21 November, 2005

Pensamentos I - Pergunta sem Resposta

Estou há rigorosamente uma hora e quarenta e dois minutos sentada no meu acanhado escritório de pigmentação branca. Defronte a mim, em cima da secretária de metal acinzentado, tenho o computador encetado numa página do Word em branco…em branco porque nem sei o que gatafunhe. Sinto como se as ideias e os pensamentos se estivessem esgotado radicalmente da minha cabeça.
Inesperadamente, recordo-me de há uns dias ter estado a ler um determinado blog sobre a minha harmoniosa povoação de baleeiros e lavradores e, abruptamente, questiono-me sobre o real motivo de tamanhas malfadadas sátiras sobre tudo e todos. Não consigo depreender, instintivamente olho de encontro ao paraíso e aguardo que me seja dada uma divinal resposta, mas isso não acontece, quiçá, lá em cima, Ele esteja atarefado com diversas interrogações muito mais importantes e substanciais.
Não construí este blog para criticar quem quer que seja, deixo isso para os peritos na matéria, elaborei-o, sim, para informar aos demais sobre o que se passa na nossa pequena freguesia de excepcionais pessoas, de grandiosas individualidades que já comprovaram, cá e lá, a bravura, abnegação e determinação que têm para transformar a nossa terra num lugar aprazível para todos nós e, particularmente, para os nossos descendentes.
Gostaria, antes de finalizar esta breve missiva de pensamentos inquietantes, de vos deixar uma mensagem, politicamente correcta, deixem de atacar as pessoas, as que estavam ou as que estão, e, em vez disso, ajudem-nas a encontrar o caminho e a caminhar sobre ele na direcção certa.
Lembrem-se que, para edificar-mos os projecto que, agora ou outrora, idealizamos, necessitamos dos outros. Sozinhos jamais chegaremos a lugar algum.
Após estas linhas de escrita singular devo, imperiosamente, dizer-vos que ainda não sei a resposta à minha inaugural questão. Presumivelmente jamais saberei a resposta, até porque considero que para algumas perguntas, pura e simplesmente, não existem respostas.

2 comments:

Anonymous said...

Não fazia ideia que São mateus era uma freguesia de letrados e escritores compulsivos.
De qualquer forma, parabens pelo seu blog.
Oxalá que não caía como o tal da torre de um país qualquer europeu.

Anonymous said...

Ao das 6:51 AM:

O "tal da torre" não caíu, está expectante e vivo. Cumpriu o seu propósito como blog que era o de lançar á discussão o que se diz mas não se fala. Mais, foi a rampa de lançamento da ideia para outros projectos (e este é prova disso). Uns gostaram do "tal" blog da "torre" e outros não - é a democracia e o direito á diferença.
Concordo com esta senhora de S.Mateus é um grande sítio, de Grandes gentes, mas como em todo o lado nem todos pensam de forma igual e isso só contribui para o enriquecimento da nossa localidade, quer queiram quer não.