30 October, 2006

Paulo Machado no Confessionário


Seis meses após a entrevista que o Senhor Paulo Machado concedeu ao Jornal Ilha Maior, decidi, incentivada por alguns leitores deste meu modesto Blog, voltar a entrevistar o “nosso” Presidente.

Sandra Lopes Amaral: Já tem conhecimento do veredicto final da Auditoria que solicitaram aquando da vossa tomada de posse?
Paulo Machado:
Não. Apenas sabemos que já foi emitido o relatório final, do qual não temos conhecimento algum e que o desenrolar do processo está nas “mãos” do Sr. Secretário da tutela. Sinceramente isso não me interessa nada agora, porque o que queríamos já conseguimos, que era simplesmente detectar os erros cometidos e por outro lado não pactuar indirectamente com situações passadas.

SLA:Actualmente qual é o montante em divida à Segurança Social? E quando pensa ter a situação resolvida?
PM:
Até ao momento já conseguimos liquidar 12.000,00 € e estabelecemos um acordo com a Segurança Social para pagar cerca de 19.000,00 € em prestações que tiveram início em Agosto deste ano e terminam em Agosto de 2009.
Neste momento faltam pagar cerca de 18.000,00 €.
O acordo conseguido foi fundamental porque assim podemos receber dinheiro da Câmara Municipal e do Governo Regional através de Protocolos. De outra forma era impossível. Quem deve à Segurança Social não pode estabelecer protocolos com ninguém.

SLA: Qual a sua opinião em relação à gestão que foi executada pelos ex-autarcas durante os anos em que encabeçaram a JFSM.
PM:
Neste momento a minha opinião é o que menos importa, Aliás, sobre isso a população já deu o seu veredicto há cerca de um ano atrás. Por outro lado, na nossa terra as pessoas têm uma tendência exagerada e errada de confundir Pessoas com os Cargos que ocupam. Neste momento tudo o que se diga será conotado com as Pessoas e não com os Cargos que desempenharam o que para mim é absolutamente incorrecto e pouco ético.

SLA: Tem tido apoios para resolver a situação de endividamento que envolve a JFSM?
PM:
Não. Até ao momento temos liquidado as dívidas utilizando as verbas previstas em Orçamento para execução de Obras e para Apoio às Instituições da freguesia.
Os dinheiros que a Junta recebe através de Protocolos com outras entidades não podem ser “desviados” só podendo ser usados para os fins a que se destinam. Todas as despesas devem ser comprovadas através de facturas.

SLA: A Câmara Municipal da Madalena tem colaborado, de alguma forma, nos projectos que a JFSM tem desenvolvido?
PM:
Temos um excelente relacionamento com a Câmara Municipal da Madalena, que está ao corrente de toda a situação. A Câmara compreendeu a situação e não impediu que os Protocolos de Delegação de Competências fossem realizados numa altura em ainda não havíamos conseguido o acordo com a Segurança Social. Muitas das obras que estão a ser feitas na freguesia ao nível de Caminhos Municipais, Jardins e Espaços Ajardinados, Escola e Polidesportivo são através dos referidos Protocolos.

SLA: Quais os projectos, a curto prazo, que tem em vista para a nossa Povoação e quando pensa iniciá-los?
PM:
Para além das obras que continuaremos a executar ao abrigo dos Protocolos com a Câmara Municipal, nas diferentes áreas já referidas, depois de muito trabalho e de muitas reuniões conseguimos estabelecer uma série de Protocolos com o Governo para a realização das seguintes obras: Ponte na Ribeira da Calheta no Arrodeio, 1ª fase da Remodelação da Zona Balnear; Construção de Curral de Embarque de Gado e Reparação da Capela e Muros do Cemitério.
Continuaremos a melhorar as nossas estradas, limpando, alargando, asfaltando e sinalizando e a melhorar ou criar zonas de lazer no Areeiro, Pontinha, Farol, Piscina e Gingeira.
As pessoas têm que perceber de uma vez por todas que as Juntas só podem fazer obras com o dinheiro de outras entidades como a Câmara Municipal ou o Governo Regional. O dinheiro que a Junta recebe do Fundo de Financiamento de Freguesias apenas dá para as despesas de manutenção e pouco mais.
Neste campo, a nossa freguesia está de parabéns. Serão poucas as Juntas onde se realizará a curto prazo tanto investimento público.

SLA: Aquando da última divulgação do Boletim Informativo da JFSM dizia que estaria a ponderar o abandono efectivo do seu cargo. O que o levou a tomar tal atitude?
PM:
Quando assumi encabeçar este projecto foram-me dadas garantias de certos investimentos na freguesia. Como tardavam em aparecer achei que era a altura de fazer lembrar o prometido. Não estou aqui para agradar ou satisfazer ninguém, não tenho qualquer problema em, de vez em quando, tomar certas atitudes como aquela, desde que consiga algum proveito para a freguesia. O que é certo é que resultou e só isso é que me importa.

SLA: Tem a noção que são inúmeras as pessoas da nossa Freguesia que estão descontentes com toda esta situação?
PM:
Se estamos a falar de uma Junta endividada que não pode investir na freguesia porque as verbas são canalizadas para regularizar a situação, sim. Também eu e os meus colegas estamos muito descontentes e insatisfeitos.

SLA: O que tem a dizer a todos aqueles que vos deram um voto de confiança e que agora se sentem traídos.
PM:
Traídos porquê? Porque estamos a organizar e a regularizar uma situação muito complicada e para isso temos que recorrer ao pouco dinheiro que dispomos em vez de o investir em obras úteis?
Ou porque os mandatos são de 4 anos e só passou 1?
Ou porque mesmo assim conseguimos encaminhar bem as nossas 4 promessas eleitorais que se bem se lembram foram:
- Construção de uma Zona balnear (já temos o Protocolo assinado para a execução da 1ª fase da obra);
- Abertura de um caminho no centro da freguesia (já contactamos alguns proprietários que prontamente aceitaram ceder terreno);
- Concursos para atribuição de serviços (todos os serviços são atribuídos através de concurso prévio e todos os que se inscreveram para trabalhar desde que devidamente inscritos nas Finanças e Segurança Social tem trabalhado);
- Informação sobre as actividades e contas da Junta (regularmente publicamos um Boletim com toda a informação).


SLA: Muitos são aqueles que afirmam que o Sr. Paulo Machado não tem “queda para a política”. O que pensa desta afirmação?
PM:
Correctíssima. Não tenho, nunca tive e espero que Deus me ajude para que nunca tenha. Para mim o presidente de Junta não é um político mas um simples gestor de dinheiros e recursos destinados a uma freguesia. Aliás, deixei isso bem claro quando aceitei meter-me nisto. Dá-se demasiada importância a estes cargos.
Não sou filiado em nenhum partido e se tivesse de o ser, não seria em nenhum dos 2 maiores, apesar de comungar de muitas ideias de qualquer um deles.
Tendo em conta as definições mais populares de “político” tenho muito orgulho em não ter queda nenhuma para ser um deles.
O meu único objectivo é deixar a freguesia um bocadinho melhor daqui a 3 anos.

SLA: Está satisfeito com o seu grupo de trabalho?
PM:
Claro, com este grupo só se pode ter um “grupo de trabalho”.

SLA: Se soubesse o que hoje sabe, sobre as contas da JFSM, teria se candidatado?
PM:
Provavelmente sim. Não me assusta passar um mandato a “arrumar a casa”. Assusta-me sim, viver numa comunidade onde as pessoas não compreendem que é necessário e inevitável fazê-lo.

25 October, 2006

Aborto - Em nome de qual justiça?

"Quando a lei, votada segundo as chamadas regras democráticas, permite o aborto, o ideal democrático, que só é tal verdadeiramente quando reconhece e tutela a dignidade de toda a pessoa humana, é atraiçoado nas suas próprias bases: Como é possível falar ainda de dignidade de toda a pessoa humana, quando se permite matar a mais débil e a mais inocente? Em nome de qual justiça se realiza a mais injusta das discriminações entre as pessoas, declarando algumas dignas de ser defendidas, enquanto a outras esta dignidade é negada? Deste modo e para descrédito das suas regras, a democracia caminha pela estrada de um substancial totalitarismo. O Estado deixa de ser a "casa comum", onde todos podem viver segundo princípios de substancial igualdade, e transforma-se num Estado tirano, que presume poder dispor da vida dos mais débeis e indefesos, como a criança ainda não nascida, em nome de uma utilidade pública que, na realidade, não é senão o interesse de alguns."
(João Paulo II, In. Evangelium Vitae)

Evolução da Gravidez

Feto com 10 semanas



Feto com 15 semanas

Feto com 23 semanas

22 October, 2006

Os Mais e os Menos (+ / -)


Sinal + Ao Boavista de São Mateus pelo sublime inicio de Campeonato. Espero que assim se mantenham até ao final da Época Desportiva. "A união faz força."

Sinal + À Junta de Freguesia de São Mateus pela edificação da churrasqueira no Areeiro. Também nós, que vivemos numa das extremas da Freguesia, merecemos. "O Sol quando nasce é para todos."

Sinal + A todas as Catequistas, estimadas Senhoras, que voluntariamente (sem qualquer tipo de paga) ensinam às nossas crianças a palavra de Deus. Bem hajam!

Sinal + Ao ensinamento da Patinagem, vertente Corridas em Patins, na nossa Escola Primária. Felizes daqueles que tiveram tamanha e excepcional ideia.

Sinal + A todos os Professores Primários que leccionam na Escola da nossa Povoação sem condições adequadas e apropriadas para o desenvolvimento de um eficaz e almejado trabalho. "A Vontade vale tanto como a Acção."

Sinal – À falta de um espaço exterior coberto, adjacente à Escola Primária de São Mateus, para a prática de actividades desportivas, lúdicas e culturais. Não são as crianças o nosso futuro, e que futuro iremos ter se, presentemente, não lhes damos as conjunturas imprescindíveis para o seu desenvolvimento educativo?

Sinal – Ao caminho que circunda a parte superior do Estádio Bom Jesus. Já tagarelei sobre esta perigosa via há alguns textos atrás, todavia, o dito cujo permanece inalterável. Estranho seria se tivesse mudado!

Sinal – À deterioração perceptível a olho nu (nem carecemos de microscópio) do Estádio Bom Jesus, contribuindo para que os jogos da equipa de todos nós se realizem na Madalena e não, como é do anseio de todos, na nossa freguesia. Não tinha prometido a Câmara Municipal da Madalena, em tempo de eleições, a reedificação do nosso Estádio e a colocação de relvado? "Quando a esmola é grande o Santo desconfia."

Sinal – Aos caminhos de bagaço que existem na nossa povoação e que deveriam ser reparados, de vez em quando, por quem de direito. "Para colher é preciso semear."

20 October, 2006

Não é grave cometer erros, ...


Reflectindo visceralmente sobre o baralho de cartas, sobre o quadriculado tabuleiro que permite jogar xadrez ou damas e sobre o conjunto de peças do dominó, que tenho em cima do armário da sala e cujos inventores desconheço, acho que estou perante o trabalhoso raciocínio de alguém que suplantou em inteligência o notável produto das endeusadas tábuas da lei que Moisés em circunstância habilidosa criou, mas teve a sagacidade de imputar a sua feitura a Deus.
Em qualquer um dos jogos supracitados a diversidade de cambiantes tem, em minudência, um legitimado e único lugar. Nos dez mandamentos, uma só e curta frase seria suficiente para dominar todo o enredo que do conteúdo emana: “não faças aos teus irmãos o que não queres que te façam.”
Quem, um a um, medite sobre a inaplicabilidade prática do decálogo – trata-se em grande parte de um cerceio à subsistência plácida, porque o ser humano é o mais terrível dos predadores – desde logo se solicita interrogar: que Deus é este que instituiu como directiva fulcral uma lei tão medíocre? Mais: o comportamento da natureza demonstra sem equívoco que, segundo o logicamente constituído, este mandamento é um verdadeiro paradoxo.
Eu, raciocinando sobre a origem de os dez mandamentos serem dez e não nove, ou doze, por exemplo, chego à conclusão que se deve exclusivamente ao facto de uma pessoa ter dez dedos nas mãos, isto se for uma figura somática normal.
A terminar esta rápida equação ao persistente erro temporal em que a humanidade milita, em nome de uma segunda outra vida, questiono: então não é tremendamente lesante que se evoque "em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo" e não "em nome do Pai, da Mãe e do Filho"?
Não somos nós Mães que padecemos, e muito, para dar a vida?
Não somos nós Mães que cuidamos deles durante os nove meses que os temos dentro de nós?
Não somos nós Mães que estamos sempre presentes durante o resto de suas vidas?
E, agora interrogo: onde andou o Espírito Santo durante todo esse infinito processo de amplitude da vida humana?
Em verdade vos digo que são inúmeras as criaturas que convencidas afirmam que eu, sobrinha de Bispo, Padre e Freira, não acredito em Deus. Lamento desapontar esses seres, todavia, é evidente que acredito em Deus e naquele que se encontra sentado à Sua direita – Jesus – um homem que andou descalço sobre escaldantes areias e pedregosos caminhos pregando a palavra do Pai. Esse homem teve, e ainda hoje tem, a capacidade extraordinária de mover multidões, com a simples mensagem de uma vida melhor num mundo melhor.
Não é isso que todos queremos?
Não é disso que todos andamos à procura?
Tomara aos políticos da actualidade terem essa predestinada idoneidade. A habilidade de conquistarem os tão sumptuosos votos, em época de eleições, com a exclusiva oração – vou tentar fazer o que puder com aquilo que tiver. Porém, todos sabemos que não é isso que fazem. Antagónicamente ao desejado, prometem mundos e fundos e no final tudo se restringe a nada.
Estou a ser sincera comigo e convosco quando digo que eu e todos os demais erramos numerosas vezes, contudo, penso que se pudesse voltar a viver a minha vida tentaria cometer ainda mais erros, porque julgo que não é grave cometer erros, grave é não aprender com eles.

E que assim seja!

16 October, 2006

Pensamento do Dia I


"Uma vez que as guerras nascem no espírito dos homens, é no espírito dos homens que se devem erguer as defesas da paz."


(Archibald McLeish, Poeta Americano)

Vale a Pena Recordar I!

Foto: Ilha Maior

Entrevista a Paulo Machado, Presidente da Junta de Freguesia de São Mateus



"Seis meses após ter sido eleita a Junta de Freguesia de São Mateus ainda não conseguiu dar início à execução dos projectos prometidos durante a campanha eleitoral. Os novos autarcas herdaram um inesperado rol de dívidas que, segundo o presidente da Junta, Paulo Machado, poderá impedir o desenvolvimento da freguesia nos próximos dois anos."


"IM: A Junta de Freguesia de São Mateus está a debater-se com muitas dificuldades para implementar alguns dos projectos programados. O que está a emperrar o trabalho da Junta a que preside?
Paulo Machado:
Desde que tomámos posse encontrámos algumas situações menos claras, que não eram muito favoráveis ao desenvolvimento das nossas propostas eleitorais. Isso levou-nos a solicitar à Assembleia de Freguesia uma auditoria. Entretanto, já recebemos uma inspecção por parte da Inspecção Administrativa Regional que ainda está a decorrer. No mesmo período, embora não tenha sido solicitada por esta Junta, tivemos uma inspecção por parte da Segurança Social para averiguar a existência de dívidas antigas àquele organismo. Essas dívidas referiam-se a folhas de caixa que tinham sido entregues, mas que não tinham sido abatidos os respectivos valores. No decorrer da inspecção quiseram saber o que se tinha passado com os anos posteriores em que não tinham sido registados quaisquer descontos da Junta para a Segurança Social. O valor em dívida relativo a essas folhas foi apurado no montante de cinco mil e 500 euros.


IM: Quando fala em situação menos clara está a referir-se exactamente a quê?
PM:
Estou a referir-me a certos movimentos contabilísticos que não coincidem com os movimentos bancários, bem como a uma série de dívidas que foram aparecendo após a nossa tomada de posse e que tivemos de assumir, bem como as dívidas à Segurança Social.


IM: Neste momento qual a dívida da Junta de São Mateus a fornecedores e Segurança Social?
PM:
Desde que tomamos posse já pagamos muitas dívidas. Somando o que devíamos à Segurança Social relativo ao ano de 2002 no valor de 5 mil e 500 euros, mais a dívida a fornecedores dá um valor aproximado dos 20 mil euros. Já temos também informação que a dívida relativa à Segurança Social entre os anos 2002 e 2005 ascende a 18 mil euros, exceptuando os juros. Em resumo vamos ter de pagar à Segurança Social entre 30 a 35 mil euros.


IM: A dívida à Segurança Social como é que surgiu?
PM:
Resulta de pagamentos que a Junta efectuou a prestadores de serviços, nomeadamente a tarefeiros, e que não descontou os devidos montantes para a Segurança Social.


IM: Quais as consequências que estas dívidas acarretam para a freguesia?
PM:
A consequência imediata passa por despendermos grande parte do nosso Orçamento para pagar as dívidas anteriores. A médio prazo, como somos devedores à Segurança Social, podemos fazer determinados investimentos e não conseguir receber o apoio prometido e acordado em protocolo com entidades públicas. Esta situação deixa-nos de mãos atadas durante bastante tempo.


IM: Esta Junta está num colete de forças?
PM: Exactamente. Tínhamos feito um projecto que estava bem encaminhado, mas já não avançámos com a candidatura. Enquanto esta situação não estiver resolvida não sabemos o que fazer.


IM: Quando é que estas dívidas ficarão pagas e poderão arregaçar mangas para colocar em prática os vossos projectos?
PM: Agora estamos a aguardar o relatório final da inspecção realizada pela Inspecção Administrativa Regional e a aguardar o apuramento definitivo da dívida à Segurança Social. A partir daí vamos ver o que será possível fazer.


IM: Quando se candidataram imaginavam o cenário que iriam encontrar?
PM: Não. Não fazíamos a mínima ideia que poderia existir esta situação. Suspeitávamos que poderia haver alguma coisa menos clara, mas nunca nestes moldes.


IM: Logo que esta situação esteja desbloqueada quais as prioridades da Junta em termos de investimento?
PM: Há muitos pequenos investimentos que pretendemos realizar na freguesia. Para isso estamos a contar com as delegações de competência através dos protocolos com a Câmara Municipal. São pequenas intervenções que são urgentes. Tentámos, também, junto de algumas secretarias ultrapassar algumas situações. Com a secretaria do Ambiente e do Mar já celebramos um protocolo para construção de uma ponte que faz muita falta, mas não sabemos quando é que será possível avançar com a obra devido às nossas dívidas. contamos também ter um apoio da secretaria regional da Agricultura e Florestas para a construção de um curral de embarque de gado e, além disso, estamos a elaborar um projecto para uma zona balnear que está quase concluído. Já realizámos alguns contactos para conseguirmos o suporte financeiro para avançar com esta obra. No entanto, sublinho, que tudo isto poderá estar comprometido se não regularizarmos a nossa situação perante a Segurança Social.


IM: Ou seja, as obras vão ficar em stand by até que estejam regularizadas as dívidas à Segurança Social?
PM: Exactamente, ou até que se consiga algum tipo de acordo.


IM: Os projectos da sua candidatura ficam condicionados?
PM:
Alguns poderão nem chegar a ser concretizados, porque num mandato de quatro anos se passarmos dois a pagar dívidas os restantes dois tornam inviáveis alguns projectos.


IM: Como é que vão pagar os montantes em dívida?
PM:
A hipótese mais imediata passa por abdicar de todos os investimentos e aplicar em exclusivo o que recebemos do Fundo de Financiamento das Freguesias no pagamento da dívida. Se for essa a opção a freguesia vai ficar a perder.


IM: Os autarcas responsáveis por esta situação deveriam ser responsabilizados?
PM: Apesar da entidade Junta ser a devedora houve alguém responsável por esta situação, mas ficamos a aguardar o resultado da Inspecção que está a decorrer."



David Silva Borges, In. Jornal Ilha Maior de 5 de Maio de 2006

Baía do Areeiro - São Mateus


Foto: Sandra Lopes Amaral

Made in Areeiro

"Afamada" Churrasqueira (espaço aprazível para a confecção de assados, ex: frango e sardinha) situada no lugar do Areeiro - São Mateus.

Construção que, recentemente, tem sido o causadora de interlocuções sarcásticas e de discussões eufóricas entre algumas criaturas da freguesia.
Francamente, não compreendo porquê?
Todavia, em verdade vos digo que quem elaborou o projecto, e ergueu a dita Churrasqueira, também poderia ter edificado umas mesas e uns bancos para vindouras, e porque não presentes, convivências entre todas as pessoas que procurem umas horas bem passadas.
E que assim seja!


"Não julgueis, e não sereis julgados. De facto, sereis julgados com o mesmo julgamento com que julgardes e sereis medidos com a mesma medida com que medirdes."
"Porque olhas para o argueiro no olho do teu irmão e não prestas atenção à trave que está no teu próprio olho? Ou, como te atreves a dizer ao irmão: deixa-me tirar o argueiro do teu olho, quando tu mesmo tens uma trave no teu? Hipócrita, tira primeiro a trave do teu próprio olho, e então verás bem para tirar o argueiro do olho do teu irmão."

(Evangelho Segundo São Mateus)

14 October, 2006

Pensamento do Dia


"Discordo daquilo que dizes, mas defenderei até à morte o teu direito de o dizeres."


(Voltaire)

12 October, 2006

Foto do Dia


Freguesia de São Mateus com novo Sinal de Trânsito


STOR


(Campanha Publicitária do Novo Sinal de Trânsito)


Com STOR é sempre andar sem parar.

Com STOR é ir e talvez não voltar.

Os Velhos Baleeiros

Manuel Machado Bettencourt "O Vigia" - Velho Baleeiro de São Mateus

"Eu vi os barcos parados prisioneiros

na sede de um museu. E os arpões

pendurados. E gravadas

em dentes de baleia as passadas navegações

dos velhos baleeiros.


E vi os olhos daquele que falava

da última baleia como quem

remasse ainda sobre a onda brava

para um mar onde nunca mais ninguém."


Manuel Alegre, In. Pico

05 October, 2006

A Falha Existiu




"Mulher de 42 anos morre após quatro dias perdida no ponto mais alto de Portugal."

"No dia 3 do corrente mês, pelas onze e quarenta e cinco minutos, a equipa de resgate dos Bombeiros Voluntários da Madalena encontrou já sem vida uma turista americana de 42 anos.


Segundo Manuel Furtado, Inspector da Protecção Civil “na sexta-feira às dez horas, véspera do último dia dos bombeiros na casa da montanha a turista americana fez o registo da sua subida”. Também nos referiu que a mulher “não desceu no sábado, até deixar-mos o nosso serviço lá, o que não era perfeitamente descabido… embora as condições meteorológica não fossem boas”.


Manuel Furtado declarou que “os Bombeiros só vieram a saber do desaparecimento durante a tarde do dia 2, e as buscas começaram logo pelas dezasseis horas durando até à noite e recomeçaram na manhã do dia 3 até o corpo ser localizado pelas onze e quarenta e cinco minutos no meio de mato na zona de São Mateus”·
Sobre a causa da morte, o inspector deu como grande probabilidade que a mulher tenha morrido de hipotermia.


“A falha existiu” – confessou o inspector da Protecção Civil –, contudo, sublinhou o facto da turista ter subido sem guia turístico e de ter sido informada das condições para a subida. Manuel Furtado também acusa um turista alemão, que avistou e conversou com a vítima no sábado à tarde, enquanto esta realizava a descida da montanha manifestando cansaço, de não ter informado os bombeiros da dificuldade da mulher na descida que não teve fim."
Fonte: Rádio Pico
Data: 2006-10-03


Perguntas do Dia (Para Comentar)

Porque será que a maioria das pessoas efectua a subida à montanha do Pico sem Guia Turístico?


A Casa de Apoio à Montanha do Pico – obra financiada pelo Governo Regional – já não deveria estar a funcionar em pleno e com gente qualificada (conhecedora da língua Inglesa, falada e escrita; possuidora do curso de Primeiros Socorros, vertente emergência médica; e, sobretudo, possuidora do curso de Guia à Montanha, com conhecimento prático da subida e não só teórico como é o caso de muitos) para o apoio a todos aqueles que sobem a Montanha com ou sem Guia, uma vez, e julgo ser do vosso conhecimento, que também existem Guias "Falsos Guias" que já lá se perderam?

Queridos leitores de facto “a falha existiu”, todavia, foi uma falha que custou a vida a uma jovem Senhora que tinha como único propósito apreciar a Montanha mais alta e mais bela de Portugal, segunda a minha modesta opinião, claro.
E que assim seja?

02 October, 2006

Porque não?


Quero a perfeição dos momentos eternos

Quero a vida como ela é, como nós a fizermos.

Quero todas as cores, todos os sabores.

Quero a medida exacta dos nossos sonhos

Quero ser o que tiver de ser, sem nenhuma explicação.

Quero o silêncio das palavras e um turbilhão de sentimentos.

Quero a tranquilidade de uma explosão atómica

Quero a turbulência da calmaria

Quero que sejamos a nossa imagem e semelhança

Quero o sol, o mar, a luz.

Quero andar de mãos dadas

Quero os nossos corpos sentindo o calor das nossas almas

Quero encontrar o caminho, seja ele qual for.

Quero respirar um momento só nosso

Quero deixar a vida acontecer

Quero uma vida simples

Quero o que for possível, mas também o impossível.

Porque não?