Festa do Divino Espírito Santo em São Mateus do Pico

Ontem, dia 19 de Maio, comemorou-se na freguesia de São Mateus do Pico, a festa em honra do Divino Espírito Santo.

Este ano a festa foi presidida, pela primeira vez na história da freguesia, por uma Senhora. Sinal que, de facto, que os tempos estão a mudar para os nossos lados.

Além da oferta das tradicionais rosquilhas, a Irmandade do Espírito Santo também regala todos os seus irmãos, e respectivas famílias, com um almoço de sopas, conhecidas como as sopas do Espírito Santo, carne assada, arroz doce e, como não poderia deixar de ser, nem tão pouco poderia faltar, o tradicional vinho do Pico, confeccionado a partir das castas Isabel e Saibel. Sendo perita em vinho (risos) devo dizer que o dito cujo era bastante bom.

Confesso que achei que tudo no almoço tinha sido preparado ao mais alto nível. A começar pelos, bem dobrados e ornamentados, guardanapos e a acabar no bem confeccionado delicioso arroz doce.

Digo também que o serviço prestado, pelos Irmãos escolhidos para representar a Direcção da Irmandade, foi brilhante. O serviço de mesa foi notável.

Bem, o que poderei dizer mais sobre a respectiva festa?

A procissão estava muito bem organizada e as pessoas bem apresentadas para a ocasião. Como, nestas ocasiões, os olhares alheios recaem, especialmente, sobre a Senhora Mordoma, devo confessar que, e provavelmente poderá haver alguma criatura que discorde e ainda comente que estou a dizer isto porque sou amiga da dita Senhora (risos), gostei particularmente do “toilette” por ela envergado. Deve ser porque gosto imenso do contraste da cor rosa e preto.

Em relação aos sapatos, a loucura de todas as mulheres, admitido que não reparei. E devo dizer que ter reparado na roupa já foi um milagre. (risos) Quem me conhece sabe que não dou importância a esse tipo de coisas.

Gostei de ver, dentro do quadro, a mãe ladeada pelas suas duas filhas, como não podia deixar de ser. Nestas circunstâncias, todas as mães querem ao seu lado aqueles que mais amam no mundo. E essas pessoas são, sem qualquer réstia de dúvida, os seus filhos.

Findando, e após rasgar vastos e colossais elogios ao supra citado acontecimento, declarado que quando ia a subir as escadas, que dão acesso à porta de entrada, do salão da Casa do Povo de São Mateus, onde foi servido o almoço, olhei em redor e deparei-me com o filho da minha amiga Leslie. O menino estava usando a gravata vermelha reservada ao seu ausente, por motivos de saúde, pai. Enfim, não sei se foi por estar mais sensível, nesse dia que estava pagando uma das minhas mais de mil e quinhentas promessas, que fiz durante as trinta e sete semanas da minha complicada e arriscada gravidez, todavia, em verdade vos digo que tive que fazer uma força desgraçada para não verter uma ou duas lágrimas.

Tenho dito!

NOTA: Ainda não tive acesso ao resultado da votação, contudo, foi-me dito que o Irmão que foi votado maioritariamente para desempenhar a função de Mordomo da Irmandade do Divino Espírito Santo foi o Senhor José Alberto Costa (conhecido como José Lafaiete). Nos próximos dias irei colocar os resultados das votações, se me for possível obter junto dos responsáveis.