"Por vezes sentimos que aquilo que fazemos não é senão uma gota de água no mar. Mas o mar seria menor se lhe faltasse uma gota." (Madre Teresa de Calcuta)
30 November, 2007
29 November, 2007
Talvez...
"Talvez eu venha a envelhecer rápido demais. Mas lutarei para que cada dia tenha valido a pena.
Talvez eu sofra inúmeras desilusões no decorrer de minha vida. Mas farei que elas percam a importância diante dos gestos de amor que encontrei.
Talvez eu não tenha forças para realizar todos os meus ideais. Mas jamais irei me considerar um derrotado.
Talvez em algum instante eu sofra uma terrível queda. Mas não ficarei por muito tempo olhando para o chão.
Talvez um dia o sol deixe de brilhar. Mas então irei me banhar na chuva.
Talvez um dia eu sofra alguma injustiça. Mas jamais irei assumir o papel de vítima.
Talvez eu tenha que enfrentar alguns inimigos. Mas terei humildade para aceitar as mãos que se estenderão em minha direção.
Talvez numa dessas noites frias, eu derrame muitas lágrimas. Mas não terei vergonha por esse gesto.
Talvez eu seja enganado inúmeras vezes. Mas não deixarei de acreditar que em algum lugar alguém merece a minha confiança.
Talvez com o tempo eu perceba que cometi grandes erros. Mas não desistirei de continuar trilhando meu caminho.
Talvez com o decorrer dos anos eu perca grandes amizades. Mas irei aprender que aqueles que realmente são meus verdadeiros amigos nunca estarão perdidos.
Talvez algumas pessoas queiram o meu mal. Mas irei continuar plantando a semente da fraternidade por onde passar.
Talvez eu fique triste ao concluir que não consigo seguir o ritmo da música. Mas então, farei que a música siga o compasso dos meus passos.
Talvez eu nunca consiga enxergar um arco-íris. Mas aprenderei a desenhar um, nem que seja dentro do meu coração.
Talvez hoje eu me sinta fraco. Mas amanhã irei recomeçar, nem que seja de uma maneira diferente.
Talvez eu não aprenda todas as lições necessárias. Mas terei a consciência que os verdadeiros ensinamentos já estão gravados em minha alma.
Talvez eu me deprima por não ser capaz de saber a letra daquela música. Mas ficarei feliz com as outras capacidades que possuo.
Talvez eu não tenha motivos para grandes comemorações. Mas não deixarei de me alegrar com as pequenas conquistas.
Talvez a vontade de abandonar tudo torne-se a minha companheira. Mas ao invés de fugir, irei correr atrás do que almejo.
Talvez eu não seja exatamente quem gostaria de ser. Mas passarei a admirar quem sou.
Porque no final saberei que, mesmo com incontáveis dúvidas, eu sou capaz de construir uma vida melhor. E se ainda não me convenci disso, é porque como diz aquele ditado: “ainda não chegou o fim”... Porque no final não haverá nenhum “talvez” e sim a certeza de que a minha vida valeu a pena e eu fiz o melhor que podia."
(Aristóteles Onassis)
Assim mesmo
Muitas vezes as pessoas são
egocêntricas, ilógicas e insensatas.
Perdoa-as assim mesmo.
Se és gentil, as pessoas podem
te dizer que és egoísta e interesseira.
Sê gentil assim mesmo.
Se és uma vencedora, terás
alguns falsos amigos e alguns
inimigos verdadeiros.
Vence assim mesmo.
Se és honesta e franca,
as pessoas podem te enganar.
Sê honesta e franca assim mesmo.
O que construís-te durante anos e anos,
alguém pode destruir de uma hora para outra.
Constrói assim mesmo.
Se estás em paz e és feliz,
as pessoas podem sentir inveja.
Sê feliz assim mesmo.
O bem que fazes hoje pode
ser esquecido amanhã.
Faz o bem assim mesmo.
Dá ao mundo o melhor de ti,
mas isso pode nunca ser o bastante.
Dá o melhor de ti assim mesmo.
Porque, no final das contas,
é entre ti e Deus.
Nunca foi entre ti e as outras pessoas.
(Madre Teresa de Calcutá)
Aqui está...
"Aqui está a minha vida - esta areia tão clara
com desenhos de andar dedicados ao vento.
Aqui está a minha voz - esta concha vazia,
sombra de som curtindo o seu próprio lamento.
Aqui está a minha dor - este coral quebrado,
sobrevivendo ao seu patético momento.
Aqui está a minha herança - este mar solitário,
que de um lado era amor e, do outro, esquecimento."
(Cecilia Meireles)
28 November, 2007
Futebol Clube da Madalena "A" Venceu por 2 a 1
A Equipa "A" de Futsal Feminino Senior do Futebol Clube da Madalena venceu no passado dia 25, por 2 a 1, a Equipa "B" do Futebol Clube da Madalena. O Jogo foi disputado no Pavilhão da Escola Cardeal Costa Nunes, e está inserido no Torneio de Abertura de Futsal da Associação de Futebol da Horta. O próximo jogo está marcado para o dia 9 de Dezembro, às 10 horas, no mesmo local e entre as mesmas equipas.
10 Perguntas, 10 Respostas
Entrevista com Tânia Carina do Rós Monteiro - Guarda Redes da Equipa "A" do Futebol Clube da Madalena.
“O FUTSAL É UMA PAIXÃO”
A “nossa” Tânia Monteiro é conhecida, na arte do Futsal, pela sua impressionante regularidade e qualidade, mas principalmente pela forte personalidade que difunde dentro e fora do campo, provocando uma admiração profunda em todos aqueles que a rodeiam, desde colegas a adversárias.
saomateus2005 - Há quantos anos praticas Futsal, e como começaste?
TM: Jogo há 12 anos e comecei porque as minhas irmãs mais velhas também jogavam. Hoje para mim o Futsal é uma paixão.
saomateus2005 - Como é que surgiu esta paixão?
TM: Sempre fui um pouco “Maria-rapaz”, pois só brincava com os meus irmãos, provavelmente porque as minhas irmãs eram bastante mais velhas do que eu. Lógico que os rapazes só querem jogar futebol e eu para poder brincar com eles tinha de jogar também.
saomateus2005 - És a guarda-redes do Futebol Clube da Madalena “A”… qual é a sensação?
TM: A sensação é boa quando corre bem, mas quando corre mal, na maioria das vezes, o guarda-redes é sempre o elo mais fraco (risos). A responsabilidade é grande, mas vale a pena.
saomateus2005 - Como consegues compatibilizar os treinos e os jogos com a vida familiar? E com os estudos?
TM: Por vezes é complicado, pois também tenho marido e filho, mas quando se gosta, e a vontade é grande, arranjamos sempre tempo para tudo. Sempre estudei depois do meu filho adormecer, pois antes é impossível, por isso nesse aspecto é fácil conciliar.
saomateus2005 - Se tivesses que eleger o teu melhor momento desportivo qual seria? E o menos bom?
TM: O meu melhor momento desportivo foi quando ganhámos os torneios de São Jorge, Monte e Criação Velha, no Verão de 2007. O momento menos bom foi quando sofremos uma inesperada derrota contra o Madalena “B” na cidade da Horta.
saomateus2005 - Quais são os principais objectivos do Madalena “A” para esta época?
TM: Para além de ganharmos mais prática e mais companheirismo, o nosso maior objectivo é vencermos alguns jogos às equipas do Faial. O que vai ser difícil porque elas já praticam esta modalidade há muito tempo e treinam o ano inteiro.
saomateus2005 - Que conselho darias às jovens que agora se iniciam no Futsal?
TM: Que não abandonem a modalidade na primeira vez que encontrarem um obstáculo, pois o desporto é saudável para o corpo e para a mente.
saomateus2005 - Como analisas a evolução do Futsal Feminino no Pico?
TM: Penso que tem evoluído bem, pois antes era impensável para as mulheres praticarem futebol. Contudo, creio que é possível desenvolver esta modalidade ainda mais. Talvez esta nova Liga de Futsal Feminino, criada pela Associação de Futebol da Horta, faça despertar a atenção de outros clubes.
saomateus2005 - Qual é a grande diferença, na tua opinião, entre o Futsal feminino e o masculino?
TM: Em primeiro lugar existe o tal raciocínio que o futebol é um desporto exclusivamente masculino (só para homens de barba rija). Porém, acho que as mulheres deveriam tentar, ainda mais, combater este tipo de pensamento, quiçá, demonstrando o que valem dentro das quatro linhas. Se é que já não o fazem.
saomateus2005 - Queres deixar alguma mensagem para todos os acompanhantes da modalidade?
TM: Que apoiem as equipas de Futsal Feminino da nossa ilha. Que encorajem as vossas mulheres e as vossas filhas para a prática da modalidade. E, claro, que apareçam no Pavilhão da Escola Cardeal Costa Nunes, todos os domingos em que houver jogos, para nos apoiarem e para verem que também nós sabemos jogar. E o mais importante é que não jogamos por dinheiro, mas sim por amor à camisola que envergamos.
21 November, 2007
Voltem Sempre!
Em Novembro de 2005, decidi colocar em prática um gosto antigo pela escrita e, assim sendo, resolvi criar este Blog.
Não entendia bem como funcionava nem, jamais, me passou pela cabeça que iria ter tantos leitores assíduos. Investiguei no Google, velho companheiro que me salva sempre do abismo e da ignorância, e encontrei alguns artigos explicando, passo-a-passo, como devia proceder.
A primeira tarefa era escolher o sistema que hospedaria o meu blog. Depois de algumas tentativas, escolhi o Blogspot, provavelmente porque conclui ser o mais fácil de compreender.
Escolhi um template básico, e a questão seguinte era: o que escrever?
Confesso que os meus primeiros textos saíram-me directamente do coração. Queria ser diferente, queria enaltecer a minha povoação, queria homenagear algumas pessoas que lá vivem e outras que, infelizmente, já partiram deste mundo, por vezes cruel com os justos. Basicamente, aquilo que mais queria era relatar acontecimentos rotineiros, publicar textos carregados de sentimentalismo, mostrar ao mundo, através de fotografias, que vivemos no paraíso, elaborar entrevistas com os indivíduos que estão encarregados pelo bom funcionamento de algumas instituições da nossa freguesia, …
Com o passar do tempo, este blog ganhou identidade, e os textos, por vezes escritos num tom carregado de eufemismo, sarcasmo e ironia, que marca o meu estilo, conquistaram alguns admiradores, e também alguns antagonistas.
Devo também, e obrigatoriamente, salientar que criei esses antagonistas devido a alguns comentários impróprios e maldosos que, infelizmente, publiquei. Pois é, confesso a Deus e a vós irmãos que pequei. E fi-lo porque sempre acreditei que, num país livre, a liberdade de expressão é fundamental e essencial. Todavia, nunca me passou pela cabeça que houvesse pessoas que tirassem proveito deste meu pensamento magnânimo. Mas que as houve, lá isso houve. Porém, abri os olhos e cheguei à conclusão imediata que já era demais, já era altura de colocar um travão nesses malfadados comentários e, quiçá, pedir sinceras desculpas a todas as pessoas visadas, cuja vida pessoal foi, de facto, avassalada e profanada. É certo que algumas aceitaram de bom ânimo as minhas desculpas e outras não. Porém, aquelas que não as aceitaram tem toda a minha consideração, pois também sou da opinião que depois do mal estar feito o arrependimento sabe a pouco, conquanto tenho a esperança que o tempo apague esse desmesurado tropeção e, como somos todos filhos de Deus, está na nossa natureza perdoar as graves ofensas dos demais.
Actualmente, passados dois anos, este Blog continua de pedra e cal. E assim irá continuar durante muitos mais anos, porventura, durante o resto da minha vida
Hoje faz dois anos que eu, despretensiosamente, edifiquei este “saomateus2005”. E mesmo sofrendo, por vezes, de crises acentuadas de falta de inspiração, a verdade é que me apaixonei por isto aqui. Escrever sempre foi uma das minhas paixões, e é extraordinário redigir um texto que será lido e, com sorte, até comentado por alguém consciente dos seus actos, palavras, acções e omissões.
Devo também, e obrigatoriamente, salientar que criei esses antagonistas devido a alguns comentários impróprios e maldosos que, infelizmente, publiquei. Pois é, confesso a Deus e a vós irmãos que pequei. E fi-lo porque sempre acreditei que, num país livre, a liberdade de expressão é fundamental e essencial. Todavia, nunca me passou pela cabeça que houvesse pessoas que tirassem proveito deste meu pensamento magnânimo. Mas que as houve, lá isso houve. Porém, abri os olhos e cheguei à conclusão imediata que já era demais, já era altura de colocar um travão nesses malfadados comentários e, quiçá, pedir sinceras desculpas a todas as pessoas visadas, cuja vida pessoal foi, de facto, avassalada e profanada. É certo que algumas aceitaram de bom ânimo as minhas desculpas e outras não. Porém, aquelas que não as aceitaram tem toda a minha consideração, pois também sou da opinião que depois do mal estar feito o arrependimento sabe a pouco, conquanto tenho a esperança que o tempo apague esse desmesurado tropeção e, como somos todos filhos de Deus, está na nossa natureza perdoar as graves ofensas dos demais.
Actualmente, passados dois anos, este Blog continua de pedra e cal. E assim irá continuar durante muitos mais anos, porventura, durante o resto da minha vida
Hoje faz dois anos que eu, despretensiosamente, edifiquei este “saomateus2005”. E mesmo sofrendo, por vezes, de crises acentuadas de falta de inspiração, a verdade é que me apaixonei por isto aqui. Escrever sempre foi uma das minhas paixões, e é extraordinário redigir um texto que será lido e, com sorte, até comentado por alguém consciente dos seus actos, palavras, acções e omissões.
Além disso, foi graças à vida na blogosfera que conheci outros tantos universos, tantos viajantes do nosso planeta que narram os seus dramas e as suas vitórias. Pessoas que nem conheço, mas que acompanho de longe e para quem desejo tudo de bom. E também pessoas que tive a oportunidade de conhecer no mundo físico e por quem nutro uma substancial admiração e um inexplicável carinho.
Prezados leitores, agradeço-vos a todos pela presença! Voltem sempre!
Prezados leitores, agradeço-vos a todos pela presença! Voltem sempre!
E que assim seja por muitos mais anos!
NOTA: Quero partilhar este dia com todos vós, mas sobretudo e em especial com três pessoas que muito admiro pela sua coragem. Agradeço-lhes pelo voto de confiança, pela amizade, pela força que me proporcionaram quando pensei em desistir e por muitas mais coisas que não vale a pena mencionar porque elas já o sabem.
E os vencedores são: o meu estimado Tio Zulmiro Sarmento e os meus reverenciados amigos José Carlos Garcia e José Augusto Soares.
Que Deus vos pague em felicidade e sabedoria pelas palavras de incentivo, que tive o tremendo orgulho de vos ouvir proferir, em relação à minha pessoa e a este meu modesto espaço.
NOTA: Quero partilhar este dia com todos vós, mas sobretudo e em especial com três pessoas que muito admiro pela sua coragem. Agradeço-lhes pelo voto de confiança, pela amizade, pela força que me proporcionaram quando pensei em desistir e por muitas mais coisas que não vale a pena mencionar porque elas já o sabem.
E os vencedores são: o meu estimado Tio Zulmiro Sarmento e os meus reverenciados amigos José Carlos Garcia e José Augusto Soares.
Que Deus vos pague em felicidade e sabedoria pelas palavras de incentivo, que tive o tremendo orgulho de vos ouvir proferir, em relação à minha pessoa e a este meu modesto espaço.
20 November, 2007
Tendo em conta as últimas exibições de Portugal, só mesmo rezando
"As previsões para o horário do jogo Portugal-Finlândia (amanhã, às 19.45 horas) não são animadoras: aguaceiros e temperatura não superior a 12 graus. Mas as condições climatéricas adversas não serão impeditivas de enchente nas bancadas do Estádio do Dragão."
NOTA: Com a previsão da queda de tanta água, espero que Portugal se mantenha de pé.
19 November, 2007
O Puzzle da Vida
Queremos ter certezas e vivemos sempre na incerteza. Procuramos verdades absolutas e percebemos que tudo na vida é, imperiosamente, relativo. É doloroso constatar a nossa ignorância fundamental.
Viver é ir aprendendo a decidir da forma mais tranquila possível, no meio de mil possibilidades, que na sua grande maioria não se realizarão. É ir escolhendo e renunciando, avaliando e, ao mesmo tempo, reconhecendo que nunca temos a certeza das decisões que tomamos, porque não temos a experiência do que aconteceria com as outras escolhas que deixamos de lado.
Viver é procurar, constantemente, o sentido que se edifica dia a dia, nas pequenas decisões. Sentido que se vai revelando em alguns momentos marcantes, ou quando conseguimos enxergar mais alto, quando obtemos uma perspectiva mais abrangente. Esses momentos fortes ajudam a que tentemos ampliar os significados recônditos do quotidiano, quando tudo parece tão fútil e repetitivo.
Podemos aprender a desvendar, a compreender e a aceitar os caminhos que já percorremos.
Aprender a compreender e a aceitar as escolhas actuais, a permanente dúvida de estarmos acertando nas decisões, a incerteza do que deixamos de lado, do que poderíamos ter sido, ter feito, ter tentado.
Aprender a aceitar que viver é uma permanente prática de escolhas, de ganhos, de renúncias, de acertos e de erros, com os quais vamos construindo o puzzle das nossas vidas, o nosso caminho.
Aprendemos a viver quando navegamos na incerteza e, ao mesmo tempo, confiamos na nossa bússola, procuramos aprimorá-la e não nos castigamos por erros de pilotagem, mas, ao contrário, aprendemos com eles. Se equilibramos a incerteza e a confiança encontraremos o melhor trilho.
Em verdade vos digo que viver significa estar de olhos bem abertos, aceitar as escolhas que outrora tomámos, enfrentar decisões contraditórias, sentir que estamos realizados e em paz. É constatar que, mesmo em situações precárias, avançamos na compreensão de nós mesmos, de tudo o que nos rodeia e nos sentimos mais confiantes e mais vivos do que nunca.
Eu estou vivendo… E tu?
Viver é ir aprendendo a decidir da forma mais tranquila possível, no meio de mil possibilidades, que na sua grande maioria não se realizarão. É ir escolhendo e renunciando, avaliando e, ao mesmo tempo, reconhecendo que nunca temos a certeza das decisões que tomamos, porque não temos a experiência do que aconteceria com as outras escolhas que deixamos de lado.
Viver é procurar, constantemente, o sentido que se edifica dia a dia, nas pequenas decisões. Sentido que se vai revelando em alguns momentos marcantes, ou quando conseguimos enxergar mais alto, quando obtemos uma perspectiva mais abrangente. Esses momentos fortes ajudam a que tentemos ampliar os significados recônditos do quotidiano, quando tudo parece tão fútil e repetitivo.
Podemos aprender a desvendar, a compreender e a aceitar os caminhos que já percorremos.
Aprender a compreender e a aceitar as escolhas actuais, a permanente dúvida de estarmos acertando nas decisões, a incerteza do que deixamos de lado, do que poderíamos ter sido, ter feito, ter tentado.
Aprender a aceitar que viver é uma permanente prática de escolhas, de ganhos, de renúncias, de acertos e de erros, com os quais vamos construindo o puzzle das nossas vidas, o nosso caminho.
Aprendemos a viver quando navegamos na incerteza e, ao mesmo tempo, confiamos na nossa bússola, procuramos aprimorá-la e não nos castigamos por erros de pilotagem, mas, ao contrário, aprendemos com eles. Se equilibramos a incerteza e a confiança encontraremos o melhor trilho.
Em verdade vos digo que viver significa estar de olhos bem abertos, aceitar as escolhas que outrora tomámos, enfrentar decisões contraditórias, sentir que estamos realizados e em paz. É constatar que, mesmo em situações precárias, avançamos na compreensão de nós mesmos, de tudo o que nos rodeia e nos sentimos mais confiantes e mais vivos do que nunca.
Eu estou vivendo… E tu?
Primeira Vitória na Liga Europeia
Candelária goleou os alemães do Cronenberg.
As competições europeias voltaram na noite de hoje ao pavilhão da escola Cardeal Costa Nunes, frente a frente estiveram as equipas do Candelária e do Cronenberg em jogo respeitante á 2ªjornada da Liga Europeia.
Depois de ter sofrido uma derrota pesada em Igualada na 1ªjornada da competição, os picarotos redimiram-se em casa batendo os alemães do Cronenberg por cinco bolas a zero. A equipa forasteira não teve argumentos para surpreender os pupilos de Pedro Nunes que foram superiores durante toda a partida.
Os verde e brancos estiveram muito bem defensivamente e no ataque o perigo era constante mostrando a sua eficácia por cinco vezes.
Árbitro: Joaquim Lopez Varela (Espanha)
Candelária: Paulo Matos, Cândido Oliveira, Pedro Afonso, Bruno Matos, Tiago Resende
Jogaram ainda: Ricardo Santos, Mauro Fernandez, Eduardo Brás, João Matos
Tr.Pedro Nunes
Golos: Bruno Matos(3), Mauro Fernandez(1), Eduardo Brás(1)
Cronenberg: Marc Berenbeck, Marcello Borcianni, Marc Wochnik, Jan Velte, Thomas Haupt
Jogaram ainda: Marc Bernardowitz
Tr.Sven Steup
Ao intervalo: 2 x 0
Resultado Final: 5 x 0
2007-11-17 / 22:47:11
Fonte: Rádio Pico
Depois de ter sofrido uma derrota pesada em Igualada na 1ªjornada da competição, os picarotos redimiram-se em casa batendo os alemães do Cronenberg por cinco bolas a zero. A equipa forasteira não teve argumentos para surpreender os pupilos de Pedro Nunes que foram superiores durante toda a partida.
Os verde e brancos estiveram muito bem defensivamente e no ataque o perigo era constante mostrando a sua eficácia por cinco vezes.
Árbitro: Joaquim Lopez Varela (Espanha)
Candelária: Paulo Matos, Cândido Oliveira, Pedro Afonso, Bruno Matos, Tiago Resende
Jogaram ainda: Ricardo Santos, Mauro Fernandez, Eduardo Brás, João Matos
Tr.Pedro Nunes
Golos: Bruno Matos(3), Mauro Fernandez(1), Eduardo Brás(1)
Cronenberg: Marc Berenbeck, Marcello Borcianni, Marc Wochnik, Jan Velte, Thomas Haupt
Jogaram ainda: Marc Bernardowitz
Tr.Sven Steup
Ao intervalo: 2 x 0
Resultado Final: 5 x 0
2007-11-17 / 22:47:11
Fonte: Rádio Pico
11 November, 2007
Boavista de São Mateus derrotou o Fayal Sport
Futebol Clube da Madalena "A" Venceu por 4 a 1
A Equipa "A" de Futsal Feminino Senior do Futebol Clube da Madalena venceu, hoje, por 4 a 1 a Equipa "B" do Futebol Clube da Madalena. O Jogo foi disputado no Pavilhão da Escola Cardeal Costa Nunes, e está inserido no Torneio de Abertura de Futsal da Associação de Futebol da Horta. O próximo jogo está marcado para o dia 25 de Novembro, às 10 horas, no mesmo local e entre as mesmas equipas.
Constituição da Equipa "A" do Futebol Clube da Madalena
(Fotografia) - Em cima da esquerda para a direita.
1. Rui (Delegado)
2. Sónia
3. Gina
4. Lisandra
5. Sandra
6. Lurdes
7. Luís (Treinador)
(Fotografia) - Em baixo da esquerda para a direita
1. Fátima
2. Vânia
3. Tânia
4. Ana
5. Sara
07 November, 2007
A concha
A minha casa é concha. Como os bichos
Segreguei-a de mim com paciência:
Fechada de marés, a sonhos e a lixos,
O horto e os muros só areia e ausência.
Minha casa sou eu e os meus caprichos.
O orgulho carregado de inocência
Se às vezes dá uma varanda, vence-a
O sal que os santos esboroou nos nichos.
E telhadosa de vidro, e escadarias
Frágeis, cobertas de hera, oh bronze falso!
Lareira aberta pelo vento, as salas frias.
A minha casa... Mas é outra a história:
Sou eu ao vento e à chuva, aqui descalço,
Sentado numa pedra de memória.
(Vitorino Nemésio)
06 November, 2007
Mãe infusa
Ainda estão por dizer
as púdicas confidências
do tempo em que era possível
ouvir as hortênsias.
No quintal de incontinente
o maracujá enlanguescia
e pedra a pedra se reconstruía
a casa infinitamente.
Teu rosto ainda não vagueava
na noite fria do retrato.
Em que desmemoriada candeia
derramaste oh mãe o azeite intacto?
Dispunhas as jóias do inverno
para a festa cálida do verão.
Por certo alguma levaste
passando-a ao fisco da morte
para que uma pérola te assinalasse
no caso que o vento espalhasse
o pólen da tua mão.
Eis-te todavia sem ossos
mas mais do que nunca infusa
em teu ovular desvelo
e eu carnalmente intrusa
pressinto que para tocar-te
enfermo de longos cabelos.
(Natália Correia)
05 November, 2007
Queixa das almas jovens censuradas
Dão-nos um lírio e um canivete
E uma alma para ir à escola
E um letreiro que promete
Raízes, hastes e corola.
Dão-nos um mapa imaginário
Que tem a forma duma cidade
Mais um relógio e um calendário
Onde não vem a nossa idade.
Dão-nos a honra de manequim
Para dar corda à nossa ausência.
Dão-nos o prémio de ser assim
Sem pecado e sem inocência.
Dão-nos um barco e um chapéu
Para tirarmos o retrato.
Dão-nos bilhetes para o céu
Levado à cena num teatro.
Penteiam-nos os crânios ermos
Com as cabeleiras dos avós
Para jamais nos parecermos
Connosco quando estamos sós.
Dão-nos um bolo que é a história
Da nossa história sem enredo
E não nos soa na memória
Outra palavra para o medo.
Temos fantasmas tão educados
Que adormecemos no seu ombro
Sonos vazios, despovoados
De personagens do assombro.
Dão-nos a capa do evangelho
E um pacote de tabaco.
Dão-nos um pente e um espelho
Para pentearmos um macaco.
Dão-nos um cravo preso à cabeça
E uma cabeça presa à cintura
Para que o corpo não pareça
A forma da alma que o procura.
Dão-nos um esquife feito de ferro
Com embutidos de diamante
Para organizar já o enterro
Do nosso corpo mais adiante.
Dão-nos um nome e um jornal,
Um avião e um violino.
Mas não nos dão o animal
Que espeta os cornos no destino.
Dão-nos marujos de papelão
Com carimbo no passaporte.
Por isso a nossa dimensão
Não é a vida. Nem é a morte.
(Natália Correia)
E uma alma para ir à escola
E um letreiro que promete
Raízes, hastes e corola.
Dão-nos um mapa imaginário
Que tem a forma duma cidade
Mais um relógio e um calendário
Onde não vem a nossa idade.
Dão-nos a honra de manequim
Para dar corda à nossa ausência.
Dão-nos o prémio de ser assim
Sem pecado e sem inocência.
Dão-nos um barco e um chapéu
Para tirarmos o retrato.
Dão-nos bilhetes para o céu
Levado à cena num teatro.
Penteiam-nos os crânios ermos
Com as cabeleiras dos avós
Para jamais nos parecermos
Connosco quando estamos sós.
Dão-nos um bolo que é a história
Da nossa história sem enredo
E não nos soa na memória
Outra palavra para o medo.
Temos fantasmas tão educados
Que adormecemos no seu ombro
Sonos vazios, despovoados
De personagens do assombro.
Dão-nos a capa do evangelho
E um pacote de tabaco.
Dão-nos um pente e um espelho
Para pentearmos um macaco.
Dão-nos um cravo preso à cabeça
E uma cabeça presa à cintura
Para que o corpo não pareça
A forma da alma que o procura.
Dão-nos um esquife feito de ferro
Com embutidos de diamante
Para organizar já o enterro
Do nosso corpo mais adiante.
Dão-nos um nome e um jornal,
Um avião e um violino.
Mas não nos dão o animal
Que espeta os cornos no destino.
Dão-nos marujos de papelão
Com carimbo no passaporte.
Por isso a nossa dimensão
Não é a vida. Nem é a morte.
(Natália Correia)
O Palácio da Ventura
Sonho que sou um cavaleiro andante.
Por desertos, por sóis, por noite escura,
Paladino do amor, busca anelante
O palácio encantado da Ventura!
Mas já desmaio, exausto e vacilante,
Quebrada a espada já, rota a armadura...
E eis que súbito o avisto, fulgurante
Na sua pompa e aérea formusura!
Com grandes golpes bato à porta e brado:
Eu sou o Vagabundo, o Deserdado...
Abri-vos, portas d'ouro, ante meus ais!
Abrem-se as portas d'ouro, com fragor...
Mas dentro encontro só, cheio de dor,
Silêncio e escuridão -- e nada mais!
(Antero de Quental)
Subscribe to:
Posts (Atom)