13 February, 2006

Porque escrevo?


Porque despontam tantas missivas em “blogs” etéreos, incorpóreos e virtuais?
O que está a estimular inúmeras pessoas a escrever?
Em verdade vos digo que insisto nessa questão e não é por ser obstinação, simplesmente persevero a ideia que todas as criaturas, deste planeta e de qualquer outro análogo, necessitam implicitamente de dar um pouco de si ou, até mesmo, de se dar a conhecer, de comunicar, de articular com diferentes personalidades, de se encontrar quando já se haviam perdido, tendo eternamente a percepção que ao escrevem, escrevem-se!
Quando uma proposição me sai em vocábulos dactilografados, e sobretudo, sempre que escrevo um agregado de pensamentos, com sentido e direcção concisas, sem coerência perceptível para quem lê, … é de mim que diz, é de mim que fala, é como sou, é como me sinto, é como me pressinto no momento e que me lega expressar assim.
Creio que neste momento encontro-me numa metamorfose de irresoluções, de dúvidas entre escrever aqui (premeditadamente para aqui) ou se devo cessar as minhas epístolas sem rotina, sem hora certa, e com tempo sempre que é de palavras que se trata.
Sem ser capaz de frases curtas que comecem e acabem desse modo; curtas.
Com comentários lacónico e onde me alastro, quase sistematicamente, e digo muito mais do que um simples sorriso. Ando a roer por dentro, com estas dúvidas, em busca de alento.
Dilemas, há quem lhes chame…Pois eu cá me vou encaminhando, entre o desejo e o ter de ser, entre o visto e o que se vai ainda criar, entre a escrita e o que não se diz… para já.
E volto. Sempre… sempre… pois é nas palavras que encontro o meu rumo.
E vocês?
E que assim seja!
"A ideia que não procura converter-se em palavra é uma má ideia, e a palavra que não procura converter-se em acção é uma má palavra."
(Chesterton)

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