31 January, 2006

Sapienti pauca – A bom entendedor meia palavra basta


Acordei novamente de madrugada e não consigo dormir, já se converteu num hábito, durante os últimos dias, todas as minhas noites são atemorizadas pelo constante medonho pesadelo e pelo mesmo pensamento que a minha cabeça se nega a sonegar.
Gostaria que chegasse a noite em que eu pudesse adormecer tranquila, sossegada e serena, sem indigestos pesadelos, sem maçadores pensamentos, em que eu pudesse só dormir, como confio que todas as pessoas neste universo o fazem.
A minha mágoa é imensa e profunda, sofro como se tivesse um punhal gigantesco e resplandecente embutido no coração, o meu padecimento é tão desmedido que, por vezes, nem consigo respirar, a minha dor é tão grande que nem dormir consigo.
Em verdade vos digo que vivo assim, nesta amargura descomunal, nesta melancolia e amofinação desmedida, há preguiçosos e extensíssimos dias.
Creio que por vezes existem perguntas às quais ninguém tem resposta, nem nós próprios.
Durante estes últimos dias, tenho-me colocado algumas perguntas, e por muito que necessite de saber as respostas, simplesmente não as encontro na minha cabeça, nem tão pouco no meu coração.
Iniciei este blog com o singular intento de demonstrar não só a minha capacidade de escrita, mas também porque sentia a necessidade de por cá para fora o que sinto cá dentro.
Tenho consciência que esse facto não foi, de todo, bem aceite por muitas pessoas. Devo confessar que perdi numerosos afeiçoados com a minha singela postura, presumivelmente esses amigos nunca o foram verdadeiramente, contudo isso é outra rubrica para prometidos temas.
Jamais tive o desígnio de me superiorizar aos meus semelhantes, até porque sempre tive a infinita crença de que nada do que faça ou possa advir a fazer é suficientemente bom.
Para alguns, esta minha reflexão pode ser uma inferiorização do foro anímico, mas para mim é, meramente, uma inferiorização educacional.
Pragmaticamente, todos os textos que rabisco são confissões, são prosas que os grandiosos amigos deveriam ter.
Embora nunca tenha reputado uma colossal relação de amizade, considero-me constantemente uma excelente amiga.
Quantas vezes fiz os meus amigos sorrir quando me almejava chorar?
Quantas vezes amparei os meus amigos quando era eu que carecia ser amparada?
Quantas vezes ajudei os meus amigos quando era eu que precisava de ajuda?
Quantas vezes proclamei palavras de ternura e benevolência aos meus amigos quando era eu que necessitava de as escutar?
Quantas vezes recordei os meus amigos quando era eu que carecia ser lembrada?
Quantas vezes abracei os meus amigos quando era eu que precisava de ser abraçada?
Quantas vezes estive presente nos pérfidos momentos dos meus amigos, e quando por eles passei, ninguém esteve do meu lado?
Todavia, jamais me arrependi de tudo o que fiz. Talvez isso é ser amigo!!! Arrependi-me, sim, em prodigiosas ocasiões, do que não fiz quando tinha a incumbência de ter feito.
Estimados leitores, existem individualidades que coabitam no nosso coração e que não merecem lá coabitar; pessoas que constantemente nos magoam; pessoas que não são meritórias do nosso amor, respeito e contemplação; pessoas que não querem que sejamos felizes pois, talvez, não o sabem ser; pessoas que não se envaidecem de nós e que acanham tudo o que fazemos.
Sintetizando e findando, também tenho, na minha vida, criaturas com esse desditoso e indigno carácter, e para esses seres nada do que eu faça é suficientemente bom.
E que assim seja!

“Cada lágrima nos ensina uma verdade.” (Ugo Fóscolo)

Amicitia quae desiit, nunquam vera fuit

"A amizade é uma benevolência reciproca entre dois seres igualmente entusiastas um pela felicidade do outro."
(Platão)

Aegroto dum anima est, spes est

"O amor é paciente, é bondoso; a amor não é invejoso, não é arrogante, não se ensoberbece, não é ambicioso, não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não guarda ressentimento pelo mal sofrido, não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta."
(Carta de S. Paulo aos Coríntios)

Campo Raso - Candelária

"Se eu soubesse que o mundo terminaria amanhã, hoje ainda plantaria uma árvore."
(Martin Luther King)

30 January, 2006

Boavista venceu na Doca

José António Costa saboreou triunfo sobre o Sporting da Horta por 1-0


"O Boavista de São Mateus atravessou o canal para bater o Sporting da Horta por 1-0, em partida referente à 12ª.jornada do Campeonato da Associação de Futebol da Horta, zona Faial/Pico.
Numa deslocação complicada, os axadrezados sofreram para vencer pela margem mínima, com o tento do triunfo a surgir já na etapa complementar.
O avançado Luís Filipe fez o golo solitário, que permitiu a conquista de 3 saborosos pontos."
Publicado por: (www.picoazores.com)

A Arte é a Assinatura da Civilização


A arte é uma das ostentações mais sublimes do espírito e da inteligência; não se limitando a convenções elucidativas. É através da arte que se poderá desbravar o eterno desconhecido, na medida em que a sua enunciação é um genuíno enigma.
A definição de arte tem mudado a cada dia, desde que o primeiro artista criou a prima obra, há cerca de cinquenta mil anos atrás. Segundo algumas teses, a arte pode ser quase tudo. O que se considera arte boa e arte má também tem mudado ao longo das épocas. Algo que não se considerava arte ou que era reputada como má arte por uma geração anterior, inopinadamente passa a ser aceitável.
Em verdade vos digo que a arte acontece quando alguém no mundo pega num tipo de material e utiliza-o para fazer uma afirmação deliberada.
Desde o nascimento da arte moderna em 1907 (com Demoiselles d´Avignon, de Picasso), a arte jamais necessitou de encantar. Ela pode, até mesmo, ser propositadamente desengraçada, porém deveras agradável. A verdadeira arte não tem gosto, bom ou nefasto.
Creio, devotamente, que as grandiosas obras de arte estão além do gosto, da moda e de qualquer tendência.
Estranhamente, a obra de arte é reconhecida como uma manifestação de saber. Uma aventura imponderável, um jogo sem termo, com normas engendradas a todo o instante, sem vencedor nem vencido.
Não me considero, evidentemente, perita em arte, contudo estimo e revejo nos objectos de arte o empenho, a dedicação e o bom gosto que alguns artistas demonstram ter ao executar os seus trabalhos.
O meu amigo e colega Arménio Goulart, proprietário da loja PicoArtes, é um desses artistas que muito estimo e admiro, as suas peças demonstram um carisma e uma sensibilidade extrema.
Devo relatar que a loja PicoArtes é uma referência turística na freguesia de São Mateus. Fundado no dia 5 de Novembro de 2001, este estabelecimento negocia, essencialmente, produtos artesanais de comprovada e excepcional qualidade .
Felizes daqueles que já tiveram a singular oportunidade de deliciar seus olhos com tamanhas obras-primas.
Tenho dito!

"A arte alimenta-se de ingenuidades, de imaginações infantis que ultrapassam os limites do conhecimento; é aí que se encontra o seu reino. Toda a ciência do mundo não seria capaz de penetrá-lo." (Lionello Venturi)

27 January, 2006

A Difícil Escada do Mérito

Giambattista Tiepolo (1696 - 1770)
Allegoria del Merito

"Que terrível trabalho tem um homem, sem padrinhos e sem cabala, sem estar escrito em nenhuma corporação, sendo sozinho e só tendo por recomendação um grande mérito, para fazer luz sobre a obscuridade em que se encontra, e chegar ao nível de um tolo bem cotado! Quase ninguém percebe por si mesmo o mérito dos outros. Os homens estão demasiado ocupado consigo mesmos para ter tempo de compreender e discernir os outros: daí o facto de que com grande mérito e modéstia, ainda, se pode ficar muito tempo ignorado. O génio e os grandes talentos muitas vezes faltam, às vezes também faltam apenas as ocasiões: alguns podem ser louvado pelo que fizeram, outros pelo que teriam feito. É menos raro encontrar espírito, do que pessoas que se sirvam do seu, ou façam valer o dos outros e o utilizem em alguma coisa. Há mais ferramentas do que operários, e entre estes, há mais maus que excelentes: que pensar de quem queira serrar com uma plaina e tome o serrote para aplainar? Não há no mundo trabalho mais penoso que o de fazer nome ilustre: a vida acaba quando apenas se esboçou a obra."

Jean de La Bruyére, in "Os Caracteres"

Saber Esperar


"Quem sabe esperar o bem que deseja não toma a decisão de se desesperar se ele não chega; aquele que, pelo contrário, deseja uma coisa com grande impaciência, põe nisso demasiado de si mesmo para que o sucesso seja recompensa suficiente. Há pessoas que querem tão ardente e determinantemente certa coisa, que por medo de perdê-la, não esquecem nada do que é preciso fazer para perdê-la. As coisas mais desejadas não acontecem; ou se acontecem, não é no tempo nem nas circunstâncias em que teriam causado extraordinário prazer. "
Jean de La Bruyére, in "Os Caracteres"

A Beleza do Sacrifício

Na freguesia de São Mateus, a cultura da vinha demarcou expressivamente a paisagem.
As muralhas negras e geométricas dos “currais” (minúsculas segmentações do terreno), e as típicas e emblemáticas adegas são adágios basilares para a percepção das vivências da nossa povoação, no passado.
O basalto foi o material de estruturação mais utilizado durante essa era, trasladando, ainda mais, a negra ínsua, mas avultando a pigmentação das videiras e das uvas.
Em verdade vos digo que os campos de lava se edificaram em majestosos vinhedos à custa do árduo labor de numerosos homens e mulheres.
O vinho do Pico teve, durante mais de duas centenas de anos, e presentemente tem notoriedade universal, sendo apreciado, amado e admirado em diversas nações, nomeadamente na Inglaterra, Américas e Rússia, onde chegou a ser brindado na mesa dos czares.
Todavia o ataque do oídium, em meados do séc. XIX, danificou as vinhas e quase as destronou, porém fez-se a sua lenta recuperação que se alicerçou no assentamento de novos bacelos.
No caso da povoação de São Mateus, essa recuperação é visível por todos aqueles, turistas ou não, que se deslocam para contemplar e apreciar as nossas vinhas.
No fundo, à semelhança do que aconteceu no passado, as terras são cultivadas, prestigiando a história vitivinícola, as pessoas poderão contemplá-las e no futuro abre-se uma herança às gerações vindouras.
"Só conseguirá compreender o que é uma propriedade quem lhe tiver sacrificado uma parte de si próprio, quem tiver lutado para a salvar e sofrido para lhe dar beleza." (Saint-Exupéry)

Montanha do Pico

24 January, 2006

Tudo tem o seu Tempo


"Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu:
há tempo de nascer e tempo de morrer;
há tempo de chorar e tempo de rir;
há tempo de abraçar e tempo de afastar-se;
há tempo de amar e tempo de aborrecer;
há tempo de guerra e tempo de paz."
(Eclesiastes, 3)

23 January, 2006

Viver de Olhos Fechados



"É propriamente ter os olhos fechados, sem jamais tentar abri-los, viver sem filosofar; e o prazer de ver todas as coisas que a nossa visão descobre não é comparável à satisfação proporcionada pelo conhecimento daquelas que encontramos por meio da filosofia; e, finalmente, esse estudo é mais necessário para regrar os nossos costumes e conduzir-nos por essa vida do que o uso dos nossos olhos para orientar os nossos passos. (...) Se desejamos seriamente ocupar-nos com o estudo da filosofia e com a busca de todas as verdades que somos capazes de conhecer, tratemos, em primeiro lugar, de nos libertar dos nossos preconceitos, e estaremos em condições de rejeitar todas as opiniões que outrora recebemos através da nossa crença até que as tenhamos examinado novamente; em seguida, passaremos em revista as noções que estão em nós, e só aceitaremos como verdadeiras as que se apresentarem clara e distintamente ao nosso entendimento."

René Descartes, in 'Princípios da Filosofia'

São Mateus - Rua D. Arquiminio Rodrigues da Costa

Adega Tradicional em São Mateus

O Pico visto de São Mateus

20 January, 2006

Passado e Presente


A designação henriquina da ilha do Pico era "Ilha de São Dinis". Na cartografia do Século XIV, a ilha foi chamada de "Ilha dos Pombos". A sua povoação foi iniciada em 1460, na fajã lávica das Lajes, todavia só se tornou definitiva em 1483, quando Joss van Hurtere mandou erigir São Mateus. Em 29 de Dezembro de 1482, a ilha é introduzida na Capitania do Faial pela Infanta D. Beatriz, em virtude de Álvaro de Orlenas não ter tomado posse da ilha.
Em 1712, Madalena é elevada a Vila e sede de concelho e o edifício da Câmara Municipal, ainda que de delineamento recatado, era a ímpar edificação notória vivente na ilha, no séc. XVIII.
Em Julho de 2004, o comité da UNESCO agraciou a Paisagem da Cultura da Vinha da Ilha do Pico como Património Natural da Humanidade. O espaço aglomera os lajidos das povoações da Criação Velha e de Santa Luzia. A cultura da vinha subjuga o trecho ocidental da ilha, sendo o famigerado "Verdelho do Pico" cultivado em exíguas quadrículas de terra onde prosperam as vinhas, isoladas por muros de basalto negro concluídos de pedra solta, apelidados localmente de "currais". Actualmente, pretende-se fundar um Parque Nacional na Ilha do Pico, abrangendo a área da Montanha do Pico e o Planalto Central.
A Gruta das Torres na Criação Velha, a Furna de Frei Matias na Madalena e o Museu do Vinho instalado no antigo Convento das Carmelitas, são as alusões turísticas, do nosso concelho, mais desejadas por todos os excursionistas que nos visitam anualmente.
"Dizem sempre que o tempo muda as coisas, mas na realidade somos nós próprios quem tem de as mudar."
(Andy Warthol)

19 January, 2006

Adega Cooperativa Vitivinícola da Ilha do Pico

A Adega Cooperativa Vitivinícola da Ilha do Pico, recebe as uvas formadas no concelho da Madalena e produz os ensuráveis vinhos "Terra de Lava", branco e tinto, "Basalto" e "Curral Atlântis", além das deliciosas aguardentes, que podem ser provados nos magníficos locais de restauração que proliferam nesta ilha.
Esta produção é, igualmente, um manancial de opulência das pessoas do nosso Pico, uma vez que a exportação é colossal para as restantes ilhas dos Açores e para Portugal continental.

Basílica da Madalena

"Na realidade, todas as coisas, todos os acontecimentos, para quem os sabe ler com profundidade, encerram uma mensagem que, em definitivo, remete para Deus."
(João Paulo II )

Será a Sabedoria Enigmática?


À primeira vista, pensamos que a sabedoria é algo enigmático, abstracto e irreal. Essa concepção da sabedoria decorre dos complexos trabalhos de pensadores que espelharam e investigaram discrepantes soluções sobre questões que fazemos constantemente ao longo de nossa existência. Meditações sobre o conhecimento, sobre os valores, sobre a natureza, sobre a beleza e sobre o homem.
Essas inquietações decorrem da urgência que o todo ser indulgente tem em depreender o sentido do cosmos e de si mesmo. Na procura desse conhecimento, concebemos renovados significados, questionando e tecendo uma teia de analogias cada vez mais abrangentes que nos apontam respostas momentâneas.
Na verdade vos digo que o principal passo para a sabedoria é a excitação que leva ao questionamento. A finalidade da sabedoria é a ponderação, a moção do pensamento que nos consente ceder e a nos afastarmos das circunstâncias aparentemente triviais para procurarmos os seus alicerces.
Se é verdade que incessantemente reflectimos, nem sempre o fazemos com radicalidade, sobrepujando os confins da balofice para buscarmos as raízes do nosso modo de meditar e actuar perante a humanidade. A cogitação fundamental suplica uma via que nos caucione esse aprofundamento, ela deve ser metódica, segura dos princípios e dos objectivos que ambiciona. Radicalidade, sistematização e abrangência são os estigma da sabedoria que brota do saber humano, do esforço das criaturas de compreender a si próprio e a totalidade do que o cerca, servindo-se da liberdade do raciocínio para educar e refazer, conscientemente, a terra em que habitamos.
A complexidade da sabedoria está na indecifrável e deslumbrante aventura de pensamentos que nos identifica e nos distingue de outros seres. Portanto, a sabedoria está presente na ciência, na arte, no mito, na religião, no dia-a-dia. Ainda que possamos afiançar que a sabedoria esteja presente nas variadas ostentações do humano, ela jamais se confunde com nenhuma dessas feições de saberes exclusivos, mas os alicerça. Essa procura de razões faz da história da sabedoria uma história sem desfecho, pois expressa o apreço a todos e em qualquer época.
Cessando esta lacónica narração sobre o enigma da sabedoria, tenho que vos dizer que nunca é cedo ou tarde demais para encetarmos nessa aventura de raciocinar ponderadamente, até porque, e como ouvi um sábio padre outrora dizer na basílica do lugar do Campo Raso, aprender, conhecer e pensar nunca é demais e é, sempre, sinal de cultura.

"Não basta conquistar a sabedoria, é preciso usá-la." (Cícero)

15 January, 2006

Os Reis vieram para todos…


A Constituição da República Portuguesa de 1976 canoniza, no seu Artigo 79º, o direito à cultura física e ao desporto a todos, cariz este reforçado pelo Artigo 1º da Lei n.º 30/2004, de 21 de Julho – Lei de Bases do Desporto que avoca o desporto como agente imprescindível ao desenvolvimento da pessoa humana e da sociedade, não abdicando de ocupar-se particularmente da prática desportiva do cidadão possuidor de deficiência, como é perceptível nas determinações imutáveis nos artigos 5.º, 26.º, 32.º, 70.º e 82.º.
Neste enquadramento, a organização da prática desportiva revela-se um meio singular de intercessão com pessoas com algum espécime de deficiência. O mundo do desporto subdivide-se em diversas vertentes, sobretudo a educativa, recreativa, terapêutica e competitiva, todas elas apropriáveis às gentes peculiares, e similarmente todas elas impulsionadoras de integração social. O desporto tem a virtude de abonar clareza às habilidades dos sujeitos, e jamais às suas dificuldades, pois ninguém realiza uma actividade desportiva e recreativa em que não tenha possibilidade de patentear o seu talento.
Na XVI Corrida dos Reis, esta postura foi doutrinária com a realização de uma prova cognominada “Prova de Desporto Adaptado”. Na categoria de Femininos, a excepcional vitoriosa desta prova foi a menina Magda Paula Matos Rosa, atleta da Equipa do Centro de Actividades Ocupacionais da Santa Casa da Misericórdia da Madalena, habitante no lugar do Campo Raso, freguesia da Candelária.
Finalizando, tenho que mencionar que ao contactar pessoalmente com a menina Magda vi nos seus harmoniosos olhos castanhos um brilho verdadeiramente peculiar e ímpar, quiçá idêntico ao que vemos nos olhos de muitos outros desportistas que ascendem ao pódio para solenizar um magnificente triunfo.
E que assim seja!

13 January, 2006

Corrida dos Reis - 2005



Viva o Atletismo



É com imensa alegria que vos digo que a XVI CORRIDA DOS REIS realizar-se-á amanhã, dia 15 de Janeiro de 2006.
Segundo as palavras da Organização desta prova:” a prática desportiva é o elemento unificador porque poucas como ela são tão universais, permitindo um verdadeiro entrosamento entre indivíduos, equipas e comunidades.”
Organizada pela Associação de Atletismo da Ilha do Pico, a XVI Corrida dos Reis conta com António Pinto, um dos melhores maratonistas de todos os tempos, como convidado especial e, competitivamente, inúmeras serão as celebridades internacionais e nacionais que irão lutar pelo lugar cimeiro do pódio no escalão de seniores femininos e masculinos.
Tenho, imperiosamente, que mencionar que esta prova integra o Campeonato Nacional da Federação Portuguesa de Atletismo.
Portugal destaque para os atletas:
Skoda MC:
- Rui Pedro Silva
- Lícinio Pimentel
- Vítor Oliveira
- Ângelo Pacheco
- Manuel Magalhães (vencedor da edição de 2005)
JOANE:
- Delfim Conceição
- Manuel Pacheco
- José Moreira
- António Salvador
Maratona CP:
- Elisabete Lopes
SC Braga:
- Marisa Barros
- Fernanda Miranda
- Liliana Alves
Conforlimpa:
- Luís Feiteira.
Entre os atletas estrangeiros destaque para:
- José Mancilla da Argentina
- Mohamede Kallaughe de Marrocos
- Barus Benson do Quénia
- Yuri Abramov da Rússia
Atletas estrangeiras Femininas:
- Malgozhata Sobanska da Polónia
- Tiki Gelanda da Etiopia

Reverência ao Destino

"Falar é completamente fácil, quando se tem palavras em mente que expressem a tua opinião.
Difícil é expressar por gestos e atitudes o que realmente queremos dizer, o quanto queremos dizer, antes que a pessoa se vá.
Fácil é julgar pessoas que estão sendo expostas pelas circunstâncias.
Difícil é encontrar e refletir sobre os seus erros, ou tentar fazer diferente algo que já fez muito errado.
Fácil é ser colega, fazer companhia a alguém, dizer o que ele deseja ouvir.
Dificil é ser amigo para todas as horas e dizer sempre a verdade quando for preciso. E com confianca no que diz.
Fácil é analisar a situação alheia e poder aconselhar sobre esta situação.
Dificil é vivenciar esta situação e saber o que fazer. Ou ter coragem para o fazer.
Fácil é demonstrar raiva e impaciência quando algo o deixa irritado.
Dificil é expressar o teu amor a alguém que realmente te conhece, te respeita e te entende. E é assim que perdemos pessoas especiais.
Fácil é mentir aos quatro ventos o que tentamos camuflar.
Dificil é mentir para o nosso coração.
Fácil é ver o que queremos enxergar.
Dificil é saber que nos iludimos com o que achávamos ter visto. Admitir que nos deixamos levar, mais uma vez, isso é dificil.
Fácil é dizer "oi" ou "como vai?"
Dificil é dizer "adeus". Principalmente quando somos culpados pela partida de alguém das nossas vidas.
Fácil é abraçar, apertar as mãos, beijar de olhos fechados.
Dificil é sentir a energia que é transmitida. Aquela que toma conta do corpo como uma corrente elétrica quando tocamos na pessoa certa.
Fácil é querer ser amado.
Dificil é amar completamente só. Amar de verdade, sem ter medo de viver, sem ter medo do depois. Amar e se entregar. E aprender a dar valor somente a quem te ama.
Fácil é ouvir a música que toca.
Dificil é ouvir a sua consciência. Acenando o tempo todo, mostrando as nossas escolhas erradas.
Fácil é ditar regras.
Dificil é seguí-las. Ter a noção exata das nossas próprias vidas, ao invés de ter noção das vidas dos outros.
Fácil é perguntar o que deseja saber.
Dificil é estar preparado para escutar esta resposta. Ou querer entender a resposta.
Fácil é chorar ou sorrir quando der vontade.
Dificil é sorrir com vontade de chorar ou chorar de rir, de alegria.
Fácil é dar um beijo.
Dificil é entregar a alma. Sinceramente, por inteiro.
Fácil é sair com várias pessoas ao longo da vida.
Dificil é entender que pouquíssimas delas vão te aceitar como tu és e te fazer feliz por inteiro. Fácil é ocupar um lugar na caderneta telefônica.
Dificil é ocupar o coração de alguém. Saber que se é realmente amado.
Fácil é sonhar todas as noites.
Dificil é lutar por um sonho.
Eterno, é tudo aquilo que dura uma fração de segundo, mas com tamanha intensidade, que se petrifica, e nenhuma força jamais o resgata."
(Carlos Drummond de Andrade)

11 January, 2006

Vai...


"Para sonhar o que poucos ousaram sonhar.
Para realizar aquilo que já te disseram que não podia ser feito.
Para alcançar a estrela inalcançável.

Essa será a tua tarefa: alcançar essa estrela.
Sem quereres saber quão longe ela se encontra;
nem de quanta esperança necessitarás;
nem se poderás ser maior do que o teu medo.
Apenas nisso vale a pena gastares a tua vida.

Para carregar sobre os ombros o peso do mundo.
Para lutar pelo bem sem descanso e sem cansaço.
Para enxugar todas as lágrimas ou para lhes dar um sentido luminoso.
Levarás a tua juventude a lugares onde se pode morrer, porque precisam lá de ti.
Pisarás terrenos que muitos valentes não se atreveriam a pisar.
Partirás para longe, talvez sem saíres do mesmo lugar.

Para amar com pureza e castidade.
Para devolver à palavra "amigo" o seu sabor a vento e rocha.
Para ter muitos filhos nascidos também do teu corpo e - ou - muitos mais nascidos apenas do teu coração.
Para dar de novo todo o valor às palavras dos homens.
Para descobrir os caminhos que há no ventre da noite.
Para vencer o medo.

Não medirás as tuas forças.
O anjo do bem te levará consigo, sem permitir que os teus pés se magoem nas pedras.
Ele, que vigia o sono das crianças e coloca nos seus olhos uma luz pura que apetece beijar, é também guerreiro forte.
Verás a tua mão tocar rochedos grandes e fazer brotar deles água verdadeira.
Olharás para tudo com espanto.
Saberás que, sendo tu nada, és capaz de uma flor no esterco e de um archote no escuro.

Para sofrer aquilo que não sabias ser capaz de sofrer.
Para viver daquilo que mata.
Para saber as cores que existem por dentro do silêncio.
Continuarás quando os teus braços estiverem fatigados.
Olharás para as tuas cicatrizes sem tristeza.
Tu saberás que um homem pode seguir em frente apesar de tudo o que dói, e que só assim é homem.

Para gritar, mesmo calado, os verdadeiros nomes de tudo.
Para tratar como lixo as bugigangas que outros acariciam.
Para mostrar que se pode viver de luar quando se vai por um caminho que é principalmente de cor e espuma.
Levantarás do chão cada pedra das ruínas em que transformaram tudo isto.
Uma força que não é tua nos teus braços.
Beijá-las-ás e voltarás a pô-las nos seus lugares.

Para ir mais além.
Para passar cantando perto daqueles que viveram poucos anos e já envelheceram.
Para puxar por um braço, com carinho, esses que passam a tarde sentados em frente de uma cerveja.
Dirás até ao último momento: "ainda não é suficiente".
Disposto a ir às portas do abismo salvar uma flor que resvalava.
Disposto a dar tudo pelo que parece ser nada.
Disposto a ter contigo dores que são semente de alegrias talvez longe.

Para tocar o intocável.
Para haver em ti um sorriso que a morte não te possa arrancar.
Para encontrar a luz de cuja existência sempre suspeitaste.
Para alcançar a estrela inalcançável."

Paulo Geraldo

Homossexualidade. É uma questão de diferença?


A palavra homossexualidade vem de homossexualismo e foi inventada no século XIX, pois ela não existia antigamente, assim como o vocábulo heterossexualidade. Outrora, a homossexualidade caracterizava três desmedidos discursos pejados de prejuízo: defeito, delito e pecado.
A homossexualidade designa as afinidades entre homens e mulheres que sentem atracção sexual, exclusiva ou predominante, por pessoas do mesmo sexo. A homossexualidade revestiu-se de formas muito variáveis ao longo dos séculos e das culturas. A sua génese psíquica perdura difusamente ignota.
A história da homossexualidade em Portugal é um alvéolo sombrio. Pressente-se, em cada época, aflora-se delicadamente, mas na pluralidade dos casos permanece a ser relegada para o esquecimento. E, no entanto, subsiste. Como se de um mundo paralelo – que não cabe nos livros de história – se tratasse, ela desenrolou-se, feita de repressões e sacrifícios, perseguições e amores, literatura e censuras...
A homossexualidade é uma conjuntura biológica? Uma tese de preferência íntima? Uma combinação das duas?
Tal como a heterossexualidade, a homossexualidade é um estado mental. Não há nenhuma doença ou desvio de conduta ou depravação, como se desejou até a algum tempo atrás. Mas não é invulgar encontrar criaturas que persistam nisso, mesmo no meio dos profissionais de saúde.
Não sou versada na rubrica, mas creio que a homossexualidade é um séquito psíquico. O indivíduo homossexual não faz opção por ser homossexual. Ele apenas é e não pode, ainda que queira, modificar essa circunstância. Ele pode sim, adestrar uma escolha no sentido de abjurar esse ímpeto e diligenciar viver como heterossexual. Mas isso tem um esbarro restritivo para o absoluto desenvolvimento emocional do sujeito. Trata-se de uma conjuntura muito mais usual do que se congemina. O impulsionamento carnal que um heterossexual tem pela sua companheira é análogo ao que um homossexual tem pelo seu par de natureza idêntica. O que permuta é o corpo.
A contenda de a homossexualidade ser um subterfúgio ou não está mais aglutinada a causas culturais, económicas e religiosas. Todos sabemos que, conforme as dejecções de uma determinada cultura, os valores diversificam.
Presentemente, quiçá seja mais inteligível para nós depreendermos os direitos individuais. Perceber que a estima a eles é basilar para o dom da vida. Talvez seja a ímpar forma de banirmos o preconceito e tornar superior a existência em sociedade. Homossexualidade não é uma doença e, logo, não é contagiosa. O nosso preconceito sim, esse é contagioso e destrói. Não devemos esquecer que um homem tem infinitos papéis na sua vida. Ele é filho, irmão, sobrinho, neto, cunhado, subordinado, namorado, aluno, amigo, tem aptidões intelectuais ou manuais, pode ser homo ou heterossexual.
Jamais se pode avaliar um homem ou mulher apenas por uma das suas características, sob pena de perdermos o melhor que ele (a) tem para nos oferecer.


10 January, 2006

Políticos Ideais ou Ideal Política

Em virtude de se ter convertido em campo fértil para a acção de aproveitadores e espertalhões de todo tipo, a política passou a causar desinteresse por parte daqueles que por uma razão ou outra não concordam com tal estado de coisas, embora na prática nada façam para mudá-lo. Há muitos equívocos, ignorância e falso moralismo quando se fala em política. Confunde-se politiquice com a arte da política, a ciência política, voltada para a gestão do interesse colectivo dentro de normas e princípios éticos extremamente importantes para a vida.
Quem poderia, afinal, tornar-se um candidato às eleições e assumir um cargo de representatividade na esfera partidária, quiçá para a Junta de Freguesia de uma determinada localidade? Qualquer indivíduo, homem ou mulher, com boa formação, algum traquejo, boa sanidade física e emocional, bom grau de cultura geral, boas ideias e algum carisma, além da destreza em exprimir-se por escrito ou, até mesmo, verbalmente. Convém evocar que o cargo político tornou-se uma função tecnicista onde só boa vontade não chega. Um grupo de cooperação, bravura e audácia para o exercício do mandato e, decerto, a Providência Celestial não faltará com o restante.
Quando falamos de política, falamos num assunto polémico sem dúvida, mas este assunto merece reflexões por parte daqueles de mente mais aberta que já se cansaram de ver repetidamente certo tipo de pensamentos, palavras, actos e omissões.
Na verdade vos digo que não sou politicamente activa, embora nunca tenha perdido nenhum acto eleitoral. Julgo que votar é um direito e um dever cívico que cada cidadão deve ou deverá usufruir, indiferentemente da cor política que ostenta e, jamais, deveremos diferenciar ou aquilatar as pessoas por idealizarem diferente de nós.
Como já disse em outros textos, considero a freguesia de São Mateus uma pequena freguesia com grandes gentes e, como em muitos outros lugares do mundo, vive-se e respira-se política. Contudo, é imprescindível nunca esquecer que vivemos numa nação democrática e, como tal, temos que adoptar o juízo da maioria.
O grupo partidário Socialista avassalou as eleições alusivas à Assembleia da Junta de Freguesia de São Mateus, merecido para uns, arbitrário para outros, o facto é que foi essa lista partidária que a população de São Mateus reverenciou e, actualmente, resta a todos aqueles que se consideram injustiçados respeitá-la sem esgrimir observações inadequadas e, por vezes, indecentes.
Creio que a Assembleia da Junta de Freguesia de São Mateus tem muito a oferecer para a vida pública através dos seus mandatários, influenciando na preparação de novos planos arquitectónicos, inibindo a acção dos aproveitadores através de posturas mais éticas, sem concessões arrojadas, com discursos moralizadores (e não de falso moralismo), que mostrem que há alternativas, novas possibilidades e novos caminhos para a nossa freguesia.
Tenho dito!

04 January, 2006

A Amizade é uma Obra de Arte



A amizade é edificada no universo deslumbrante e mágico dos afectos onde todos os ensejos são compartilhados amoravelmente e, quando as palavras de ternura se transmutam em elogios, não há nada que se lhe possa equiparar. A certeza de saber que compartilhamos uma compreensão que vai subsistir pelo resto da nossa existência é absolutamente surpreendente e magnífica.
A amizade é um sentimento sublime, puro e verdadeiro e, quando usufruímos da amizade de alguém, não importa se essa pessoa é do mesmo sexo, da mesma idade, da mesma cor, da mesma raça, da mesma religião ou, até mesmo, da mesma condição social. O que majestosamente interessa é o sentimento de amizade que une essas duas figuras e que vai muito mais além da crítica, da discórdia, da intriga e da inveja causada por outros seres. A Amizade é um dom, é um sentimento aristocrata que aproxima as pessoas, é um símbolo de confiança integra e recíproca; sem ela não há complacência, sem ela não há humanidade, pois tudo na vida se predispõe de uma amizade.
Na verdade vos digo que tenho escassos amigos, até porque considero que actualmente são poucos os amigos detentores de carácter, dignidade e honestidade, amigos que nos defendem, que nos apoiam e que estão sempre presentes nos bons momentos, mas especialmente nos momentos menos bons pelos quais passamos ao longo da nossa existência, contudo devo acrescentar que aqueles que tenho são de uma qualidade excepcional.
Na ordem do amor ou da amizade, há também um fim primordial e fins intermédios. A proficuidade dos amigos pode ser um fim intermediário para alguns ditos amigos. Esse fim é a causa pela qual os amigos servem os seus interesses utilitários. Neste caso, julgo esse tipo de amizade estéril, porque finda quando o interesse acaba.
O fim inerente e derradeiro da amizade, sem o qual ela não subsiste e não merece com nobreza esse nome, é que o amigo ame e reverencie o amigo por ele mesmo, pela sua benevolência e "delicadeza" própria.
Creio sinceramente que a amizade é semente e nascimento da melhoria humana e ortodoxa dos indivíduos, pois quando temos um amigo queremos para ele todo o bem exequível e imaginável.
"Os amigos verdadeiros são aqueles que vêm compartilhar a nossa felicidade quando os chamamos, e a nossa desgraça sem serem chamados."
(Demetrio de Falera)

03 January, 2006

São Mateus - Parque de Diversão Infantil

Bandeira dos Açores


A descrição completa da bandeira é a seguinte:

  1. A bandeira tem a forma rectangular, sendo o seu comprimento uma vez e meia a altura.
  2. A bandeira é partida de azul-escuro e branco.
  3. A divisão do lado da haste tem dois quintos do seu comprimento, tendo a outra divisão três quintos.
  4. Ao centro, sobre a linha divisória, tem um açor voante, de forma naturalista estilizada, de oiro.
  5. Por cima do açor, e em semi-círculo, tem nove estrelas iguais de oiro, com cinco raios.
  6. Junto da haste, no canto superior, tem o escudo nacional.

A bandeira açoriana, aprovada na sua forma e função actuais pelo Parlamento Regional em 1979.04.10 (DR 4/79/A), foi claramente influenciada pela bandeira do Liberalismo, movimento que teve nos Açores refúgio e base de apoio para a tomada do poder. Esta bandeira sofreu diversas alterações ao longo do tempo, mas manteve-se sempre bipartida de azul e branco e contendo um açor e/ou nove estrelas. É um símbolo já bem antigo dos desejos de autonomia açoriana, tendo sido usada desde Outubro de 1897.

Símbolo da Pátria

Os símbolos da Pátria são: a Bandeira Nacional, o Hino Nacional e o Chefe de Estado.
A Bandeira Nacional representa as lutas da fundação, a independência e restauração de Portugal e os descobrimentos marítimos. No reinado de D. Afonso Henriques a Bandeira era branca com uma cruz azul ao centro simbolizando o emblema do cruzado e das armas da Casa de Borgonha. Sofrendo várias alterações ao longo dos vários reinados, a Bandeira Nacional com a Implantação da República, passou a ser verde e vermelha, sendo composta por um rectângulo de pano cuja altura é igual a dois terços da largura. É dividida em duas partes, na vertical, sendo a parte que fica junto à haste de cor verde, ocupando dois quintos da superfície e a outra parte de cor vermelha, ocupando três quintos.
Simbologia
Cor Verde – Representa a esperança em melhores dias de prosperidade e bem-estar e, também, os campos verdejantes.
Cor Vermelha – Representa o valor e o sangue derramado nas conquistas, nas descobertas, na defesa e no engrandecimento da Pátria.
Esfera Armilar – Situa-se no centro da divisão das duas faixas, simbolizando as viagens dos navegadores portugueses pelo Mundo, nos séculos XV e XVI.
Armas de Portugal – Assentam sobre a esfera armilar, sendo compostas por um escudo maior com outro mais pequeno, simbolizando o escudo como a arma de defesa utilizada pelos nossos antepassados nos combates.
Escudo Maior – É vermelho e à sua volta estão representados sete castelos que representam as cidades fortificadas que D. Afonso III tomou aos mouros.
Escudo Pequeno – É branco e encerra cinco escudetes azuis pequenos, fazendo alusão às cinco chagas de Jesus Cristo. Cada um desses escudos contêm cinco besantes de prata que contando duas vezes os da quina do meio, recordam os trinta dinheiros pelos quais Judas vendeu Jesus Cristo e simbolizam o poder régio de cunhar moeda.