28 October, 2007

Tradições

26 October, 2007

Não ter Tempo


"Deus pede estrita conta do meu tempo,
e eu vou, do meu tempo, dar-lhe conta.
Mas, como dar, sem tempo, tanta conta,
eu, que gastei, sem conta, tanto tempo?
Para dar minha conta, falta o tempo,
o tempo me foi dado, e não fiz conta.
Não quis, sobrando tempo, fazer conta,
hoje, quero acertar conta, e não há tempo.
Oh, vós que tendes tempo, sem ter conta!
Não gastei vosso tempo em passatempo,
cuidai, enquanto é tempo, em vossa conta.
Pois, aqueles que, sem conta, gastam tempo,
quando o tempo chegar, de prestar conta,
chorarão, como eu, o não ter tempo."

(Frei António das Chagas, Meados do século XVII)

Pensamento do Dia


"Não há nada de nobre em sermos superiores ao próximo. A verdadeira nobreza consiste em sermos superiores ao que éramos antes."

(Autor desconhecido)

22 October, 2007

Que Deus a Perdoe. Se Conseguir.

A mulher acusada de matar a pontapé a filha de dois anos, em Monção, conhece quarta-feira a sentença do tribunal, que pode chegar aos 25 anos de prisão, mas que poderá também não exceder os cinco anos.

Se o colectivo de juízes imputar à arguida o crime de homicídio qualificado, a moldura penal a aplicar variará entre os 12 e os 25 anos mas se der como provado que se tratou de homicídio por negligência a pena poderá ficar-se pelos três anos (negligência simples) ou, no máximo, ascender a cinco anos (negligência grosseira).

Nas alegações finais, o Ministério Público (MP) pediu 16 anos de prisão para a arguida, imputando-lhe o crime de homicídio por negligência, com dolo eventual.

O advogado de defesa, Mota Vieira, defendeu a tese de homicídio por negligência, «grosseira ou não», e sustentou que «uma pena para além dos cinco anos de prisão é mais do que exagerada» e, como tal, será objecto de recurso.

Segundo o magistrado do MP, a mãe, de 25 anos, não terá tido intenção de matar a filha mas «tinha consciência» de que ao desferir-lhe dois pontapés no abdómen, uma zona vital, lhe poderia causar «lesões irreversíveis» e, eventualmente, a morte.

Considerou como atenuantes para a arguida as carências do seu agregado familiar, a sua imaturidade, os quatro filhos que tinha a seu cargo e a «ausência» do marido, que saía de casa de manhã bem cedo e apenas regressava já de noite.

Ressalvou, no entanto, que, de acordo com o relatório social elaborado pelo Instituto de Reinserção Social de Viseu, os quatro filhos «não nasceram por acaso», antes foram «assumidos e queridos pelos pais».

«Se os assumiram, depois tinham de cuidar deles», referiu.

A ausência de antecedentes criminais e o facto de durante o julgamento ter manifestado «algum arrependimento» são outras atenuantes da mãe.

No entanto, o MP sublinhou que se está perante um crime «muito grave», tanto mais que na sua origem terá estado um motivo «fútil e frívolo», relacionado com o facto de a criança, Sara, ter entornado na roupa o leite que estava a beber pelo biberão.

Aludiu ainda à «frieza» da arguida e ao «distanciamento» que durante o julgamento manifestou em relação à filha, a quem sempre tratou por «pequena Sara».

O facto de ser mãe da vítima e de esta ser uma criança «frágil e perfeitamente indefesa» foram outros factores que levaram o MP a «qualificar» o crime de homicídio.

O advogado de defesa, Mota Vieira, disse que não foi provado que a mãe tivesse agredido a filha com dois pontapés, sublinhando que as duas lesões detectadas poderiam ter sido provocadas por um único golpe.

Acrescentou que não foi possível apurar qual teria sido o móbil do crime, o que, em sua opinião, seria «fundamental» para o julgamento do caso.

Sara morreu a 27 de Dezembro de 2006 em Mazedo, Monção, tendo a autópsia ao corpo da menina revelado lesões traumáticas significativas «a diversos níveis» que foram responsáveis pela morte.

Numa primeira fase, a mãe alegara que as lesões se ficaram a dever a duas quedas que a criança teria dado nas escadas do prédio onde vivia mas entretanto, durante o julgamento, assumiu que lhe deu um pontapé «de raspão», na zona abdominal, depois de ela ter entornado o leite do biberão.

Disse que ficou nervosa porque não tinha em casa gás para aquecer mais leite nem mais comida para dar à filha mas ressalvou que a intenção era acertar-lhe «no rabo», o que não aconteceu porque a criança se virou «de repente», acabando por ser atingida na zona do fígado, provocando-lhe uma lesão fatal.

Sara estava referenciada desde 2005 pela Comissão de Protecção de Crianças e Jovens em Risco (CPCJR) de Viseu, distrito de onde os pais são naturais, mas apenas por negligência familiar, não havendo quaisquer indícios de maus-tratos.

Entretanto, os pais foram viver para Monção e a CPCJR «perdeu-lhe o rasto» até 4 de Dezembro, dia em que a educadora do infantário que ela começou a frequentar naquele concelho alertou para o facto de a menina aparecer na escola com hematomas no corpo e sempre «cheia de fome e mal agasalhada».

No julgamento, a responsável da CPCJR de Monção admitiu que, «se calhar», estas denúncias, na altura, «não foram devidamente valorizadas».

O advogado de defesa foi particularmente cáustico em relação a estas comissões que sinalizaram a Sara tanto em Viseu como em Monção, acusando-as de nada terem feito para evitar a tragédia.

«Há muita treta das instituições públicas mas quando é para agir, zero», referiu, nas alegações finais.

Após a morte da Sara, a Segurança Social retirou aos pais a tutela dos seus outros três filhos, entregando-os a uma família de acolhimento.

In. Diário Digital / Lusa

23-10-2007 8:05:00
NOTA: Como é que é possível uma mãe assassinar brutalmente, ao pontapé, uma filha? Um bebé que carregou dentro de si durante, aproximadamente, nove meses.
Em verdade vos digo que jamais vou compreender estas mulheres. E digo mulheres, porque mães decerto não o são, já que uma mãe ama e protege o seu bebé com unhas e dentes. Uma mãe acorda várias vezes durante a noite só para se certificar que o seu bebé está respirando. Uma mãe alimenta, em primeiro lugar, o seu bebé, e só depois se alimenta. Uma mãe prefere passar frio e ter o seu bebé agasalhado. Uma mãe dá a sua própria vida pelo seu bebé se assim for necessário.
Eu sou mãe de dois lindos bebés. E como mãe vou amar e proteger os meus bebés, contra tudo e contra todos, durante o resto da minha vida.

Tenho dito!

16 October, 2007

Confia en mi amor


Duda la luz de los astros,

De ése el sol tiene calor,

Incluso duda la verdad,

Pero confía en mi amor.


William Shakespeare

May it be



Intérprete: Lisa Kelly (Celtic Woman)

E Por Vezes


E por vezes as noites duram meses
E por vezes os meses oceanos
E por vezes os braços que apertamos
nunca mais são os mesmos E por vezes

encontramos de nós em poucos meses
o que a noite nos fez em muitos anos
E por vezes fingimos que lembramos
E por vezes lembramos que por vezes

ao tomarmos o gosto aos oceanos
só o sarro das noites não dos meses
lá no fundo dos copos encontramos

E por vezes sorrimos ou choramos
E por vezes por vezes ah por vezes
num segundo se evolam tantos anos.

(David Mourão-Ferreira)

Lágrima


Cheia de penas
Cheia de penas me deito
E com mais penas me levanto
No meu peito
Já me ficou no meu peito
Este jeito
O jeito de te querer tanto

Desespero
Tenho por meu desespero
Dentro de mim
Dentro de mim um castigo
Não te quero
Eu digo que não te quero
E de noite
De noite sonho contigo

Se considero
Que um dia hei-de morrer
No desespero
Que tenho de te não ver
Estendo o meu xaile
Estendo o meu xaile no chão
Estendo o meu xaile
E deixo-me adormecer

Se eu soubesse
Se eu soubesse que morrendo
Tu me havias
Tu me havias de chorar
Uma Lágrima
Por uma lágrima tua
Que alegria
Me deixaria matar.

(Amália Rodrigues)

15 October, 2007

Amei-vos uns aos outros

Caríssimos Irmãos, há dias na nossa vida em que a falta de um amigo é maior do que tantas outras coisas que julgamos importantes, ou àquelas que dedicamos tempo e energia, até porque existem amigos que são mais chegados do que um irmão. E, sem dúvida, a amizade é algo extraordinariamente importante na vida de qualquer um. Pois temos necessidade de alguém em quem podemos confiar os nossos segredos, compartilhar as tristezas, alegrias, sonhos, conversar meramente, sem pauta previamente estabelecida; alguém com quem não precisamos usar de formalidades ou artificialidades, pois nos aceita como somos e não espera que sejamos sobre-humanos; alguém que ajuda a carregar os fardos que acumulamos ao longo da nossa vida. Todavia, podemos observar que amizade verdadeira é algo a ser cultivado, porque não se encontra a todo o momento ou em qualquer lugar. É muito mais raro do que se deseja. Quem tem uma vida saudável, certamente é alguém que tem amigos. Quem não os tem, sofre. Em verdade vos digo que a arte de cultivar amizades tem muito que se lhe diga e não é para qualquer um, pois uma verdadeira amizade é construída no chão do amor que não espera retorno. Onde se ama por amar. A Amizade não é, ou pelo menos não deveria ser, um tipo de investimento no mercado financeiro que aguarda lucro a pequeno, médio ou longo prazo, nem tão pouco um mesquinho jogo de interesses.
Todos sabemos que fazer e manter amigos traduz, sem dúvida, saúde à alma e ao coração. Contudo, quantos de nós estamos dispostos, simplesmente a amar, mesmo correndo o risco de não sermos amados. Quantos de nós estamos dispostos a fazer o que Jesus fez, já que sabendo, à priori, da possibilidade de ser traído, não usou de estratagemas ou hipocrisias para autodefesa. Foi atraiçoado, negado e abandonado no momento mais crítico. Quando precisava de companhia na angústia da noite de vigília, os amigos não atenderam ao seu chamado para acompanhá-Lo em oração, visto que dormiam. Quando Judas, o traidor, vem para entregá-Lo aos soldados, com um beijo, Jesus o chama de amigo. Quando encontra Pedro, depois deste tê-Lo negado, ainda lhe dá um voto de confiança e restabelece a normalidade, tanto da comunhão quanto da tarefa privilegiada de continuidade da Sua obra.
Amigo confia, continua amigo e não muda de opinião consoante a direcção do vento ou da posição do Sol. Seguindo a vida de Jesus um pouco mais de perto, vemos que para alguém ser Seu amigo não precisava ser perfeito, mas que estivesse disposto a estar ao Seu lado. Pois, Ele não trazia nenhum tipo de ilusão a respeito da natureza humana. Por isso não se abalou quando nos momentos mais agudos de solidão e angústia se viu sozinho.
Creio, sinceramente, que quando o amigo falta, é como se nos faltasse o chão. Quando somos traídos, a ferida corrói de forma penosa e devastadora. Mas, quando dependemos de Deus e fazemos Dele a nossa força, somos sempre seres que atraem amizades, mas que não dependem da reciprocidade delas para a estabilidade plena. Actualmente, faço do Senhor a minha força e esperança. Agindo assim, torno-me como uma árvore plantada junto a um ribeiro de água, cuja folhagem não murcha e os frutos são dados na estação apropriada. Árvore assim avoca gente para sua sombra. Só quem tem ilusões a respeito do ser humano e o coloca no lugar de Deus é que sofre decepções e amarguras na vida. Eu, graças a Deus, não padeço desse mal.
E que assim seja!
“Isto vos mando: Que vos ameis uns aos outros.” (João 15:17)

14 October, 2007

Quem pode dizer...



NOTA: Há quem diz que podemos conhecer uma determinada pessoa pelos seus gostos musicais e cinematográficos. Pois bem, na categoria musical a minha escolha é “Only Time”, e na categoria cinematográfica a minha escolha é “Sweet November”.

13 October, 2007

06 October, 2007

Milho





"O milho pertence ao grupo das angiospermas, ou seja produz as sementes no fruto. A planta do milho chega a uma altura de 2,5 metros, embora haja variedades bem mais baixas. O caule tem aparência de bambu, e as juntas estão geralmente a 50 centímetros de distância umas das outras.
A fixação da
raiz é relativamente fraca. A espiga é cilíndrica, e costuma nascer na metade da altura da planta.
Os grãos são do tamanho de
ervilhas, e estão dispostos em fileiras regulares presas no sabugo, que formam a espiga. Eles têm dimensões, peso e textura variáveis. Cada espiga contém de duzentos a quatrocentos grãos.
Dependendo da espécie, os grãos têm cores variadas, podendo ser amarelos,
brancos, vermelhos, azuis ou marrons. O núcleo da semente tem um pericarpo que é utilizado como revestimento."

In. Wikipédia

02 October, 2007

A Esperança...


"A esperança adquire-se. Chega-se à esperança através da verdade, pagando o preço de repetidos esforços e de uma longa paciência. Para encontrar a esperança é necessário ir além do desespero. Quando chegamos ao fim da noite, encontramos a aurora."


(Georges Bernanos)

01 October, 2007

Ser alegre não é fácil...


"A alegria adquire-se. É uma atitude de coragem. Ser alegre não é fácil, é um acto de vontade."

(Gaston Courtois)

É urgente motivar os jovens para o folclore...

Foto: Rádio Pico

Grupo Folclórico e Etnográfico Ilha Morena comemorou o seu vigésimo terceiro aniversário.

O Grupo Folclórico e Etnográfico Ilha Morena da casa do povo de São Mateus fundado a 20 de Setembro de 1984 e constituído por cerca de 40 elementos comemorou os seus 23 anos de existência.
Laura Isabel, presidente do grupo folclórico, informou, no grande jornal da Rádio Pico, que o grupo carece neste momento de homens bailadores e de tocadores. O grupo muitas vezes é “criticado pela forma positiva e negativa, não pela qualidade mas por serem diferentes” afirmou. O Ilha Morena tem como objectivos “exemplificar os quatro momentos fundamentais da vida de um povo, a terra, o mar, a romaria e a folga”, despertando assim a atenção das pessoas.
Por outro lado declarou que anteriormente o grupo Ilha Morena pensou em “comprar um espaço rural etnográfico para mostrar o que tem, mas acabou por não ser concretizado”. No entanto desafia agora a casa do povo e outras instituições da freguesia a explorarem esta iniciativa. Justificou dizendo que “cada vez mais os turistas estão a procurar estes aspectos culturais”.
Segundo Laura Isabel a maioria dos bailes que o grupo actua são recolhas de cancioneiros e de populares. Acrescentou que embora vários grupos da ilha actuem o mesmo número existe diferenças quer na letra quer na música, essas diferenças associam-se ao “ver numa freguesia e levar para outra”.
A presidente do grupo folclórico teme agora o futuro do Ilha Morena porque “em 1984 havia força de vontade e garra. Hoje em dia essas características faltam e são fundamentais”. “É urgente motivar os jovens para o folclore porque se há escolas de música também devia existir escolas de folclore” opinou Laura Isabel.
Laura Isabel disse que os mais recentes trabalhos do grupo, o CD e o DVD, foram difíceis de realizar, o DVD demonstra uma viagem no tempo. Como se chega a Madalena e a viagem da Madalena até São Mateus. Existe também uma voz off que descreve o passado da ilha e do grupo.
Como mensagem final, a presidente acredita que o Grupo Folclórico Ilha Morena da casa do povo de São Mateus “tem pernas para andar, mas necessita de reciclagem”.

Boavista pescou três pontos em Rabo de Peixe

Foto: Rádio Pico

Boavista consegue os seus primeiros três pontos na Série Açores

Boavista conseguiu rectificar os últimos desaires consecutivos com uma vitória fora de portas frente ao Rabo de Peixe.
Num jogo com pouca história as defesas a levaram a melhor sobre os ataques. A equipa visitante entrou a tentar surpreender a turma da casa, aproveitando o vento a seu favor para procurar lançar os seus atacantes com bolas nas costas da defensiva local. Por sua vez, o Rabo de Peixe procurava chegar ao ataque com perigo, mas esbarravam sempre na bem escalonada defensiva dos homens do Pico que chegaram ao golo depois de uma boa triangulação do seu meio-campo, o esférico surgiu à frente de António Macedo que rematou e Rui Manuel na tentativa de desviar a bola, esta ressaltou na sua perna e passou por cima de Bruno Andrade, fazendo assim o único golo do jogo.
Ficha técnica
Árbitro: Luís Estrela (AF Lisboa).
Auxiliares: Cláudio Maroto e Hugo Proença.
Rabo de Peixe: Bruno Andrade; Paulinho, Gonçalves, Rui Manuel e José Manuel; Raposeiro (Luís Flor, 70), Ia Ia e Jorge Cabral (Nelson Vieira, 45); Lelé, Aurínio (Vitinha, 45) e Mauro.
Treinador: Jaime Vieira.
Boavista: Igor; Manuel Vitorino, Parreira, Nuno Alves e Rui Oliveira; Marco Jorge, Narciso e Hélder Botelho (Márcio Lima, 73); Lourenço (Paulo Pereira, 55), Ivo Rosa e António Macedo (José Cardoso, 90).
Treinador: José António Jorge
Ao intervalo: 0-1.
Marcador: Rui Manuel (31 pb).
Disciplina: cartão amarelo para Hélder Botelho (6), Ia Ia (21), António Macedo (88) e Paulo Parreira (90+4).