31 January, 2011

Corrida dos Reis 2011 - 1ª Parte

11 January, 2011

Corrida dos Reis a 30 de Janeiro - São Mateus do Pico


A 21ª Corrida dos Reis, está marcada para o dia 30 de Janeiro de 2011, mais tarde do que é habitual, em virtude da realização das eleições presidenciais, que obrigaram a que a organização e a Federação Portuguesa de Atletismo marcassem essa data como sendo a oficial, integrada que está no calendário da CNEC – Comissão Nacional de Estrada e Corta-Mato.
Sendo considerada como uma das provas que melhor recebe os atletas, a Corrida dos Reis prepara-se para iniciar um novo ciclo da sua existência e que a tornaram num dos mais importantes e apetecíveis eventos desportivos da Região Autónoma dos Açores.
As inscrições estão abertas até ao último dia de Dezembro e estão limitadas aos lugares dos voos que a organização providencia todos os anos para a ligação com o Continente, sendo certo que a Ilha do Pico, uma das maravilhas naturais de Portugal, tudo fará para deixar uma marca inesquecível a uma prova que é mais que uma corrida. É uma festa.

Contactos
Comissão Organizadora da XXI Corrida dos Reis
Telefone: 292 622 880
Fax: 292 623 519

Ir para o Seminário!


Acerca da ida de rapazitos para o Seminário, com frequência ouvem-se expressões de teor negativo: são crianças tolas, não sabem o que fazem, metem-lhes coisa na cabeça, vão enganados… Estas expressões já não se aplicam propriamente aos da actualidade, pois já vão noutras idades.
Mas, mesmo referindo-se aos mais antigos, elas estão muito longe do processo real dos acontecimentos. Vamos explicar-nos - Para tal situemo-nos no princípio do séc. XX. Antes dessa época era possível que algumas decisões fossem influenciadas pelo facto de os sacerdotes serem funcionários públicos antes da República. Mas mesmo assim, houve tantos e tantos homens de elevadíssimo nível sacerdotal. Ainda conheci alguns.
E dos que estavam no Seminário ao instalar-se da República, muitos continuaram e avançaram em circunstâncias economicamente negativas. A República cortou as condições anteriores, e os sacerdotes ficaram no vazio! Mas continuaram a servir… Penso que foram heróicos…
Vamos portanto aos princípios do séc. XX, e distinguimos duas épocas. A primeira vai até os anos 60. A segunda vem de lá até agora.
A primeira, a que vou chamar antiga, foi a minha época. E vou começar por mim mesmo.
Porque é que entrei para o Seminário? O meu itinerário começou quando eu tinha 5 anos. Sim, 5 anos…
Alguém dirá: é isso mesmo, nem criança era ainda… Inconsciência…
Mas, vamos devagar… Há um itinerário. O meu pároco era muito de minha casa. Lembro-me de pensar que os padres não iam para o inferno! Pois foi essa a razão por que pensei que queria ser padre. Eram ideias análogas aos demais que querem ser condutores de camiões, professores, carpinteiros… Depois vem a vida real…
Durante a minha 2ª classe aquela motivação já não existia. Mas continuei com o mesmo projecto, não sei porquê. Penso que tenho tendência a manter-me numa situação. As pequenas dos seus 15, 16 anos diziam-me: Oh Francisco (o meu nome próprio é Francisco…) tu queres casar comigo?
Por minha própria ideia eu respondia: eu vou é casar vocês…. E continuava nela calmamente.
Quando terminei a 4ª classe, fui apresentado ao Bispo D. Guilherme que me perguntou: por que é que queres ser padre? Eu nunca pensara no assunto, e respondi-lhe automaticamente: para salvar almas!
Parece que ele ficou impressionado, pois daí a uns 20 anos, alguém falou-me na­quela resposta.
Só fui para o Seminário em 1938, tendo feito 14 anos poucos dias antes. Quando regressava para as primeiras férias, na Horta, o célebre Mons. Pereira da Silva disse-me:
-Tu então estás no Seminário? E queres ser padre?
-Sim…
-E sabes no que te metes?
-Não sei, mas hei-de aprender…
Esta resposta também deve ter “corrido” porque falaram-me nela uns 30 anos depois. Tudo respondido de imediato….
Chegado aos meus 18 anos, comecei a pensar em ir para a Marinha Mercante. Gostava, e gosto muito do mar. Não era por não querer ser sacerdote.
Fiquei no Seminário até concluir os estudos necessários para entrar na Escola Náutica. Quando eles terminaram, não me apeteceu sair, e fiquei mais um ano. Sentia-me bem.
O que é certo é que, durante esse ano, comecei a pensar que tinha mais que fazer como sacerdote do que como comandante dum barco. E continuei até hoje.
E os outros? Um dos meus grandes amigos, que foi um grande sacerdote, resolveu ir para o Seminário porque uns seminaristas lhe disseram que lá se jogava futebol. Conheci outro grande sacerdote que foi simplesmente para estudar. Depois queria ir para a Marinha de Guerra. Mas ligou-se à “vocação”.
E mais? Uns porque era “moda”, outros porque lhes sugeriram, outros porque, simplesmente, queriam ser padres…
Claro que, chegados os 16,17 anos, os pensamentos mudavam e punha-se a questão. Alguns desistiam, outros continuavam já em atitudes diferentes, o Seminário era um ambiente de aprendizagem, descoberta, reflexão, dúvida, decisões…
E recentemente? As situações são muito diferentes. Já não se vai para o Seminário para estudar. Estuda-se em qualquer parte.
Uns vão porque descobriram o sentido do sacerdócio, da vida, da Igreja, do serviço espiritual. Outros porque amigos, seminaristas ou sacerdotes, os entusiasmaram; outros como resultado de reuniões, cursos, retiros… Enfim, motivações mais profundas.
Naturalmente terão muito caminho para andar, muita vida a amadurecer. Alguns voltarão para trás, mas a maior parte amadurecerá…, e caminharão para o sacerdócio.
O nosso tempo estranha isso, em especial por causa da obsessão sexual. Mas tudo foi muito estranho para os sacerdotes dos primeiros séculos, a começar pelos apóstolos. Depois foram os tempos de perseguição. Depois, tantas e tantas situações difíceis. Mas é sempre verdade o que Ele diz: Eu estarei convosco até ao fim dos tempos – não vos deixarei órfãos.

Autor: Caetano Tomáz

Nota: “Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades”, todavia, se este provérbio não se concretizar, daqui a uns anos terei, com muito orgulho, um filho padre.

E esta, eih? 

05 January, 2011

Jesus Christus heri et hodie: ipse et in saecula!

"Aviva a tua fé. – Cristo não é uma figura que passou. Não é uma recordação que se perde na História. Vive! “Jesus Christus heri et hodie: ipse et in saecula!” diz São Paulo. Jesus Cristo ontem e hoje e sempre!"


(Josemaria Escrivá)

A Violência...

"A violência destrói o que ela pretende defender: a dignidade da vida, a liberdade do ser humano."

(João Paulo II)

04 January, 2011

Candelária homenageou a Irmã Nivéria




Fotos: Direitos Reservados

A freguesia da Candelária e a sua população laureou a Irmã Nivéria durante a festa de Natal da Catequese, realizada no transacto dia 2 de Janeiro.

Nas palavras proclamadas pelo orador José Matos, o contributo da Irmã Nivéria para com a freguesia da Candelária e seus jovens foi de uma extrema grandeza e relevo.

No ano transcorrido tive o contentamento e a honra de ser sua colega, como catequista da Paróquia de Nossa Senhora das Candeias, e testemunhei a dedicação com que a “nossa” Irmã regala os seus meninos e meninas. Em verdade vos digo que apesar dos seus, na altura, 81 anos, o seu entusiasmo e dinamismo era, e ainda é, excepcional.

Bento XVI na sua encíclica Deus Caritas Est, de 25 de Dezembro de 2005, "sobre o amor cristão", cita Madre Teresa, outra Grande Senhora, como exemplo de pessoa de oração e ao mesmo tempo de fé operativa:

“A piedade não afrouxa a luta contra a pobreza ou mesmo contra a miséria do próximo. A beata Teresa de Calcutá é um exemplo evidentíssimo do facto que o tempo dedicado a Deus na oração não só não lesa a eficácia nem a onerosidade do amor ao próximo, mas é realmente a sua fonte inexaurível. Na sua carta para a Quaresma de 1996, essa beata escrevia aos seus colaboradores leigos: “Nós precisamos desta união íntima com Deus na nossa vida quotidiana. E como poderemos obtê-la? Através da oração.”

Faço minhas as palavras de Bento XVI em relação à Irmã Nivéria, até porque esta é, similarmente, um exemplo claro de que o tempo dedicado a ensinar a Palavra de Deus fez com que amor e a fé se metamorfoseassem numa fonte inesgotável nos nossos corações e nas nossas vidas.

E que assim seja!

São Mateus homenageou a Irmã Nívéria

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Vinho e Imagem por Paulo Machado

NOTA: Clicar em cima da imagem para aumentar o tamanho.


Observações: Devo mencionar que concordo, inteiramente, com o que o Paulo escreveu na passada edição do Jornal Ilha Maior.

Sou, como é sabido nas redondezas, admiradora de um “bom” vinho de cheiro.

Aprendi a saborear esse tipo de vinho com o meu avô João. Contam-me que, quando era catraia, vazava, dentro do meu copo, todas as gotas que restavam nos outros para dar um pingo maior. Presentemente quando me dizem que sou como o João do Albino, é o melhor e mais digno elogio com que me podem presentear, até porque é a verdade. De facto o avô João era, dito por todos, um dos mais laboriosos homens que São Mateus já conheceu.

Felizmente bebo diariamente, um ou dois, copos desse “bom” vinho que é manufacturado pelo meu sogro, na sua modesta adega. E, devo confessar que, peço a Deus, todos os dias, que a sua produção jamais extinga.

Tenho dito!