31 May, 2006

Dia Mundial da Criança


Tributo à Criança

Criança, materialização da inocência
Que, de nós, deseja apenas
Amor, carinho e paciência.

Criança, encarnação da alegria
Que afugenta a tristeza
Fazendo a noite virar dia.

Criança, flor ainda em botão
Que, quando bem cuidada,
Boa se torna, de coração.

Criança, cuja educação nos é confiada,
Através de bons exemplos,
Raramente faz coisa errada.

Criança, pessoa adulta de amanhã
Que, quando bem preparada,
Cresce tranquila, sã...

Criança, sublime milagre de Deus
Que, se respeitada e amada,
Também ama e respeita os seus.

(Wagner Tadeu Matioli)

27 May, 2006

Vida


"Todos tentam realizar algo grandioso, sem reparar que a vida se compõe de coisas pequenas."

(Frank Clark)

23 May, 2006

Famosa Multinacional!!!

22 May, 2006

Fax!!!

O Prazer da Culinária


Lagosta com Espumante

Ingredientes:
1 kg de caudas de lagosta;
60 gr de manteiga;
sal;
pimenta;
pimenta-de-caiena;
1 cálice de aguardente velha;
1 cálice de aguardente bagaceira;
100 gr de cebolas;
100 gr de cenouras;
1 alho francês;
1 pé de aipo;
4 dl de espumante seco;
2 gemas;
1 dl de natas.

Confecção:
Corte a lagosta em rodelas pelos anéis.
Aqueça metade da manteiga numa frigideira e salteie nela os bocados de lagosta. Tempere com sal e pimenta e uma ponta de pimenta-de-caiena. Regue com as aguardentes misturadas e puxe-lhes fogo.
Retire as carapaças.
À parte, faça o seguinte estufado: corte as cebolas, as cenouras e o alho francês em bocados e leve a estufar sobre lume brando com a restante manteiga, o aipo, sal e pimenta.
Quando tudo estiver bem macio, passe pelo passador de legumes.
Leve o puré ao lume, introduza a lagosta salteada e queimada com aguardente e regue tudo com o espumante.
Deixe ferver suavemente durante 20 minutos.
Passado este tempo, retire os bocados de lagosta e deixe apurar o molho. Conserve a lagosta em sítio quente.
Na altura de servir introduza novamente a lagosta no molho e rectifique os temperos.
Deixe levantar fervura.
Adicione por fim as gemas desfeitas nas natas.
Retire imediatamente do lume e sirva acompanhado com arroz à crioula.
*Se preparar este prato com lagosta congelada, deixe-a descongelar à temperatura ambiente.
Se a lagosta tiver cabeça deve contar com 1,5 kg de lagosta para 4 pessoas para este tipo de receita.

Laborare est orare

"Uma tradição é sempre um progresso que venceu."
(Maurice Druon)

17 May, 2006

Ouvimos Senhor!


Numa carta aberta a todos os bispos do mundo, datada de 14 de Outubro de 1994, os membros da Congregação para a Doutrina da Fé verbalizaram que "a crença errónea que tem uma pessoa divorciada e novamente casada, de poder receber a Eucaristia normalmente, presume que a consciência pessoal é levada em conta na análise final, de que, baseado nas suas próprias convicções existiu ou não existiu um matrimónio anterior e o valor de uma nova união. Esta posição é inaceitável. O matrimónio é a imagem da relação de Cristo com a Igreja, é um factor importantíssimo na vida da sociedade civil e é, basicamente, uma realidade pública.”
Com este documento, a Congregação para a Doutrina da Fé atestou a contínua teologia e disciplina da Igreja Católica de que todos aqueles que se divorciam e voltam a casar, sem um Decreto de Nulidade para o primeiro matrimónio (indiferentemente se foi efectuado dentro ou fora da Igreja), se encontram numa malfadada relação de adultério, não lhes possibilitando a íntegra e virtuosa penitência para, evidentemente, arrecadarem a indulgência pelos seus pecados (o pecado de procurarem e encontrarem a felicidade ao lado de outra pessoa, que não é aquela a quem, outrora, prometeram amor eterno) e, por sua vez, receberem a Santa Comunhão.
O Papa João Paulo II, recentemente falecido, menciona no documento “A Reconciliação e a Eucaristia” que a Religião Católica almeja que todas as criaturas cooperem na vida da Igreja, pelo menos até onde lhes for possível, participando na Missa Dominical, no culto Eucarístico, …, uma vez que estas actividades serão de colossal auxílio espiritual para elas. Todavia, só podem comungar acaso, evitado o escândalo e recebida a absolvição sacramental, se comprometam a viver em absoluta continência.
Em verdade vos digo que há alguns dias, e quando me encontrava a devorar um livro sobre a História da Religião Católica, li que o Papa João Paulo II, aquando do seu discurso, durante o encerramento do Sínodo celebrado em Roma, em Outubro de 1980, disse que “a Igreja deveria manter a sua posição em não admitir à comunhão eucarística os divorciados que voltam a casar”. Devo referir que esta posição da Igreja Católica ainda hoje se mantém, como julgo ser do conhecimento de todos vós.
Estimados leitores, todos os dias lutamos contra variadíssimas formas de discriminação, mas não será esta uma forma?
Considero que sim, e acrescento que conheço numerosos seres que, e desgraçadamente para eles, claro, são divorciados, contudo isso não deveria ser impeditivo para que pudessem comungar, ou até mesmo apadrinharem uma determinada criança, até porque muitos deles são crentes e praticantes. Porém, não o podem fazer, e eu que não sou praticante, e por vezes nem crente sou, posso, bastando para isso assistir a umas missas, nem que seja só de corpo presente.
Não estará a Igreja Católica a ser injusta com os seus filhos?
E que assim seja!

13 May, 2006

Arte Poética


"Dentro de cada imagem há outra imagem
e a terra treme ainda que não trema
e até mesmo o silêncio é linguagem
e as pedras são pedras do poema.

No ar que se respira há um perfume
e a terra é como página já escrita
onde a palavra pulsa e me reúne
para dizer a Ilha nunca dita.

Sabe a primeira vez e a nunca visto
eu olho e não resisto à tentação
há música no ar e o Pico é isto
um poema que está feito e eu passo à mão."

Manuel Alegre, In. Pico

Abuso sexual de menores em São Mateus

"O Tribunal Judicial de São Roque condenou na passada quarta-feira seis dos sete arguidos no caso de abuso sexual de menores da freguesia de São Mateus a penas de prisão que variam entre os 18 meses e os seis anos.
Dos sete arguidos, com idades compreendidas entre os 18 e os 78 anos, apenas um foi absolvido dos crimes de que era acusado. Os seis condenados foram, assim, considerados culpados de abuso sexual de duas menores de 11 e 12 anos. Segundo o Tribunal, entre o Verão de 2004 e finais de Abril de 2005, as duas menores do sexo feminino receberam quantias monetárias entre os 5 e os 100 euros como pagamento pelas práticas sexuais realizadas.
O Tribunal decidiu ainda suspender por um período de três anos as penas de três arguidos e durante dois anos a do menor de 21 anos.
No final da leitura do acórdão deste caso que foi despoletado a 10 de Maio de 2005, na sequência de uma denúncia da Comissão de Protecção de Crianças e Jovens da Madalena, o juiz sublinou que os arguidos deviam sentir vergonha pelos seus actos e que a comunidade local também devia sentir-se envergonhada por ter demorado a denunciar a situação."
In. Jornal Ilha Maior de 12 de Maio de 2006

10 May, 2006

Autopsicografia


"O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.

E os que leem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.

E assim nas calhas de roda
Gira a entreter a razão,
Esse comboio de corda
que se chama o coração."

Fernando Pessoa

09 May, 2006

Bater ou não nas crianças

O problema é grave, mas invisível. O hábito de bater nas crianças para “educá-las” faz parte da tradição familiar portuguesa. Vem lá de trás, é uma herança dos nossos antepassados, introduzida pela mão pesada dos jesuítas.
Durante inúmeros anos, foram imensas as criaturas que adoptaram a dor e o sofrimento como principais instrumentos de educação das suas crianças e jovens. Dito assim, hoje, parece exagero, todavia, os nossos filhos têm tudo o que necessitam, o que tem demais em levarem umas palmadas, de vez em quando, idêntico ao que ocorreu com a maioria de nós durante a nossa juventude?
É vero que há algum tempo aquém, as crianças, jovens, mulheres e idosos eram subjugados a castigos impetuosos pelo chefe da família, provedor e soberano absoluto dos seus domínios, incluindo a vida, a liberdade e o decoro das pessoas.
Actualmente, são poucos os que discutem o direito de bater nas crianças, aparentemente legítimo, conferido a pais e responsáveis, tais como os avós, tios, padrastos, madrastas, irmãos, padrinhos, professores e educadores.
O facto é que, presentemente, qualquer adulto incumbido de tomar conta de uma criança ganha automaticamente o apanágio de admoestá-la fisicamente.
Em verdade vos digo que muitos dos nossos antepassados suportaram atrocidades e tiranias durante a sua infância e transmitiram o vírus da violência familiar de geração em geração. Quantas crianças se transformaram em adultos áridos e instáveis, agressores de mulheres, pais e mães impiedosos e intransigentes, maridos criminosos, dementes sexuais e pedófilos? Em todos os casos, adultos desgraçadamente infelizes.
O sistema patriarcal da nossa ilha solidificou o poder pleno do homem e a relação dissemelhante nas relações familiares. Os castigos físicos, constantes e cruéis, aplicados indiscriminadamente em crianças, meninas e mulheres, eram tolerados e tratados como “assunto de família”. E assim permaneceu, mesmo quando a sociedade e a legislação repudiaram, uma a uma, as relações sociais violentas, a dominação de um homem sobre outro e o desrespeito à dignidade.
É deveras surpreendente que os castigos físicos ainda façam parte da vida de tantas crianças — as maiores vítimas estão na faixa etária dos seis anos — apesar dos progressos das ciências que estudam e analisam a conduta e o inconsciente do homem.
É assombroso e lastimável que, em pleno século XXI, a sociedade admita a violência física, desde que sem “exageros”, já que isso significa deixar excessivas crianças à mercê das aspirações, carências e psicopatias dos adultos e das suas paixões, fragilidades e quimeras. Das sovas programadas com determinados objectos, até pontapés, empurrões e socos ocasionais, tudo serve para alguns adultos aliviarem a dor, a revolta e a humilhação que carregam no mais profundo da sua alma.
Este tema — bater ou não nas crianças — é ordinariamente argumentado com decoro e superficialidade, como assunto de pouca ou nenhuma importância no contexto dos problemas relacionados com as crianças, e somente quando mostra a sua face carrasca, apavorante, impensável… é que ganha contornos corpóreos, e nesses casos (alguns recentemente expostos à comunidade pela comunicação social) a violência extrema de alguns pais e mães parece-nos longínqua da palmadinha afectuosa, e têm a mesma origem: a certeza de que a dor física corrige as crianças.
Será que a prerrogativa que têm os pais de dar um bom açoite “quando não obedecem com palavras” é a mesma que levam algumas mães a calcinarem as mãos dos seus filhos, por faltas mais graves: mexer no fogão ou na máquina de lavar roupa, abrir o pacote de bolachas, riscar a parede do quarto com um determinado marcador?
Acredito, sinceramente, que todo e qualquer Ser Humano, deste nosso planeta Terra, tem o singelo direito a viver os sumptuosos anos da sua infância sem dor e sem medo.
Tenho dito!

“A violência não é força, mas fraqueza, nem nunca poderá ser criadora de coisa alguma, apenas destruidora”.
Benedetto Croce, in. “La Storia come Pensiero e come Azione"

04 May, 2006

Eu sei quem tu és...

Ser ou não ser é muito mais do que uma questão retórica.
Na peça imortal de Shakespeare, Hamlet - o protagonista - questiona-se sobre o que será mais nobre, se suportar as amarguras da vida, ou reagir contra elas e dar-lhes um fim.
No fundo, ele interroga-se acerca da condição humana nesta vida, que posição devemos tomar e de que forma devemos viver.
Quando surgem as contrariedades, o que diferencia as pessoas é precisamente a forma como reagem, e por isso mesmo dou um extremo valor a esta questão.
Em verdade vos digo que há uns dias fui obrigada a ler um comentário impróprio de alguém que se dizia conhecedor da minha pessoa e dos meus imperfeitos valores morais e comportamentais. Devo dizer a esse comentador (julgo saber de quem se trata) que nunca abonei a minha pessoa como adágio para o que quer que fosse.
Caríssimos leitores, já mencionei sortidas vezes, em outros textos, que sou uma pessoa como outra qualquer, e como tal também tenho incalculáveis defeitos. Possivelmente e por ter telhados de vidro, jamais atiro a primeira pedra pois esta pode-me cair em cima.
Não edifiquei este blog para dizer desgraças do que quer que fosse ou de quem quer que fosse, mas sim para apregoar a nossa bela povoação aquém e além fronteiras. Também não construí este blog para me extremar a nenhuma criatura, mas sim para demonstrar que, e embora tenha somente o 12.º ano, sei redigir. Sei escrever porque tive brilhantes e excepcionais pedagogos, que ao longo da minha vida académica muito me ensinaram, tais como o Professor Manuel Tomás, que durante três anos foi meu professor da disciplina de Língua e Cultura Portuguesa.
Hoje as perguntas que me faço são, e após ter lido o comentário, “será que estes artigos são mesmo desta moça?”, será que não posso querer ser alguém? Será que não posso querer marcar a diferença? Será que não posso querer divulgar a minha freguesia? Será que não posso querer homenagear as pessoas que lá vivem? Será que não posso querer dizer o bem em vez do mal? Será que não posso querer ver o que há de bom nas pessoas em vez de ver o que há de mau? Será…?
Queridos amigos, tenho em mim todos os sonhos do mundo, e eu que a maioria das vezes não tenho nenhuma certeza, hoje tenho a certeza que serei o que sempre quis ser e como quis ser.
E que assim seja!

01 May, 2006

Congelamento

Congelamento da progressão de carreira na Função Pública