"Por vezes sentimos que aquilo que fazemos não é senão uma gota de água no mar. Mas o mar seria menor se lhe faltasse uma gota." (Madre Teresa de Calcuta)
24 February, 2006
21 February, 2006
Eu vou. Quem vem comigo?
Não gosto dos dias que são qualificados em datas especiais. Não gosto de deliberações de final de ano ou começo de ano, juramentos assentes sob a comoção dos fogos de artifício, preces e amplexos enternecedores. Talvez e porque, como já o disse precedentemente, não sou crente. Talvez e porque, ao viver intensas e diversas experiências, compreendi que não há nada neste globo, além de nós próprios, que nos faça consumar os nossos intentos.
Se tu queres, faz. Jamais contes com o socorro divino, ou com alguma encantada e mágica data do almanaque, pois se o fizeres é provável que nada, na tua vida, mude.
Vejam o estado de algumas criaturas ou até mesmo de algumas instituições. Este é o pior ensejo para quem confiou e acreditou que a mudança do calendário significaria mudança de comportamento. Hoje, menos de dois meses após o champanhe, as resoluções abatem-se pela terra. Tiro e queda. Sobretudo, queda.
Em verdade vos digo que qualquer um é amo da sua vida. Não quero dar lições de moral a nenhuma ovelha tresmalhada, somente decretei fazer este módico desabafo. E, se querem um exemplo harmonizado para descontinuar, digo-vos agora: cada dia de um não fumador é um dia proveitoso. Parei no dia 10 de Fevereiro. Porque nessa data? Talvez e porque, após um descomunal assombro, cheguei ao elementar epílogo de que era a propícia ocasião para tentar, e de não deixar para amanhã o que hoje poderia fazer para belicamente reformar a minha vida.
Actualmente, no começo de 2006, quero mudar. Até estou pensando, seriamente, em tornar este meu blog mais consistente, mais concreto, mais contestado e mais comentado. Necessito de motivação para manter esta página funcionando. Preciso ter a convicção que, todos os dias, estou correndo um poderoso, titânico e aventureiro risco.
Eu vou. Quem vem comigo?
Se tu queres, faz. Jamais contes com o socorro divino, ou com alguma encantada e mágica data do almanaque, pois se o fizeres é provável que nada, na tua vida, mude.
Vejam o estado de algumas criaturas ou até mesmo de algumas instituições. Este é o pior ensejo para quem confiou e acreditou que a mudança do calendário significaria mudança de comportamento. Hoje, menos de dois meses após o champanhe, as resoluções abatem-se pela terra. Tiro e queda. Sobretudo, queda.
Em verdade vos digo que qualquer um é amo da sua vida. Não quero dar lições de moral a nenhuma ovelha tresmalhada, somente decretei fazer este módico desabafo. E, se querem um exemplo harmonizado para descontinuar, digo-vos agora: cada dia de um não fumador é um dia proveitoso. Parei no dia 10 de Fevereiro. Porque nessa data? Talvez e porque, após um descomunal assombro, cheguei ao elementar epílogo de que era a propícia ocasião para tentar, e de não deixar para amanhã o que hoje poderia fazer para belicamente reformar a minha vida.
Actualmente, no começo de 2006, quero mudar. Até estou pensando, seriamente, em tornar este meu blog mais consistente, mais concreto, mais contestado e mais comentado. Necessito de motivação para manter esta página funcionando. Preciso ter a convicção que, todos os dias, estou correndo um poderoso, titânico e aventureiro risco.
Eu vou. Quem vem comigo?
19 February, 2006
16 February, 2006
15 February, 2006
Sol lucet omnibus
Sol lucet omnibus.
O sol nasce para todos.
The sun shines upon all alike.
Le soleil brille pour toutle monde.
A Filosofia do Cinismo
O Cinismo foi uma filosofia fundamentada por um apóstolo de Sócrates, intitulado Antístenes de Atenas, cerca de 400 A. C., e a sua tese filosófica concebia que o êxito não deriva de nada exterior à própria pessoa, ou seja, os objectos, o reconhecimento extático, a sanidade, o tormento e o óbito, nada disso nos pode guiar à ventura. Segundo ele, é exactamente a independência de tudo que nos pode conduzir à felicidade que, uma vez conquistada, jamais poderá ser perdida.
Em verdade vos digo que o vocábulo "cinismo" angariou a conotação que tem contemporaneamente de displicência e apatia ao sentir e ao sofrer dos nossos semelhantes.
Actualmente, são inúmeras as criaturas que apresentam essa denominada faceta cínica. Indivíduos que diariamente nos sorriem, quando em sincronia nos martirizam nos seus mais resguardados pensamentos. Pessoas que, constantemente e, sem piedade pelo nosso sofrimento, nos cravam gigantescos e afiados punhais nas costas, porque não têm a coragem de fazê-lo pela frente, olhando nos nossos olhos.
Devo confessar, digníssimos leitores, que tenho demasiadas imperfeições, todavia e ditosamente o cinismo e a hipocrisia não fazem parte dessa minha dilatada listagem. Tenho carácter. Jamais consigo sorrir se estou descontente e chorar se estou contente. Jamais consigo proclamar palavras amenas se estou encolerizada e palavras abomináveis se estou serena.
Findando, interrogo-me e interrogo o digníssimo leitor: quando se porá fim ao cinismo da nossa mal cognominada sociedade? Quando acabará a hipocrisia dos que mandam? E a inércia dos que são mandados, quando acabará? Quando deixaremos de lacrimejar sobre nós próprios? Quando deixaremos de bater com a mão no peito, durante a homilia dominical, e dizer que é por nossa culpa, por nossa tão grande culpa, quando não é isso que sentimos?
E que assim seja!
Em verdade vos digo que o vocábulo "cinismo" angariou a conotação que tem contemporaneamente de displicência e apatia ao sentir e ao sofrer dos nossos semelhantes.
Actualmente, são inúmeras as criaturas que apresentam essa denominada faceta cínica. Indivíduos que diariamente nos sorriem, quando em sincronia nos martirizam nos seus mais resguardados pensamentos. Pessoas que, constantemente e, sem piedade pelo nosso sofrimento, nos cravam gigantescos e afiados punhais nas costas, porque não têm a coragem de fazê-lo pela frente, olhando nos nossos olhos.
Devo confessar, digníssimos leitores, que tenho demasiadas imperfeições, todavia e ditosamente o cinismo e a hipocrisia não fazem parte dessa minha dilatada listagem. Tenho carácter. Jamais consigo sorrir se estou descontente e chorar se estou contente. Jamais consigo proclamar palavras amenas se estou encolerizada e palavras abomináveis se estou serena.
Findando, interrogo-me e interrogo o digníssimo leitor: quando se porá fim ao cinismo da nossa mal cognominada sociedade? Quando acabará a hipocrisia dos que mandam? E a inércia dos que são mandados, quando acabará? Quando deixaremos de lacrimejar sobre nós próprios? Quando deixaremos de bater com a mão no peito, durante a homilia dominical, e dizer que é por nossa culpa, por nossa tão grande culpa, quando não é isso que sentimos?
E que assim seja!
14 February, 2006
13 February, 2006
Porque escrevo?
Porque despontam tantas missivas em “blogs” etéreos, incorpóreos e virtuais?
O que está a estimular inúmeras pessoas a escrever?
Em verdade vos digo que insisto nessa questão e não é por ser obstinação, simplesmente persevero a ideia que todas as criaturas, deste planeta e de qualquer outro análogo, necessitam implicitamente de dar um pouco de si ou, até mesmo, de se dar a conhecer, de comunicar, de articular com diferentes personalidades, de se encontrar quando já se haviam perdido, tendo eternamente a percepção que ao escrevem, escrevem-se!
Quando uma proposição me sai em vocábulos dactilografados, e sobretudo, sempre que escrevo um agregado de pensamentos, com sentido e direcção concisas, sem coerência perceptível para quem lê, … é de mim que diz, é de mim que fala, é como sou, é como me sinto, é como me pressinto no momento e que me lega expressar assim.
Creio que neste momento encontro-me numa metamorfose de irresoluções, de dúvidas entre escrever aqui (premeditadamente para aqui) ou se devo cessar as minhas epístolas sem rotina, sem hora certa, e com tempo sempre que é de palavras que se trata.
Sem ser capaz de frases curtas que comecem e acabem desse modo; curtas.
Sem ser capaz de frases curtas que comecem e acabem desse modo; curtas.
Com comentários lacónico e onde me alastro, quase sistematicamente, e digo muito mais do que um simples sorriso. Ando a roer por dentro, com estas dúvidas, em busca de alento.
Dilemas, há quem lhes chame…Pois eu cá me vou encaminhando, entre o desejo e o ter de ser, entre o visto e o que se vai ainda criar, entre a escrita e o que não se diz… para já.
E volto. Sempre… sempre… pois é nas palavras que encontro o meu rumo.
E vocês?
E que assim seja!
E que assim seja!
"A ideia que não procura converter-se em palavra é uma má ideia, e a palavra que não procura converter-se em acção é uma má palavra."
(Chesterton)
12 February, 2006
Humor
"O bom humor espalha mais felicidade que todas as riquezas do mundo. Vem do hábito de olhar para as coisas com esperança e de esperar o melhor e não o pior."
(Alfred Montapert)
(Alfred Montapert)
09 February, 2006
07 February, 2006
Actos sem Omissões
Hoje, ortografo esta epístola num socalco cravado numa pastagem, velada por um cento de Pinheiros entortados, admirando ao longe o povoado do Campo Raso.
E, recordo a minha meninice, naturalmente que a minha escassa lembrança se deve a que esse período não foi peculiarmente venturoso, mas pressuponho que sucede o mesmo com o emancipado trecho dos mortais.
Creio que a infância feliz é uma alegoria; para o depreender basta desferir um olhar às narrativas infantis, nas quais o lobo mau come a avozinha, e prontamente vem o caçador que abre o ventre do coitado bicho e tira a velha viva e inteira, volta a abarrotar a barriga deste com pedras e em seguida sutura a epiderme com cordel e agulha, provocando tal secura ao lobo que desata a correr para ir tragar água no rio, onde tomba e submerge com o fardo das pedras.
Porque é que o caçador não o eliminou de forma incomplexa e clemente?
Certamente porque nada é elementar e compassivo na infância.
No meu caso, a infelicidade natural da infância era agravada por uma quantidade de complexos tão emaranhados que já nem sequer consigo enumerá-los, mas que felizmente não deixaram feridas que o tempo não curasse.
Há meses, não sei exprimir quando, porque são imensos os livros que ultimamente tenho lido, li um belo e sublime livro de uma brilhante e notável escritora Chilena, em que ela dizia que, desde criança, se tinha sentido uma estranha na sua família e no seu sítio, e que a sua escrituração era, talvez, um ensaio para entender as conjunturas inerentes e aclarar o tumulto da existência, desassossegos que não martirizam as criaturas vulgares, somente os inconformistas enraizados, muitos depois acabam transmutados em carismáticos escritores.
Em verdade vos digo que esta magnífica teoria me tirou um peso de cima: não sou um monstro, afinal há outros como eu.
Considero que a estirpe do meu enigma é permanentemente a mesma: inépcia em aceitar o que aos outros parece genuíno e usual, e conjuntamente uma propensão fascinante para proferir conceitos que, absolutamente, ninguém almeja escutar, o que repele e afugenta alguns latentes aliados.
Contudo, devo proclamar que felizes de todos aqueles que tem a invulgar bravura de exprimir por palavras, pensamentos, actos e omissões o que lhes suporta a alma e o coração.
E que assim seja!
E, recordo a minha meninice, naturalmente que a minha escassa lembrança se deve a que esse período não foi peculiarmente venturoso, mas pressuponho que sucede o mesmo com o emancipado trecho dos mortais.
Creio que a infância feliz é uma alegoria; para o depreender basta desferir um olhar às narrativas infantis, nas quais o lobo mau come a avozinha, e prontamente vem o caçador que abre o ventre do coitado bicho e tira a velha viva e inteira, volta a abarrotar a barriga deste com pedras e em seguida sutura a epiderme com cordel e agulha, provocando tal secura ao lobo que desata a correr para ir tragar água no rio, onde tomba e submerge com o fardo das pedras.
Porque é que o caçador não o eliminou de forma incomplexa e clemente?
Certamente porque nada é elementar e compassivo na infância.
No meu caso, a infelicidade natural da infância era agravada por uma quantidade de complexos tão emaranhados que já nem sequer consigo enumerá-los, mas que felizmente não deixaram feridas que o tempo não curasse.
Há meses, não sei exprimir quando, porque são imensos os livros que ultimamente tenho lido, li um belo e sublime livro de uma brilhante e notável escritora Chilena, em que ela dizia que, desde criança, se tinha sentido uma estranha na sua família e no seu sítio, e que a sua escrituração era, talvez, um ensaio para entender as conjunturas inerentes e aclarar o tumulto da existência, desassossegos que não martirizam as criaturas vulgares, somente os inconformistas enraizados, muitos depois acabam transmutados em carismáticos escritores.
Em verdade vos digo que esta magnífica teoria me tirou um peso de cima: não sou um monstro, afinal há outros como eu.
Considero que a estirpe do meu enigma é permanentemente a mesma: inépcia em aceitar o que aos outros parece genuíno e usual, e conjuntamente uma propensão fascinante para proferir conceitos que, absolutamente, ninguém almeja escutar, o que repele e afugenta alguns latentes aliados.
Contudo, devo proclamar que felizes de todos aqueles que tem a invulgar bravura de exprimir por palavras, pensamentos, actos e omissões o que lhes suporta a alma e o coração.
E que assim seja!
"O conhecimento próprio leva-nos como que pela mão à humildade."
(Josemaría Escrivá)
(Josemaría Escrivá)
06 February, 2006
Ser Poeta!
“Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
Do que os homens!
Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Áquem e de Além Dor!
É ter de mil desejos o esplendor
E não saber sequer que se deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja,
É ter garras e asas de condor!
É ter fome, é ter sede de Infinito!
Por elmo, as manhãs de oiro e de cetim...
É condensar o mundo num só grito!
E é amar-te, assim, perdidamente...
É seres alma, e sangue, e vida em mim
E dizê-lo cantando a toda a gente!”
(Florbela Espanca)
Do que os homens!
Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Áquem e de Além Dor!
É ter de mil desejos o esplendor
E não saber sequer que se deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja,
É ter garras e asas de condor!
É ter fome, é ter sede de Infinito!
Por elmo, as manhãs de oiro e de cetim...
É condensar o mundo num só grito!
E é amar-te, assim, perdidamente...
É seres alma, e sangue, e vida em mim
E dizê-lo cantando a toda a gente!”
(Florbela Espanca)
O Mar
"É urgente o amor.
É urgente um barco no mar.
É urgente destruir certas palavras,
ódio, solidão e crueldade,
alguns lamentos,
muitas espadas.
É urgente inventar alegria,
multiplicar os beijos, as searas,
é urgente descobrir rosas e rios
e manhãs claras.
Cai o silêncio nos ombros e a luz
impura, até doer.
É urgente o amor, é urgente
permanecer."
(Eugénio de Andrade)
Dedicatória aos amigos!
"Um dia a maioria de nós irá separar-se.
Sentiremos saudades de todas as conversas jogadas fora, das descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos, dos tantos risos e momentos quepartilhamos.
Saudades até dos momentos de lágrimas, da angústia, das vésperas dos finais de semana, dos finais de ano, enfim... do companheirismo vivido.
Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre.
Hoje não tenho mais tanta certeza disso.
Hoje não tenho mais tanta certeza disso.
Em breve cada um vai para seu lado, seja pelo destino ou por algum desentendimento, segue a sua vida.
Talvez continuemos a nos encontrar, quem sabe...nas cartas que trocaremos.
Podemos falar ao telefone e dizer algumas tolices...
Aí, os dias vão passar, meses...anos... até este contacto se tornar cada vez mais raro.
Vamo-nos perder no tempo....
Um dia os nossos filhos verão as nossas fotografias e perguntarão: Quem são aquelas pessoas? Diremos... que eram nossos amigos e... isso vai doer tanto!
Foram meus amigos, foi com eles que vivi tantos bons anos da minha vida!
A saudade vai apertar bem dentro do peito.
Vai dar vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente...
Quando o nosso grupo estiver incompleto... reunir-nos-emos para um último adeus de um amigo.
E, entre lágrimas, abraçar-nos-emos.
Então faremos promessas de nos encontrar mais vezes daquele dia em diante.
Por fim, cada um vai para o seu lado para continuar a viver a sua vida, isolada do passado.
E perder-nos-emos no tempo...
Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo: não deixes que a vida passe em branco, e que pequenas adversidades sejam a causa de grandes tempestades... Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!"
(Fernando Pessoa)
Injustiça, em nome da lei
Foto: Estádio Bom Jesus em São Mateus
(Tal como o relvado de piso sintético, está longínquo para ser perceptível)
Actualmente, de todas as fatalidades que desinquietam a Humanidade: conflito, miséria, epidemias, analfabetismo, terrorismo, corrupções e muitas outras malignidades, a que mais dói é a injustiça. Há muitos pareceres discordantes sobre o mote, porque sabe-se muito pouco e aceita-se ainda menos. O que é a injustiça? Onde está? É a que aparece nos códigos e na Filosofia do Direito? Serão justos os nossos juízes? Serão justos os nossos governantes?
Em verdade vos digo que o símbolo da justiça é uma diva que segura uma balança em perfeita harmonia. A igualdade, imobilidade e eternidade são exclusivos de Deus, perpetuamente idêntico a si mesmo; a justiça é sacra. As figuras celestiais que vivem em êxtase constante não experimentam injustiças.
(Tal como o relvado de piso sintético, está longínquo para ser perceptível)
Actualmente, de todas as fatalidades que desinquietam a Humanidade: conflito, miséria, epidemias, analfabetismo, terrorismo, corrupções e muitas outras malignidades, a que mais dói é a injustiça. Há muitos pareceres discordantes sobre o mote, porque sabe-se muito pouco e aceita-se ainda menos. O que é a injustiça? Onde está? É a que aparece nos códigos e na Filosofia do Direito? Serão justos os nossos juízes? Serão justos os nossos governantes?
Em verdade vos digo que o símbolo da justiça é uma diva que segura uma balança em perfeita harmonia. A igualdade, imobilidade e eternidade são exclusivos de Deus, perpetuamente idêntico a si mesmo; a justiça é sacra. As figuras celestiais que vivem em êxtase constante não experimentam injustiças.
Os entes do reino animal e vegetal que vivem submersos nas leis congénitas tão-pouco conhecem injustiças; o leão que persegue e devora uma zebra não comete nenhuma maleficência, nem nenhum delito; toda a Natureza é imaculada e não está dentro da lei moral dos pares adversos, apesar de muitas vezes ser apavorante.
O ser humano que, graças à dádiva de liberdade que Deus lhe condescendeu desde os primórdios, reside entre o insolente e o inocente, e na procura constante do seu propósito comete iniquidades sobre os seus semelhantes, contra a natureza e contra ele próprio.
A Humanidade aperfeiçoa-se gradualmente, não pelas leis, mas pela efectivação pessoal, na mesura da Ideia Mãe. Veja-se no Livro XXV "Teologia", no Capítulo 13,20: "A liberação do homem, que este deve realizar por si mesmo, não de uma vez, mas por etapas, nascendo, morrendo, reencarnando, passando pelos paraísos, purgatórios e infernos".
A Humanidade aperfeiçoa-se gradualmente, não pelas leis, mas pela efectivação pessoal, na mesura da Ideia Mãe. Veja-se no Livro XXV "Teologia", no Capítulo 13,20: "A liberação do homem, que este deve realizar por si mesmo, não de uma vez, mas por etapas, nascendo, morrendo, reencarnando, passando pelos paraísos, purgatórios e infernos".
Creio que as injustiças são unicamente indulgentes e que as leis que se criaram para corrigi-las são tendenciosas; contudo, considero que todos os indivíduos necessitam de regulamentações para se desenvolverem. Como já referi, a maioria das leis, hoje impostas, é defeituosa e encontra-se aquém da realidade.
Exemplificando, devo confessar que não me conformo com as pequenas arbitrariedades, como a daquele campo, descalço, que apenas carece de um relvado de piso sintético. Se fosse utópico não era tão grande a minha insurreição, porém não é.
E que assim seja!
“No mundo, a tirania e a injustiça começaram por uma coisa infinitamente pequena.”
In. Muslah-Al-Din Saadi, O Jardim das Rosas.
Exemplificando, devo confessar que não me conformo com as pequenas arbitrariedades, como a daquele campo, descalço, que apenas carece de um relvado de piso sintético. Se fosse utópico não era tão grande a minha insurreição, porém não é.
E que assim seja!
“No mundo, a tirania e a injustiça começaram por uma coisa infinitamente pequena.”
In. Muslah-Al-Din Saadi, O Jardim das Rosas.
05 February, 2006
03 February, 2006
O Flagelo do Mundo Contemporâneo
Actualmente, demasiados jovens portugueses consideram que o HIV/SIDA é uma enfermidade forjada para delinear comportamentos sexuais. Outros acreditam que só acontece aos homossexuais e toxicodependentes. Ainda alguns congregam a prevenção da doença ao uso da pílula.
De facto, a informação transborda, todavia as convicções sobre o HIV/SIDA entre os adolescentes são do mais sinuoso que existe.
Julgo que a informação é o meio mais insidioso de todos. Ainda alguma pessoa poderia admitir que presentemente, na viragem da sociedade da comunicação para a do saber e que depois de centenas de reportagens, debates televisivos e spots informativos, alguém pudesse declarar, tão cabalmente, que o HIV/SIDA não existe? Que é uma doença de homossexuais e toxicodependentes e quiçá um engenho fabricado por mentes com desígnios opressivos a nível carnal?
Em verdade vos digo que o HIV/SIDA foi e persiste em ser uma das emancipadas catástrofes do mundo contemporâneo. Não se trata, somente, de um problema de sanidade com monumental seriedade, mas também de uma contenda social, económica e política.
Em Portugal, há 19 mil casos de seropositivos explícitos, classificando o nosso País no cume da lista de infectados da União Europeia. Se estes números não bastam para nos colocar de prevenção, posso ainda aditar que o grupo etário que ostenta maior elenco se situa entre os 25 e os 30 anos, a maioria dos quais infectada na puberdade. Perante estes dados, não podemos alojar o enigma num recanto resguardado da nossa mente, com o fundamento de que este é um tema de agremiações de risco. Tenho que mencionar, forçosamente, que os heterossexuais constituem o grupo dos segundos mais contaminados no nosso País.
Creio que a Educação é a cúpula para comutar o conhecimento, a postura e a conduta. É indispensável que o saber sobre o HIV/SIDA seja modificado e aperfeiçoado afim de circunscrever as lacunas entre a delineação e a efectuação de políticas que atestem a adopção de estratagemas mais convincentes de providência.
E que assim seja!
De facto, a informação transborda, todavia as convicções sobre o HIV/SIDA entre os adolescentes são do mais sinuoso que existe.
Julgo que a informação é o meio mais insidioso de todos. Ainda alguma pessoa poderia admitir que presentemente, na viragem da sociedade da comunicação para a do saber e que depois de centenas de reportagens, debates televisivos e spots informativos, alguém pudesse declarar, tão cabalmente, que o HIV/SIDA não existe? Que é uma doença de homossexuais e toxicodependentes e quiçá um engenho fabricado por mentes com desígnios opressivos a nível carnal?
Em verdade vos digo que o HIV/SIDA foi e persiste em ser uma das emancipadas catástrofes do mundo contemporâneo. Não se trata, somente, de um problema de sanidade com monumental seriedade, mas também de uma contenda social, económica e política.
Em Portugal, há 19 mil casos de seropositivos explícitos, classificando o nosso País no cume da lista de infectados da União Europeia. Se estes números não bastam para nos colocar de prevenção, posso ainda aditar que o grupo etário que ostenta maior elenco se situa entre os 25 e os 30 anos, a maioria dos quais infectada na puberdade. Perante estes dados, não podemos alojar o enigma num recanto resguardado da nossa mente, com o fundamento de que este é um tema de agremiações de risco. Tenho que mencionar, forçosamente, que os heterossexuais constituem o grupo dos segundos mais contaminados no nosso País.
Creio que a Educação é a cúpula para comutar o conhecimento, a postura e a conduta. É indispensável que o saber sobre o HIV/SIDA seja modificado e aperfeiçoado afim de circunscrever as lacunas entre a delineação e a efectuação de políticas que atestem a adopção de estratagemas mais convincentes de providência.
E que assim seja!
"Metade dos nossos erros na vida nascem do facto de sentirmos quando devíamos pensar e pensarmos quando devíamos sentir." (J. Collins)
02 February, 2006
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