"Por vezes sentimos que aquilo que fazemos não é senão uma gota de água no mar. Mas o mar seria menor se lhe faltasse uma gota." (Madre Teresa de Calcuta)
28 June, 2006
20 June, 2006
És “bom menino” ou “boa menina”?
Claro que para muitos seria muito mais condescendente ter uma actividade profissional dentro de um acanhado gabinete cercado de voluptuosas e pigmentadas paredes, porém, às vezes isso não é possível e, assim sendo, temos que adquirir e desenvolver as idoneidades necessárias para lidar com pessoas de comportamentos distintos.
Em verdade vos digo que é impossível agradar a todos, contudo, tentar não custa e a partir daí as coisas serão menos tenebrosas.
Entrar numa loja ou num qualquer serviço público e ficar à espera, mais de cinco minutos, para ser atendido pelo funcionário, quando este está a conversar com o colega do lado, ou está falando ao telemóvel, ou está a ler uma determinada revista (Nova Gente, Maria, Ana, VIP, …), é por vezes incomodativo e irritante. E mais irritante se torna quando ao se aproximarem nos concedem um tratamento que é, no mínimo, pouco polido: rigidez ao falar, olhares inflexíveis e, sobretudo, falta de regozijo para mostrar e aclarar tudo o que almejamos saber.
Quem nunca passou por uma situação como esta?
O mau atendimento existe em todos os níveis e em todas as actividades profissionais, todavia, creio que na nossa ilha estas situações são praticamente imperceptíveis.
No entanto, praticamente todos os dias, escuto comentários de criaturas que dizem ter sido mal atendidas em determinado local. Sinceramente, comigo isso nunca aconteceu, sempre fui notavelmente e brilhantemente bem atendida em todo o lado; no Centro de Saúde pelos Médicos/as, Enfermeiros/as e todos os demais Funcionários/as; nos Serviços Agrários por todos os Funcionários/as; no Registo Civil; nas Finanças; na Câmara Municipal; na Junta de Freguesia; na Segurança Social; na Casa do Povo; nas Escolas; nos Postos de Combustível; nos CTT; nos Bancos; …
Será que sou a única?
Julgo que os princípios do bom atendimento são muito simples de serem entendidos e, quando os dissecamos com maior tento, fica até difícil entender as razões pelas quais as pessoas se afastam deles. Educação, bom humor e prestabilidade. Tudo aquilo que faz de uma criatura um “bom menino” ou uma “boa menina”, e paixão pelo trabalho: há que se ter vontade de fazer aquilo que se faz. Aqueles que vêem o trabalho como um sacrifício ou um tormento acabam prestando um péssimo atendimento ao público que os solicita.
Quem lida com o público, independentemente do sector ou da função, não tem o direito de ser mal-humorado, de mostrar má cara, nem tão pouco de ser mal-educado com nenhuma pessoa, independentemente da sua cor, raça, idade, estudo, preferência sexual, condição social, ou até mesmo da sua conta bancária. Um Agricultor ou uma Funcionária da Cofaco (Empresa de Conserva de Peixe, situada na nossa Madalena) têm o mesmo direito de serem excepcionalmente bem atendidos em qualquer departamento público, ou outro, como um Professor, um Engenheiro ou, quiçá, um Presidente da Câmara.
Mas, será que o são?
Acima de tudo, qualquer funcionário jamais se pode esquecer que numa hora ou noutra serão eles a necessitar de ser atendidos.
E nesse momento, como vão querer ser atendidos?
E que assim seja!
19 June, 2006
16 June, 2006
Vai um “café” com Bola?...
Há já algum tempo que venho meditando sobre esta extraordinária teoria que imediatamente vos exponho. Convém salientar que isto não é uma ideia qualquer que “sai da boca para fora”; pelo contrário, fundamentei-me numa investigação que eu própria efectuei, testemunhando os excepcionais episódios (idênticos aos das novelas venezuelanas) “ao vivo e a cores”...
É ponto assente que nos cafés se presencia as mais risíveis cenas de uma vida em sociedade. Pois venho falar-vos de um tema muito em voga nos cafés onde não se paga mais nada pelo dito (logicamente que numa loja Versalhes, a probabilidade, se existir de todo, de se escutarem diálogos destes é muito reduzida...): o futebol.
Já algum tempo que fui “obrigada” a deixar de beber café, todavia, isso jamais me impediu de continuar a frequentar alguns Cafés, após o almoço ou o jantar, nem que seja para beber um sumo ou deliciar-me com um apetitoso gelado de chocolate, preferencialmente. Pois bem, caso não saibam, é nessas alturas que o tuga médio/baixo bebe o seu café enquanto se queixa do seu trabalho, na maioria das vezes por idealizar que trabalha muito e recebe pouco. Ora que outro tema de conversa pode surgir entre os clientes senão a bola?
Surpreendentemente, apesar da controvérsia que sempre acompanha o desporto, a maioria dos clientes parece chegar sempre, ou quase sempre, a um entendimento. Logo quando o que se queria era pancadaria com colheres, chávenas e pacotes de açúcar a voar...
No entanto, o processo pelo qual se chega ao referido entendimento diversifica de situação para situação. Assim sendo, apresento-vos os três mais comuns.
1 - Entendimento por concordância. Este é o mais raro, uma vez que é incrivelmente difícil encontrar vários clientes, num determinado estabelecimento, sendo a sua totalidade adeptos do mesmo clube. Apesar de tudo, verifica-se. Partilhando da mesma felicidade ou abatimento, todos falam sempre no mesmo sentido, acabando por criar uma enorme amizade de ocasião.
2 – Entendimento por simpatia. Este desenvolve-se habitualmente no sentido cliente – cliente ou amigo – amigo (ambos moradores na mesma povoação). Dado que uma conversa sobre futebol desponta sempre que um dos intervenientes mencione uma ou outra injustiça, ou um ou outro lance duvidoso e, quando tal acontece, o outro, apesar de secretamente dar bramidos e gritos de alegria pelo sucedido, expressa a sua simpatia para com o primeiro, referindo que “para a próxima vai correr melhor”, ou que “de facto, eu próprio não tenho bem a certeza” (batendo simultaneamente três vezes, com a mão fechada, num qualquer objecto de madeira....).
3 – Entendimento por não dar resposta. Pessoalmente este é o meu favorito. Tive azo de presenciar umas quantas situações deste calibre e corroboro que servem, posteriormente, de combustível para uns bons minutos de gargalhadas... Exemplificando: cliente entra no café e, inevitavelmente, levanta a pestana para se inteirar de quem está presente no dito local. E, após uns segundos, para afiar bem a ponta da língua, claro, lança a bomba…
“Com que então o Boavista agora deu para encher o papo... é para compensar as exibições de tanga que tem feito… aquele treinador não tem visão nenhuma… e o adjunto ainda é pior… olha que não fazem substituição nenhuma de jeito… sim, mas do mal o menos… não estamos em primeiro, mas estamos em segundo... que é que se pode fazer?” E assim continua a infamante palestra de um eloquente adepto, quiçá ex-jogador do clube, indignado com os jogos do seu clube de alma e coração, chegando curiosamente a uma percepção final e, indo embora, pouco depois, feliz por ter encontrado uma plateia atenciosa que entendeu as suas preocupações futebolísticas, ou pelo menos achou melhor não dar resposta.
A título de conclusão, receio que estas teorias só se verificam cá, na nossa bonita e apaziguadora localidade. Se por acaso um dos intervenientes tem a infeliz ideia de discordar da opinião do “levanta a pestana”, aí não há entendimento exequível, seguindo-se um chavascal de obscenidades e ofensas cambiadas...
Enfim, é o futebol. Move multidões, põe-as à pancada, incita à leitura (veja-se a saída de jornais como A Bola, O Jogo ou o Record), promove matança de vacas para comes e bebes tradicionais como as sopas do Espírito Santo para os adeptos do Benfica, dá dinheiro a toda a gente (até aos árbitros) e, mais que tudo, serve de conversa de café....
13 June, 2006
12 June, 2006
Esperança
06 June, 2006
Candelária B Conquista o Regional
Após três dias de competição para encontrar o Campeão Regional de Hóquei em Patins, no transacto dia 5, pelas 11 horas, jogou-se no pavilhão da Escola Cardeal Costa Nunes a grande final do campeonato que opunha as equipas do Candelária B e do União Micaelense B.
Classificação
1º Candelária B........................... 9 pontos
2º União Micaelense B................... 9 pontos
3º Lusitânia................................ 0 pontos
In. http://www.picoazores.com/
Fonte: http://www.radiopico.com/
01 June, 2006
Deixai vir a Mim as criancinhas!
Creio que todos nós deveríamos tentar proporcionar um mundo melhor para as crianças, um mundo que fosse constituído, sobretudo, nos princípios da democracia, da igualdade, da não discriminação, da paz e da justiça social. Um mundo em que as crianças não fossem consequentemente abandonadas.
Em verdade vos digo que, como mãe, não compreendo como é possível a uma mãe e a um pai abandonar o seu próprio filho. Todavia, actualmente esse acto é praticado na nossa ilha como se fosse o “pão-nosso de cada dia”. Os pais que têm filhos indesejados ou não querem usufruir mais dessa responsabilidade, simplesmente largam-nos à porta do Centro de Acolhimento da freguesia da Candelária (Obra Social Madre Maria Clara).
Como é exequível que haja criaturas neste universo capazes de tamanha barbaridade e crueldade, capazes de maltratar, abandonar e desprezar uma criança que carregaram dentro de si durante dilatados e extensos meses.
Não sei. Sinceramente não sei.
Caríssimos leitores, as crianças são o nosso futuro, pois sem elas um dia o digno planeta Terra deixará de existir e a vida, tal a qual a conhecemos, desaparecerá.
Não será esta uma boa causa para protegermos os nossos meninos e meninas e para jamais deixarmos que alguma terrível desgraça lhes suceda.
São imensas as pessoas que se auto proclamam católicas, porém, são pouquíssimas aquelas que executam os ensinamentos Bíblicos, uma vez que a Bíblia (símbolo da Religião Católica) defende que Jesus, como Mestre da Verdade Divina, manifestou um afecto extraordinário pelas crianças, dizendo aos Apóstolos “deixai vir a Mim as criancinhas, não as afasteis, pois a elas pertence o Reino de Deus”. (Mc 10, 14)
Finalizando, tenho que vos deixar com um dos meus mais profundos e inquietantes pensamentos. É extraordinário que o Vaticano refira que existem milhões de crianças a sofrer com fome, …, uma vez que a avantajada riqueza que o clero possui resolveria esse enorme infortúnio do mundo contemporâneo.
E que assim seja!