31 May, 2007

Grupo Folclórico e Etnográfico Ilha Morena


http://video.google.com/videoplay?docid=2038900382821597163

Apresentação do DVD do Grupo Folclórico e Etnográfico Ilha Morena de São Mateus do Pico.

To order or buy the DVD online writes an e-mail for:
ilhamorena@sapo.pt

25 May, 2007

E Nasceu uma Estrela


Melanie Almeida venceu o IX Festival “Baleia de Marfim”.

O espectáculo, organizado pela Associação Cultural Terra Baleeira em conjunto com o Município das Lajes do Pico, decorreu no transacto fim-de-semana, no Salão Social Cultural e Recreativo da Ribeira do Meio, e contou com a participação de várias crianças com idades compreendidas entre os 6 e os 11 anos.
A notável jovem Melanie Almeida, habitante da freguesia de São Mateus, foi a estrela da noite interpretando “O Sonho da Lagarta”. Convenceu os respeitáveis júris e venceu a IX edição do Festival “Baleia de Marfim”. A canção vencedora tem letra e música de Cinira Baptista de Azevedo e Orquestração de Bárbara Azevedo. A excelente intérprete, de apenas nove anos de idade, arrecadou igualmente o prémio de melhor música, melhor letra e melhor interpretação.
Melanie Almeida irá participar agora no Festival “Caravela de Ouro” na vila da Povoação, ilha de São Miguel.
Para a nossa comunidade este feito é histórico e único. E para os pais, família, professores e colegas é, sem dúvida, motivo de orgulho e satisfação.
Para além deste Festival, convém também relembrar que a “nossa” menina foi, há algum tempo, a grande vencedora de um Concurso da Canto, realizado na Casa do Povo de São Mateus, cantando a canção “Ele e Ela” da tão célebre cantora Madalena Iglésias.
Congratulo a Melanie e desejo-lhe boa sorte para o Festival “Caravela de Ouro”.

O SONHO DA LAGARTA

Ao raiar da madrugada
É o sol que me conduz
Mau casulo vou fiar
Com fios de seda e luz

Aninhada protegida
Teço os dias com vagar
Entrelaço o dia a dia
Com meus sonhos de sonhar

Coro
O meu sonho é voar
Ver os montes, mar e céu
Descobrir por entre as flores
Muitos outros como eu

A alegria de viver
Vejam lá só quem diria
Rima com sol, água, flor
Aventura e companhia

Pois o sonho da lagarta
É ver como a vida brilha
É tornar-se borboleta
Mariposa, maravilha

Sinto a chuva por momentos
Cheiro as flores à tardinha
E pergunto aos 4 ventos
Porque estou sempre sozinha

Pouco importa se há perigo
Que espreita a cada passo
Troco o medo por um amigo
Ganho o mundo num abraço

Coro (Declamado)
Deixa que a brisa dos teus sonhos
Afague as tuas asas e voa…

20 May, 2007

As palavras que nunca vos direi



Uma amiga enviou-me, há um par de horas, o vídeo acima exposto, e enquanto o visionava lembrei-me de duas pessoas que, infelizmente, já não se encontram entre nós. Lembrei-me do Márcio e da Marisa. Nunca tive, e provavelmente nunca terei, o dom da palavra, a capacidade de expressar verbalmente o que sinto às outras pessoas. Custa-me imenso dizer a um amigo, ou a uma amiga, o quão importante ele, ou ela, é para mim. Talvez esse seja o verdadeiro motivo pelo qual escrevo, pois assim é muito mais fácil dizer-vos, e dizer ao mundo, o que me vai no coração.
O Márcio deixou-nos a todos de uma forma trágica e inesperada. Éramos da mesma idade, frequentámos juntos a Escola Primária de São Mateus e depois o Externato Particular da Madalena. Tinha, e ainda tenho por ele um carinho muito especial, talvez porque foi ele o primeiro rapaz por quem me encantei. Há quem diz que nunca esquecemos o nosso primeiro amor, e de facto, tenho que dar razão a esse ser, pois jamais o esquecerei.
A Marisa foi vítima de uma terrível doença que lhe ceifou a vida, todavia, nada a tirará do meu coração e das minhas recordações. Fomos colegas de secretária durante a Formação Pedagógica Inicial para Formadores/Professores. E, é incrível como recordo, ao pormenor, todos os bons momentos que passámos durante essa formação.
Pois é, realmente a maioria de nós só dá valor às coisas, e às pessoas, quando elas já se foram. Damos tanta importância a bens supérfluos, bens que poderíamos passar perfeitamente bem sem eles, e trabalhamos tanto para os obter que nos esquecemos de conviver com os nossos amigos, de estar com eles, de falar com eles, de lhes ligar, …, e depois metemos na cabeça que amigos são os dentes, e quando não doem. E não é que foi preciso alguém inventar uma coisa chamada Hi5 para nos darmos conta que, afinal, temos amigos, temos pessoas que gostam de nós, que nos mandam mensagens repletas de carinho, que nos mandam vídeos carregados de sublimes e belas mensagens, …
Caríssimos amigos, em verdade vos digo que esta vida é dois dias, e este já está na conta. Creio que chegou o momento de pararmos de pensar só em nós, e no nosso umbigo, e passarmos a pensar naqueles que nos rodeiam, e que contribuem para a nossa felicidade. Não vamos deixar, jamais, que aqueles de quem gostamos caminhem para junto de Deus, sem antes, lhes dizermos tudo o que eles significam para nós.

Tenho dito!

Candelária do Pico




18 May, 2007

IX Edição do Festival da Canção Infantil Baleia de Marfim


Melanie Almeida, cidadã da nossa freguesia de São Mateus, irá participar, no próximo Sábado, 19 de Maio, pelas 20 horas e 30 minutos, no Salão Social, Cultural e Recreativo da Ribeira do Meio, na IX Edição do Festival da Canção Infantil Baleia de Marfim, com a Canção “O Sonho da Lagarta”. O São Mateus 2005 deseja boa sorte à nossa pequena grande intérprete.

Canção: O Sonho da Lagarta

Intérprete: Melanie Almeida, 9 anos
Letra e Música: Cinira Baptista de Azevedo
Orquestração: Bárbara Azevedo

17 May, 2007

O Pico da Criação Velha

Foto: Montanha do Pico

Nomeações - Thinking Blogger Award


Saber que o nosso modesto trabalho é reconhecido, e que faz alguém pensar é, sem dúvida, uma tremenda honra.
Agradeço, uma vez mais, a amabilidade do “Castelete Sempre” pela nomeação.
Agora compete-me nomear cinco blogues que me fazem meditar sobre variadíssimos assuntos, mas sobretudo sobre a excepcional ilha onde vivemos.
Por vezes olhamos demasiado para a vida alheia que nos esquecemos de levantar a cabeça e olhar em redor, e ver o quanto afortunados somos por vivermos na mais bela ilha do Arquipélago dos Açores, ladeada de mar por todos os lados, cuja montanha é a mais alta do nosso país.
Em verdade vos digo que tenho um orgulho desmedido por ser Picoense, por ter nascido nas Lajes do Pico, por ter vivido durante quatro anos na freguesia da Piedade, por ter residido durante seis anos na freguesia da Candelária e por habitar, actualmente, e até que a morte nos separe, se é que alguma vez nos separará, na povoação de São Mateus.

Tenho dito!

E os nomeados são:

http://www.portonovo.blogs.sapo.pt/
(Puro, Realista, Autêntico, Sublime, …)

http://www.perdidosnopico.blogspot.com/
(Aventureiro, Explorador, Deslumbrante, Magnífico, …)

http://www.magdala.blogs.sapo.pt/
(Religioso, Prudente, Coerente, Erudito, …)

http://www.casteletesempre.blogspot.com/
(Actual, Sensato, Harmonioso, Sumptuoso, …)

http://www.cristao-do-asfalto.blogspot.com/
(Espirituoso, Natural, Diferente, Verdadeiro, …)

NOTA: Os autores dos blogs que nomeei devem copiar o selo e afixá-lo na lateral dos seus blogs. E, por fim, nomear mais cinco.

Tarde no mar

Foto: Ilhéus no meio do Pico e do Faial



A tarde é de oiro rútilo: esbraseia.

O horizonte: um cacto purpurino.

E a vaga esbelta que palpita e ondeia,

Com uma frágil graça de menino,


Pousa o manto de arminho na areia

E lá vai, e lá segue o seu destino!

E o sol, nas casas brancas que inceideia,

Desenha mãos sangrentas de assassino!



Que linda tarde aberta sobre o mar!

Vai deitando do céu molhos de rosas

Que Apolo se entretém a desfolhar...


E, sobre mim, em gestos palpitantes,

As tuas mãos morenas, milagrosas,

São as asas do sol, agonizantes...

(Florbela Espanca)

16 May, 2007

Há pessoas que ficam para sempre!

"Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho Unigénito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna."
(João 3:16)

14 May, 2007

Até um dia Marisa.


Thinking Blogger Award


O “Castelete Sempre” nomeou o “São Mateus 2005” como um “Thinking Blogger”, descrevendo-o como sendo feito por quem ama a sua terra e a defende com convicção, o que agradeço, comovida.
Em verdade vos digo que para mim esta nomeação é, sem dúvida, motivo de orgulho. São inúmeras as horas que dedico a este meu espaço, e faço-o por amor à minha ilha, ao meu concelho e, sobretudo, à minha freguesia. Enquanto me for dada a fantástica opção de viver, São Mateus estará sempre presente no meu coração e nos meus pensamentos.
Considero este meu espaço como um Website (página de Internet) que engrandece e promove turisticamente a nossa ilha. E não como um antro de mexericos e discórdias (palavras utilizadas por algumas pessoas quando se referem ao meu Blog, todavia, sempre ouvi dizer que vozes de burro não chegam ao céu, e quem desdenha quer comprar). É vero que há uns tempos deixei passar, inocentemente, alguns comentários maldosos escritos, na maioria, por crianças em horas que deveriam estar a pernoitar, e por minha culpa, por minha tão grande culpa, confesso o meu pecado, porém, abri os olhos a tempo, e após um pedido pessoal de desculpas às pessoas visadas, prometi a mim mesma que jamais colocaria qualquer comentário que injuriasse ou difamasse o bom nome de quem quer que seja, embora todos os dias os receba em quantidade e com péssima qualidade.
Caríssimos amigos, fico imensamente feliz quando algum indivíduo se diz apreciador de tudo o que aqui tento fazer, e imensamente triste quando alguém menospreza numerosas e dilatadas horas de trabalho e dedicação.

E que assim seja!

São Mateus - Lar doce, doce Lar.




"O lar é o único lugar onde podemos dizer tudo o que nos vem à cabeça - ninguém nos presta atenção."

Autor: Fernandes , Millôr

10 May, 2007

Cavaleiro Monge

Foto: Montanha do Pico

Do vale à montanha,
Da montanha ao monte,
Cavalo de sombra,
Cavaleiro monge,
Por casas, por prados,
Por quinta e por fonte,
Caminhais aliados.


Do vale à montanha,
Da montanha ao monte,
Cavalo de sombra,
Cavaleiro monge,
Por penhascos pretos,
Atrás e defronte,
Caminhais secretos.


Do vale à montanha,
Da montanha ao monte,
Cavalo de sombra,
Cavaleiro monge,
Por plainos desertos
Sem ter horizontes,
Caminhais libertos.


Do vale à montanha,
Da montanha ao monte,
Cavalo de sombra,
Cavaleiro monge,
Por ínvios caminhos,
Por rios sem ponte,
Caminhais sozinhos.


Do vale à montanha,
Da montanha ao monte,
Cavalo de sombra,
Cavaleiro monge,
Por quanto é sem fim,
Sem ninguém que o conte,
Caminhais em mim.

Fernando Pessoa, In Cancioneiro

09 May, 2007

Quem disse que a vida era fácil faltou à verdade!

Sentada numa tábua que alguma embarcação deixou à deriva, coloco as minhas mãos debaixo do queixo, e concentrada observo ao redor. Enfrente, contemplo o interminável mar azul, bonançoso e cristalino. E as suas ondas, num vai e vem constante, banham delicadamente os meus pés.
Avisto, ao longe, a nossa ilustre e majestosa montanha que as nuvens encobrem, de vez em quando, tornando-a mais harmoniosa. As gaivotas também comparecem, com os seus voos rasantes, ornamentando, ainda mais, este panorama paisagístico.
Aos poucos os meus pensamentos começam a amontoar dentro da minha cabeça, como se dentro dela, num segundo, uma desmesurada tempestade se tivesse formado. Uma tempestade de ideias, de reflexões, de opiniões, de circunstâncias e, sobretudo, de verdades.
Hoje penso nas facilidades que algumas criaturas têm ao longo da sua vida.
Em verdade vos digo que, para todos nós, seria muito mais fácil ficarmos sentados à espera que as coisas acontecessem, e que tudo o que mais ambicionamos caísse do céu. Seria muito mais fácil culpar Deus, ou outro sujeito qualquer, exclusivamente porque a nossa vida não é como, outrora, idealizámos. Seria muito mais fácil se tivéssemos um amor-perfeito, uma amiga sempre presente, uma família indulgente.
Todavia, quem disse que a vida era fácil faltou à verdade, pois é difícil é levantarmo-nos da cadeira, ou da cama, e correr atrás daquilo que é importante para nós. É difícil aceitar que todas as pessoas têm defeitos, que o amor é construído aos poucos. É difícil compreender que para amar alguém como pessoa, temos obrigatoriamente que começar por lhe conceder emancipação e identidade próprias como pessoa. Temos que amá-lo e respeitá-lo por tudo aquilo que ele é em si mesmo, e não por aquilo que ele é, ou representa, para nós. Temos que amá-lo para o seu próprio bem, e não pelo bem que dele extraímos. Contudo, isso é irrealizável se não formos capazes de um amor que nos "transforma", por assim dizer, no outro, tornando-nos capazes de ver as coisas como ele as vê, de amar o que ele ama, de apreciar as mais profundas certezas da sua vida como se fossem nossas. Todavia, sem sacrifício, tal transformação não é de todo possível. Entretanto, se não formos capazes desse género de transmutação "no outro" enquanto continuamos a ser nós mesmos, lamentavelmente, não estamos ainda habilitados para uma vida inteiramente condescendente. É difícil descobrir que os melhores amigos não nascem da noite para o dia. É difícil assimilar que a família é o bem mais valioso que se tem na vida.
Hoje eu descobri que devemos gostar, e quiçá amar, cada pessoa de uma forma distinta, que novas pessoas aparecem, que por novas pessoas nos apaixonamos, que com novas pessoas rimos e brincamos, que por novas pessoas sofremos e choramos.
Hoje eu sei que antes de gostar ou amar outra pessoa, tenho que primeiramente que gostar de mim.
Caríssimos irmãos, às vezes tenho todos os motivos, e mais alguns, do mundo para estar triste, mas sinto-me alegre. Sou solitária, mas sinto-me sempre acompanhada. Sou, inúmeras vezes, condenada, mas sinto-me absolvida. Tenho, muitas vezes, a alma banhada com lágrimas de dor, mas na face um sorriso. Quando tudo dá errado, creio que Deus nunca fechou uma porta que não abrisse, em seguida, uma janela. Quando deparo com a mentira, acredito que a verdade erguer-se-á. Tenho fé em algo que não vejo, mas sei que existe. Prefiro perder o que os outros se empenham tanto para ganhar. Faço questão de ser a menor, enquanto todos querem ser os maiores. Sou a última, e sinto-me a primeira. Tenho coragem para lutar, quando o que existe ao meu redor me dá medo. Vejo o sol, quando o céu está repleto de nuvens. Tenho esperança na vida, mesmo após a morte.
E nesta calma o silêncio toma conta do lugar no qual me encontro a meditar. E chego à conclusão que a humildade que acomete o meu ser é ignorada por quase todos, pois vivo num local de fanfarrões, que tripudiam sobre o que já usufruíram e só valorizam o próximo, quando têm um interesse próprio. Porém, tenho a convicção que um dia esses seres vão compreender que esta vida é dois dias, e que todos nós somos imortalizados pelo bem que fazemos, e nunca pelo mal.

E que assim seja!

Pico - The highest mountain of Portugal