoramento das criaturas, à arte do encontro através de um comportamento mais humano e menos egoísta. Esse é o culto que deve ser abnegado ao Santo, esse foi seu modo de viver.
O casamento exige amor, paixão, amizade, dedicação, imaginação, carácter, dignidade e, sobretudo, fidelidade. Este tipo de relação individualizada tem, igualmente, que ser desempenhada no inconsciente colectivo. O Casamento não é garantia de felicidade, nem sempre corre bem, e acredito que primitivamente se camuflava com mais perfeição todas as imperfeições que dele provinham. Se os homens se encantavam por outras e as mulheres encontravam consolo em braços alheios, a hipocrisia cuidava da união. Não podemos nem devemos culpar o “Cupido” por um mau casamento, e temos que interiorizar na nossa consciência e o nosso coração que o divórcio e que os casos bem-sucedidos de segundas núpcias existem.
Outrora, o matrimónio era visto como uma aliança estratégica entre duas famílias, um consórcio de patrimónios e uma fusão entre parceiros social e culturalmente semelhantes. Durante os séculos XVII e XIX, o amor romântico passou a ser visto como um elemento essencial para o casamento.
Contemporaneamente, a maioria das pessoas contrai matrimónio por amor e não por interesse, contudo isso não significa que o casal esteja isento de problemas conjugais. Todos os temos, todavia, o mais importante é saber ultrapassá-los, nunca desrespeitando a pessoa que escolhemos, estando sempre ao seu lado e sendo-lhe eternamente fiel, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença e até que a morte nos separe.
Tenho, obrigatoriamente, de vos confessar que acredito piamente no casamento entre duas pessoas que se amam e que desejam, acima de tudo, partilhar as suas vidas mutuamente, porém, jamais seria capaz de perdoar uma traição. Jamais conseguiria viver um casamento de “fachada”, sem amor e em que a violência física e emocional fosse “o pão-nosso de cada dia”. E tu, jamais conseguirias o quê…?
E que assim seja!
“O casamento é um edifício que deve ser reconstruído todos os dias.”
(André Maurois)
14 March, 2006
Pais e Filhos
Os jovens tentam adaptar-se e iniciar uma vida adulta independente, querendo enfrentar a sua frágil auto-estima e também a desconfiança dos mais velhos.
Por sua vez, a maioria dos pais espera que os filhos se tornem adultos, mas continuam a tratá-los como crianças. No entanto, os filhos querem ter a sua independência, mas também o apoio dos pais.
A pluralidade dos adolescentes depende economicamente dos pais, mesmo depois de terem atingido a sua independência emocional.
Os adolescentes sentem necessidade de quebrar os laços que têm com a família e necessitam do grupo de amigos.
Muitas das vezes, as pressões familiares, sociais e económicas ou até mesmo a mudança para a puberdade levam o adolescente a fazer parte de um grupo de clãs que, além de muitas outras coisas, reforçam a sua identidade e os levam a cometer atitudes e actos violentos.
O problema da adolescência a nível familiar é, surpreendentemente, o facto de todos os pais ficarem completamente desorientados diante dos novos moldes de comportamento dos seus filhos adolescentes.
Ao longo da infância, os pais preocupam-se em desenvolver nos seus filhos uma série de hábitos. Esta tarefa educativa costuma dar frutos antes dos doze anos. Mas pode, também, acontecer que a partir desta idade as crianças modifiquem; não contem em casa o que fazem fora dela, não voltem às horas do costume, reajam com agressivos modos, a sua maneira de vestir apresenta característica de certos grupos sociais e no seu quarto reina a desarrumação.
Quando estas situações inesperadas acontecem, muitos pais sentem-se entristecidos e desmoralizados: tanto tempo a educar os filhos e eles tornam-se, mais tarde, irresponsáveis.
O método de imputar demasiadas responsabilidades sobre os filhos adolescentes não dá os resultados esperados. Serve, unicamente, para que eles se afastem progressivamente, chegando mesmo a recrear os maus hábitos recentemente adquiridos. Pode chegar um momento no qual os pais pensem que já não se trata de um problema de educação, mas de uma questão de “ordem pública”.
Poderá existir alturas na vida dos pais em que eles tentem a aproximação e o diálogo com os filhos adolescentes para saberem o que estes pensam sobre a vida e, principalmente, sobre o futuro, mas como é normal da idade os jovens remetem-se ao silêncio.
Nestes casos, os pais sentem que falar com uma parede é mais fácil do que falar com os seus próprios filhos, o que se torna deveras desagradável para ambos.
Darlene Lopes Pinheiro
Formanda do Curso Técnico Animador Sócio-cultural / Assistente de Geriatria
13 March, 2006
Nota Informativa
Creio que os jovens de hoje necessitam de alguém que lhes incremente o gosto pela escrita, pela cultura, pela literatura e, sobretudo, pela história do nosso País e da nossa Região.
Em verdade vos digo que as Instituições competentes do nosso Concelho e, quiçá, da nossa Freguesia deveriam provir à cultivação cultural e científica dos nossos adolescentes.
Convém relembrar que os jovens de hoje são o futuro do nosso amanhã.
E, por aquilo que tenho a oportunidade de diariamente analisar, devo dizer-vos que se não começarmos a edificar alguns projectos para rectificar certas lacunas, o futuro que nos avizinha será, seguramente, deveras obscuro e tenebroso.
Tenho dito!
“Se os teus projectos forem para um ano, semeia o grão. Se forem para dez anos, planta uma árvore. Se forem para cem anos, educa o povo.”
12 March, 2006
Onde está no nosso João?
Após tantos anos de glória, actualmente Portugal é um dos mais pobres e desgraçados países da Europa e do Mundo. Como é possível que, após termos dividido o mundo com a Espanha (Tratado Tordesilhas), hoje sejamos um país em vias de desenvolvimento? Será que é porque os nossos governantes de hoje não têm a capacidade extraordinária que D. João II tinha? Será que não tem coragem? Será que não tem motivação? Será que não se importam que não tenhamos nada, quando outrora tivemos tudo, ou praticamente tudo?
E que assim seja!
10 March, 2006
08 March, 2006
Dia Internacional da Mulher
Esta contenda foi-se incrementando com avanços e recuos, ao longo da nossa História, pelas senhoras que souberam suportar o machismo e a discriminação, mesmo com a imolação das suas próprias vidas.
As raízes históricas e sociais da tirania feminina perdem-se na escuridão do Tempo.
Com o desenvolvimento da sociedade de classes (escravismo, feudalismo e capitalismo), deu-se início à exploração do homem pelo homem e o trabalho doméstico caiu unicamente sobre a mulher. Após alguns anos, o capitalismo transformou a mulher em operária, mais fácil de ser explorada.
Em verdade vos digo que os direitos femininos foram conquistados graças às contendas das proletárias e à sua consciência de classe.
Nos países capitalistas, esses direitos só foram conseguidos após terem sido avassalados em alguns países da Europa, da União Soviética e de Cuba, onde as senhoras tiveram conquistas históricas, como a fundação de escolas, infantários, direito ao sufrágio, divórcio e aborto infundamentado.
Na segunda metade do século XVIII, as colossais metamorfoses instrutivas e sociais provenientes da Revolução Industrial trouxeram inúmeras mudanças.
Como refutação a estas condições desumanas e perversas de trabalho, irromperam na Europa e nos Estados Unidos manifestações operárias objectando estas condições.
Quando os bombeiros chegaram já 147 mulheres tinham falecido carbonizadas. No funeral das operárias, a dirigente sindical Rosa Scneiderman organizou um comício com 120.000 trabalhadoras para chorar “o assassínio bárbaro, frio e calculista das 147 trabalhadoras”.
(Autor desconhecido)
07 March, 2006
06 March, 2006
Liberdade de Expressão ou Expressão de Liberdade
A liberdade de expressão, em todas as suas formas e manifestações, é um direito fundamental e inalienável, inerente a todas as pessoas. É, além disso, um requisito indispensável para a própria existência das sociedades democráticas.
Todas as pessoas tem o direito a investigar, adquirir e divulgar livremente informações e opiniões em conformidade com o que estipula o artigo 13 da Convenção Americana sobre Direitos Humanos. Todas as pessoas devem ter igualdade de oportunidades para adquirir, investigar e divulgar informação por qualquer meio de comunicação sem discriminação, por nenhum motivo, inclusive os de raça, cor, religião, sexo, idioma, opiniões políticas ou de qualquer outra natureza, origem nacional ou social, posição económica, nascimento ou qualquer outra condição social.
Todas as pessoas tem o direito a ter acesso às informações sobre si mesma ou seus bens, de forma expedita e não onerosa, contidas em bancos de dados, registros públicos ou privados e, caso seja necessário, actualizá-las, rectificá-las e/ou emendá-las.
O acesso à informação em poder do Estado é um direito fundamental dos indivíduos. Os Estados estão obrigados a garantir o exercício deste direito. Este princípio só admite limitações excepcionais, que devem ser estabelecidas com antecedência pela lei, como em casos em que exista um perigo real e iminente que ameace a segurança nacional em sociedades democráticas.
A censura prévia, interferência ou pressão directa ou indirecta sobre qualquer expressão, opinião ou informação divulgada por qualquer meio de comunicação oral, escrito, artístico, visual ou electrónico deve ser proibida por lei. As restrições na circulação livre de ideias e opiniões, bem como a imposição arbitrária de informações e a criação de obstáculos ao livre fluxo informativo, violam o direito à liberdade de expressão.
Todas as pessoas tem o direito a comunicar as suas opiniões por qualquer meio e forma. A afiliação obrigatória a órgãos de qualquer natureza ou a exigência de títulos para o exercício da actividade jornalística constituem uma restrição ilegítima à liberdade de expressão. A actividade jornalística deve reger-se por condutas éticas, que em nenhum caso pode ser imposta pelo País ou, até mesmo, pelas pessoas.
Todo o comunicador social tem direito a não revelar as suas fontes de informação, anotações, arquivos pessoais e profissionais.
Em verdade vos digo que não me prosterno perante intimações ou admoestações de nenhum tipo e de ninguém. Continuarei escriturando até lacerar a mão, até porque tudo o que alcancei na vida foi à custa de numerosos dias de íngreme labuta e de demasiadas e ilimitadas noites de estudo.
Será que o que escrevo transtorna assim tanto as criaturas? Será que, ainda, vivemos numa ditadura? Será que, ainda, existem pessoas que se julgam acima de todos e de tudo? Será que, ainda, existem pessoas que julgam que a condição social, o dinheiro e o estudo está acima de todos e de tudo?
Queridos leitores, que há individualidades com pensamentos que respondem e correspondem às minhas questões, lá isso há, é um facto, e só o mudaremos se não nos subjugarmos perante eles.
E que assim seja!
02 March, 2006
Homenagem ao meu querido avô João Lopes Sarmento
Em verdade vos digo que por vezes uma enorme perda se transfigura numa jornada iminente.
Que a sua coragem e a sua luta nos sirva de adágio, e que aonde quer que ele se encontre neste momento, que saiba que a luta de uma vida inteira deu frutos, bons e generosos frutos, e aqui está um deles.
Aonde quer que estejas, sinceramente e comoventemente, espero que possas arrecadar toda a felicidade e todo o sentimento de benevolência e gratidão que agora te consagramos, meu querido avô.
Tenho dito!
“Morremos um pouco cada vez que perdemos um ente querido.”
01 March, 2006
Carnaval - A Origem
Os cristãos inauguravam o festejo do Carnaval na quadra de ano novo e festa de Reis, redobrando-a no período que se antepunha ao derradeiro dia em que os cristãos comiam carne antes da Quaresma, que prepara os fiéis para a Páscoa.