27 June, 2007

Grupo Folclórico da Escola Primária de São Mateus


Não tenho palavras para descrever a alegria que senti no dia da apresentação do Grupo Folclórico da Escola Primária de São Mateus. Posso e devo, somente, dizer-vos que a actuação destas crianças foi excepcional.
Os meus Parabéns às excelentes crianças que, tão bem, dançaram. E, como não podia deixar de ser, aos grandes Professores e Ensaiadores que lhes ensinaram uma das nossas mais belas tradições.
Sei que sou suspeita ao dizer que a nossa Escola é a melhor das melhores, todavia, é essa a minha crença.
Brevemente apresentarei mais vídeos dessa sublime festa.
NOTA: Quero, desde já, agradecer ao Senhor Mário Silva, pela cedência do vídeo, e ao Senhor Manuel Luz, pelo auxílio na passagem do vídeo de cassete para CD.

26 June, 2007

Novos Baleeiros




Os Açores são um dos melhores locais do nosso planeta para os mamíferos marinhos.
Mais de 20 espécies estão identificadas! Esta riqueza faz das nove ilhas dos Açores um genuíno aquário natural, situado no meio do Atlântico, entre a Europa e a América.
Os cachalotes descobrem aqui inigualáveis condições: um santuário!
Libertas da pressão dos baleeiros, fruindo de águas translúcidas e de abundante alimento, as baleias permanecem, todo o ano, ao redor das ilhas. Este é um fundamento para explicar a ligação e a amizade que existe entre todos os açorianos e os cachalotes. Eles fazem parte da nossa herança natural, histórica e cultural. Esta ligação é tão antiga como a população, porém, fortaleceu-se a partir do aparecimento das baleeiras norte-americanas, há cerca de 200 anos.
Os açorianos aprenderam a ser baleeiros e exploraram a caça à baleia até 1987, data da morte do último cachalote.
Actualmente, as baleias continuam presentes nas nossas vidas, mas de uma forma mais excelsa e dignificante. Trata-se de uma herança, orgulhosamente, regenerada e, sobretudo, protegida.
Em verdade vos digo que os barcos continuam a sair ao sinal de “baleia à vista, baleia à vista”. Seguem em direcção aos cetáceos, guiados pelos “vigias”, indivíduos com traquejo feito ao longo dos anos que, auxiliados por eficazes binóculos, procuram incansavelmente um “bufo” sobre as águas.
A bordo o entusiasmo apodera-se da tripulação, a emoção multiplica e um só desejo é agora Rei e Senhor: o tão esperado encontro com os cachalotes e golfinhos.
O sentimento é idêntico ao do passado. Deixa todos perplexos entre o temor e o contentamento da descoberta. Era também assim a reacção dos baleeiros. Partiam para a “caça à baleia” como se fosse sempre a primeira vez, como se fosse uma verdadeira aventura.
Hoje somos nós a embarcar. Hoje nós somos os NOVOS BALEEIROS.

Tenho dito!

25 June, 2007

Proposta do Castelete


Almoço
"E que tal um almoço dos “bloguistas” do Pico?
Já somos alguns…e penso que seria interessante.
Eu sei que também aqui há divisões… (confesso que pensei bastante antes de escrever estas linhas), mas seria uma excelente oportunidade de esquecer questiúnculas que a nada conduzem. Temos um objectivo comum: defender e enaltecer a Ilha.
É sempre tempo de ultrapassar o que não importa, o supérfluo, e embora a net seja um local propício a troca de ideias, nada há como o contacto pessoal para que nos possamos conhecer melhor. Pode parecer “lírico”, mas estou convicto que não é.
Defendo que este almoço deve ser completamente aberto aos “anónimos” que diariamente comentam os “posts” e que entendam deixar de o ser. Também eles terão ensejo de “dar a cara” livre e definitivamente.
Proponho que o almoço se faça nas Lajes, mas tenham paciência, em Agosto, está bem?
Integro desde já a lista de inscrições, e fico a aguardar as vossas.
Vamos fazer deste almoço um excelente convívio!"



NOTA: Todos aqueles que quiserem participar neste almoço devem enviar um e-mail com o nome e respectivo contacto para: sla29@sapo.pt

24 June, 2007

Pensamento do Dia


"Quanto mais alta se eleva a estátua, tanto mais dura e perigosa é depois a pancada na queda."

20 June, 2007

Montanha do Pico - Pico Mountain


"Com efeito, ao longo de dezenas e dezenas de milhares de anos, as forças ígneas da Natureza foram erguendo esta monumental Montanha, escorrendo material fundido em seu redor a deslizar pelas suas rebaixadas vertentes até mergulhar nas águas do Oceano, cobrindo de passagem toda a terra antiga." (Duarte, In. Pico)


"For thousands of years, fiery forces of Nature raised this monumental Mountain, with molten lava sloping down it's sides reaching the Ocean and covering the whole land on it's way down." (Duarte, In. Pico)



Fotos: Sandra Lopes Amaral

18 June, 2007

Pico Island - Azores

15 June, 2007

Pessoas "do bem" e Pessoas "do mal".


Uma estimada Leitora enviou-me um e-mail pedindo uma atitude "mais do bem" nos recatados escritos que rabisco. A dita Senhora aconselha-me, nesse e-mail, a partilhar convosco assuntos menos polémicos, menos nocivos e menos sarcásticos. Com o e-mail da querida leitora, que assinou com um C., conclui que sou uma pessoa do mal por não reservar este espaço para temas amenos e fofos – afinal o Pico é feito de pessoas fofas. De acordo com algumas pessoas o mundo é lindo, as pessoas são lindas, o Michael Jackson é lindo, o D. Duarte é lindo, o lixo que adorna a nossa orla costeira é lindo e falar mal das pessoas à boca cheia é lindo. E, ao menor sinal de crítica, no meu entender construtiva, uma combatente ideológica sente-se impulsionada para começar, então, a atirar para todos os lados reivindicando uma postura politicamente correcta da minha parte.
Sim, a nossa ilha é formada por um contingente de bonzinhos, sempre prontos para advogar a moral e os bons costumes, já que num dos parágrafos da epistola que recebi a bem aventurada Senhora refere que tais críticas atraem "energias maléficas à integridade física e jurídica" de quem ousa quebrar o silêncio.
Pois é, estamos divididos em pessoas "do bem" e em pessoas "do mal". Vendo as coisas por este prisma é simples. É como nos tempos da escola primária, quando os meninos jogavam futebol e as meninas jogavam ao elástico (ou lá o que aquilo era).
Ser "do bem" é agradar a gregos, troianos e medianos. Ser "do bem" é aderir à ditadura da simpatia, é sorrir até quando faltam dentes e motivos e dizer que está tudo bem, mesmo quando tudo está mal.
Muitas são as pessoas que costumam confundir simpatia com boa educação, portanto uma pessoa feliz e sorridente facilmente se faz passar por educada, e ninguém liga se ela grita ao telefone, acende o cigarro dentro dos Hospitais ou profere palavrões a torto e à direita.
Ser "do bem" é demonstrar felicidade plena. As pessoas "do bem" esforçam-se para serem unânimes, aceites, convidadas para as festas, ilustradas nos jornais, bem amadas e bem citadas em textos tão dissimulados quanto elas.
Ser "do bem" é falar coisas boas pela frente e más por trás. Se numa roda de conversa, por exemplo, todos estão a falar mal de alguém isso não quer dizer que eles sejam "do mal". Só é "do mal" quem for o único a falar mal. Deu para entender? Faz sentido?
E, no mundo das pessoas "do bem" , tudo é hiperbólico: ama-se e adora-se com uma força invejável. No universo "do bem", o objecto de adoração vai de roupas a pessoas, músicas a filmes, mas só tem validade enquanto for novidade.
Pessoas "do bem" tornam-se os melhores amigos numa semana e, no dia seguinte, tornam-se inimigos mortais (uma das partes passa, automaticamente, a fazer parte do grupo "do mal"). O bem-estar entre as pessoas "do bem" tem na nossa ilha um sentindo tão amplo, tão aberto, tão prorrogado, que beira o vazio. Já parou, por mero acaso, para pensar na carência de um diálogo relâmpago entre duas pessoas "do bem"?
– Tudo bem?
– Tudo.
– OK.
Finalizando, peço desculpa a todos "do bem" que um dia se sentirem ofendidos por esta vossa humilde conterrânea. Todavia, não pretendo ser boazinha de acordo com o significado que os bonzinhos da nossa ilha dão à palavra “bonzinho”. Assim sendo, gosto de ser chamada de mazinha, ao menos é um diferencial. Para o bem, ou para o mal, já me sinto especial por isso. Sim, como outrora ouvi um professor amigo dizer: "falem mal, mas falem de mim".
Por favor, tenham dó, um pouco de bom humor e autocrítica nunca fez mal a ninguém.
Críticas construtivas não são, nem nunca serão, palavras destrutivas.
Paz na Terra aos homens e ás mulheres (como a caríssima Senhora do e-mail acima aludido) "de bem".

Com amor.

14 June, 2007

Regresso


"E contudo perdendo-te encontraste.
E nem deuses nem monstros nem tiranos
te puderam deter. A mim os oceanos.
E foste. E aproximaste.

Antes de ti o mar era mistério.
Tu mostraste que o mar era só mar.
Maior do que qualquer império
foi a aventura de partir e de chegar.

Mas já no mar quem fomos é estrangeiro
e já em Portugal estrangeiros somos.
Se em cada um de nós há ainda um marinheiro
vamos achar em Portugal quem nunca fomos.

De Calicute até Lisboa sobre o sal
e o Tempo. Porque é tempo de voltar
e de voltando achar em Portugal
esse país que se perdeu de mar em mar."

(Manuel Alegre)

13 June, 2007

E que assim seja Senhor!


Jesus, um pouco antes de morrer, ao se reunir com os Apóstolos no Cenáculo, insistiu sobre muitos pontos, um dos quais falar do Espírito Santo. Ele alia a acção do Espírito Santo à união que deveria reinar entre os discípulos e em toda a Igreja, em todo mundo. É a união profunda que se compara à união do Pai, do Espírito Santo e de Cristo, na Trindade. Essa união pela qual nós hoje oramos no ecumenismo e nos encontros das nossas comunidades é o elemento que, sem a graça e a acção do Espírito Santo, não conseguimos alcançar. O que mais estraga a história é a dispersão, é o desencontro das pessoas e dos povos. O Espírito Santo propicia a união de todos nós, união que só quem a possui e a sente pode aquilatar: quanto ela vale e significa para cada um de nós e para todas as comunidades cristãs. Ainda falando do Espírito Santo, Jesus diz: “Eu não vos vou deixar órfãos, ou sem ninguém. Eu vou mandar um companheiro, que vos vai acompanhar em toda a trajectória, em toda a caminhada das vossas vidas”. Assim, o Espírito Santo torna-se companheiro de caminhada, nosso assessor, nosso guia espiritual e cicerone: nas vias novas do acontecer vital. Ele é Mestre: ensina todas as coisas num novo estilo, numa nova modalidade. Assim, os Apóstolos tiveram coragem e hoje a maioria de nós ainda tem a coragem necessária para falar pela Igreja, em nome dela; falar pela força do próprio Evangelho, porque o Espírito Santo é que nos dá essa mestria que procede da Sua íntima união connosco.
Caríssimos leitores, há uns dias celebrámos, na nossa freguesia, a festa do Espírito Santo. Como é habitual, desde que me lembro, foi confeccionado um almoço das tão famosas sopas do Espírito Santo para todos aqueles que contribuíram com as rosquilhas para a tradicional oferenda.
Até aqui tudo bem, o salão da Casa do Povo estava bem arranjado, as sopas estavam soberbamente bem confeccionadas, o vinho era de boa qualidade, …, todavia, e como uma rosa tem sempre espinhos, considero que no meio de tanta alegria houve um pormenor negativo chamado política. Pois é, falar de política virados de frente para os símbolos do Espírito Santo e para a Rainha Santa Isabel é demais. Não é que fiquei a saber todos os projectos que a Junta de Freguesia de São Mateus tem para os próximos vinte anos. Entre piscinas, parques de campismo e outras coisas mais, podemos ter todos a mais pura certeza que, e segundo o digníssimo orador e perito na matéria, esta Junta vai ganhar as próximas cinco eleições (e cinco eleições porque vão ficar na Junta durante vinte anos, vinte anos a dividir por quatro anos de cada mandato dá precisamente cinco. E olhem que para fazer esta conta nem foi preciso fazer uso dos meus dezoitos e dezanoves valores a matemática, durante os meus anos de secundário).
Enfim, acho muito bem que se debata o presente e o futuro da nossa freguesia, contudo, existem os locais e os momentos certos para o fazermos.
Em verdade vos digo que palavras como aquelas que ouvi jamais deveriam ser proferidas durante uma festa de tamanha importância religiosa e espiritual.
Finalizando, relembro as palavras da Rainha Santa Isabel quando D. Dinis lhe perguntou o que é que ela levava no regaço. São rosas Senhor, são rosas, foi a sua resposta.
Pois se D. Dinis, actualmente, estivesse entre nós e me perguntasse o que é que eu pensava sobre tal narração supra mencionada, eu decerto lhe diria:
- São tolices Senhor, são tolices.

E que assim seja!

04 June, 2007

Manjares do Pico



Fotos: Goretti Jorge

O Amor é ...


"O amor é uma actividade, não um afecto passivo; é um acto de firmeza, não de fraqueza...é propriamente dar, e não receber."


(Erich Fromm)