19 June, 2008

Verdades


Existem quatro coisas que não se podem recuperar nunca...



  • A pedra... depois de atirada!



  • A palavra... depois de proferida!



  • A ocasião... depois de perdida!



  • O tempo... depois de passado!

Ruínas...

E assim viviam os nossos avós...


Fotos: Casa de Pedra em Ruína na Freguesia de São Mateus

18 June, 2008

Ermida de Nossa Senhora da Conceição - São Mateus





"Até onde perdemos a fé, perdemos a razão."

(G. K. Chesterton)

São Mateus do alto da Gingeira



"Só conseguirá compreender o que é uma propriedade quem lhe tiver sacrificado uma parte de si próprio, quem tiver lutado para a salvar e sofrido para lhe dar beleza."


(Saint-Exupéry)


Vinha sobre Pedra





"Não conheço nada mais sério do que a cultura da vinha."



(Voltaire)

13 June, 2008

A uma Amiga


Aqueles, que eu amei, não sei que vento
Os dispersou no mundo, que os não vejo...
Estendo os braços e nas trevas beijo
Visões que à noite evoca o sentimento...

Outros me causam mais cruel tormento
Que a saudade dos mortos... que eu invejo...
Passam por mim, mas como que têm pejo
Da minha soledade e abatimento!

Daquela Primavera venturosa
Não resta uma flor só, uma só rosa...
Tudo o vento varreu, queimou o gelo!

Tu só foste fiel - tu, como dantes,
Inda volves teus olhos radiantes...
Para ver o meu mal... e escarnecê-lo!

Antero de Quental, In. Sonetos Completos

Estava perdido e apareceu!

Caríssimos Irmãos, algumas pessoas, ultimamente, tem-me perguntado porque deixei de escrever.
Falta de tempo é sem dúvida um dos motivos. Contudo, não é o único.
Pois bem, por vezes a vida torna-se um pouco, para não dizer muito, complicada, às vezes passamos por situações que jamais imaginámos possíveis. Todavia, essas situações acontecem sem nos darmos conta e sem sabermos porquê. Tentamos lidar com elas diariamente, diligenciamos enfrentá-las da melhor forma exequível, mas mesmo assim não vemos, nem por um canudo, resposta para as legitimar.
Quem disse que a vida é fácil?
Pois é, a vida não é nada fácil, até é extraordinariamente difícil, tão difícil que por vezes se torna detestável, porém, lá vamos nós vivendo enquanto Deus consente.
Queridos amigos, eu tenho por hábito viver a minha vida segundo as profecias que Jesus nos ensinou. Quando me deparo com alguma dificuldade pego na minha bíblia (amiga de muitos anos) e analiso minuciosamente uma ou outra parábola que se associe a essa situação, e que me ajude a pelejá-la.
O que fazer?
Ai está. Uma questão que à priori parece simples, mas que até é bastante complicada. Particularmente quando não temos conhecimento de causa e, subsequentemente, não sabemos o que realmente devemos fazer.
É evidente que num momento de desespero rezamos uns terços, pedimos a Deus e aos Santos um milagre, prometemos fazer, em troca de um desejo cumprido, uma infinidade de coisas (na maioria das vezes fazemos promessas absurdas que não conseguimos cumprir por falta de condições financeiras, físicas e psicológicas), mas mesmo assim a coisa não vai lá.
Enfim… ninguém é perfeito, e quem diz que é está longe de o ser!
Uma das parábolas que Jesus nos ensinou, aquando da sua rápida passagem pela Terra, fala-nos de um filho que abandonou o seu pai, que se distanciou daqueles que gostavam dele, decidiu, sabe-se lá porquê, explorar o mundo, e após passar pelo “inferno” concluiu que o melhor para si era retornar a casa. No dia em que regressou, o seu pai vestiu-lhe com as melhores vestimentas, abateu o seu bezerro mais gordo e fez-lhe uma grandiosa festa de boas vindas. Vendo isto, o seu filho mais velho ficou encolerizado porque tinha servido o pai tantos anos, sem nunca o desiludir, e nunca tinha sido agraciado desta forma. Então o pai disse-lhe: “- Meu filho, tu estás sempre comigo e tudo o que eu tenho é teu, mas era preciso fazermos uma festa e alegrarmo-nos, porque o teu irmão estava morto e voltou a viver, estava perdido e apareceu.”
Depois de tantos anos a ouvir e ler esta parábola, somente agora compreendi o seu significado.
Em verdade vos digo que são inúmeras as vezes que temos de amar e auxiliar aqueles que carecem voltar a viver. Mesmo quando não os compreendemos.
Temos que acreditar neles e, sobretudo, ter fé em Deus. Talvez assim valha a pena continuar a lutar.

E que assim seja!

05 June, 2008

A Maior Virtude do Ser Humano!

Um Homem estava a colocar flores no túmulo de um parente, quando viu um chinês colocando um prato de arroz na lápide ao lado. Ele vira-se para o chinês e pergunta:
- Desculpe, mas o senhor acha mesmo que o defunto virá comer o arroz?
E o chinês responde:
- Sim, quando o seu vier cheirar as flores.
"Respeitar as opções dos outros é uma das maiores virtudes do ser humano. As pessoas são diferentes, agem e pensam de formas diferentes. Não julgue. Tente apenas compreender.”

Paz Perfeita


Certa vez um rei teve de escolher entre duas pinturas, qual mais representava a paz perfeita. A primeira era um lago muito tranquilo, este lago era um espelho perfeito onde se reflectiam algumas plácidas montanhas que o rodeavam, sobre elas encontrava-se um céu muito azul com nuvens brancas. Todos os que olharam para esta pintura pensaram que ela reflectia a paz perfeita. Já a segunda pintura também tinha montanhas, mas eram escabrosas e não tinham uma só planta, o céu era escuro, tenebroso e dele saíam faíscas de raios e trovões. Tudo isto não era pacífico. Mas, quando o rei observou mais atentamente, reparou que atrás de uma cascata havia um pequeno galho saindo de uma fenda na rocha. Neste galho encontrava-se um ninho. Ali, no meio do ruído da violenta camada de água, estava um passarinho calmamente sentado no seu ninho. Paz Perfeita. O rei escolheu essa segunda pintura e explicou: "Paz não significa estar num lugar sem ruídos, sem problemas ou sem dor. Paz significa que, apesar de se estar no meio de tudo isso, permanecemos calmos e tranquilos no nosso coração. Este é o verdadeiro significado da paz."

Beleza


"Beleza, presente de um dia que o Céu nos oferece."

Autor: Lamartine , Alphonse de

BRUMA DA SAUDADE


A montanha do Pico

Viu-te nascer

E nas ondas do mar

Foste embalada.


Cagarras gritavam

Ao anoitecer.

Envolta em bruma,

A Ilha encantada.


Largos horizontes,

Imensidão de mar,

Agora a saudade

Faz-te voltar.


Marés te levaram,

Marés te trouxeram,

Amor que no cais

Lágrima chorou...


Raios de luz

Por ti lá esperam.

Vindo da terra

O vento soprou.


Nuvens do céu

Lágrimas verteram

E das pedras negras

Para o mar correram.


(Jose M. Raposo)