20 February, 2007

São Mateus do Pico

18 February, 2007

São Mateus do Pico


11 February, 2007

O Belo é Necessário

"Neste mundo o lindo é necessário. Há mui poucas funções tão importantes como esta de ser encantadora. Que desespero na floresta se não houvesse o colibri! Exalar alegrias, irradiar venturas, possuir no meio das coisas sombrias uma transmudação de luz, ser o dourado do destino, a harmonia, a gentileza, a graça, é favorecer-te. A beleza basta ser bela para fazer bem. Há criatura que tem consigo a magia de fascinar tudo quanto a rodeia; às vezes nem ela mesmo o sabe, e é quando o prestígio é mais poderoso; a sua presença ilumina, o seu contato aquece; se ela passa, ficas contente; se pára, és feliz; contemplá-la é viver; é a aurora com figura humana; não faz nada, nada que não seja estar presente, e é quanto basta para edenizar o lar doméstico; de todos os poros sai-lhe um paraíso; é um êxtase que ela distribui aos outros, sem mais trabalho que o de respirar ao pé deles. Ter um sorriso que - ninguém sabe a razão - diminui o peso da cadeia enorme arrastada em comum por todos os viventes, que queres que te diga? É divino."

Victor Hugo, in "Os Trabalhadores do Mar"

08 February, 2007

Pico - Montanha Mágica



Montanha

"A palavra pesada
persegue a pedra,
revela o austero pulsar do silêncio
e, com ele, inaugura um olhar de montanha.
Do alto, a alma encanta-se
e o olhar precipita-se em direção ao luzir da cidade.
Do baixo, o corpo, enfermo, claudica
e os braços perdem-se na impotência primordial
de uma escalada.
A montanha é sentida
e nela diviso o inferno e o paraíso
da Babel recriada.
Estando no centro,
a minha alma assesta a caverna
na recomposição do paraíso Dantesco.
Dessa forma, a montanha enternece o poeta
e a palavra mais leve
revela a montanha/palavra
Refletida no olhar."

(Francisco Filho)

07 February, 2007

Sexo – Assunto Proibido


Existe um enorme hiato entre o que se entende por sexualidade, aquilo que se ensina, e em que meios esta orientação se dá.
Actualmente, e embora as informações sobre sexualidade sejam mais ricas e esclarecedoras, nem sempre são verdadeiras e responsáveis.
O sexo é, cientificamente, denominado como o conjunto de características genéticas, anatómicas e hormonais que distinguem o homem (XY) da mulher (XX). Já a sexualidade diz respeito às qualidades próprias do sexo, e também o modo como exercermos qualquer tipo de comportamento erótico.
É fundamental reflectirmos que a sexualidade muitas vezes ultrapassa as configurações biológicas, pois sempre apresentam na espécie humana uma inserção nitidamente psico-emocional.
A sexualidade humana é amplamente complexa e assim pode engendrar um amplo leque de condutas, sobretudo no mundo contemporâneo. Inúmeras subtilezas e circunstâncias do ambiente modificam o registro biológico do ser humano. Assim sendo, a biologia já não é tão determinante.
Em verdade vos digo que, mais do que nunca, é necessária uma contínua educação sexual, para que as pessoas, desde a tomada de consciência da própria sexualidade (na maioria das vezes no início da puberdade), possam caminhar serenamente, nesse contexto.
Caríssimos leitores é vero que a televisão é um dos maiores, senão mesmo o maior, veículo informativo que retrata variadíssimos temas actuais e, actualmente, indispensáveis no dia-a-dia de qualquer sujeito, todavia, algumas dessas informações nem sempre passam cá para fora de forma correcta e adequada. Os programas televisivos estão recheados de cenas sexuais cada vez mais explícitas, e mesmo parecendo informações sérias e coerentes, de maneira geral, proporcionam aos telespectadores, principalmente adolescentes, uma imagem distorcida e conflituante sobre a importância dos valores sexuais. Assim, muito se contribui para que as informações sejam equivocadas. O conhecimento da temática sexual pode transformar-se numa inadequada proliferação de mitos e crenças, distorcendo mais e mais o verdadeiro entendimento do sexo e da sexualidade.
A dificuldade dos pais em falar sobre sexo, com os filhos adolescentes, faz com que grande número dos jovens aumente, em demasia, as suas dúvidas e consequentes conflitos sexuais.
O sexo – assunto proibido – faz com que os jovens obtenham informações incorrectas, seja através dos colegas ou através de outros meios disponíveis, acabando por acumular ainda mais dúvidas às já existentes.
O que acontece afinal?
Acumulam respostas equivocadas dentro da família (Como nascem os bebés? Vêm de Paris no bico de uma cegonha). Pelo amor de Deus, tenham a Santa Paciência, mas assim não dá.
As experiências sexuais são iniciadas precocemente e sem o devido preparo, além de não terem o conhecimento de métodos anticoncepcionais eficientes, os adolescentes ficam expostos a graves problemas, tais como: gravidezes indesejáveis e DST’s (Doenças Sexualmente Transmissíveis).
A grande questão que então se coloca é: toda a orientação sexual deve ser feita desde cedo (adolescência) e de preferência pelos pais?
Creio que sim, contudo, por outro lado estes precisam de uma preparação específica, de tal forma que o saber transmitido seja claro, objectivo e verdadeiro.
É necessário lembrar e relembrar que as relações sexuais iniciadas muito cedo e de forma inadequada acabam desvanecendo as expectativas, amplificando o anseio e cooperando para posteriores problemas de desempenho sexual.
As incertezas sexuais, que inevitavelmente ocorrerão, não podem trazer mais inquietação do que as já previsíveis e que poderão assim ser indubitavelmente sanadas.
A educação sexual é, forçosamente, imprescindível no mundo globalizado em que a informação é cada vez mais acessível e influenciada pelos meios de comunicação.
Embora isso infelizmente nem sempre seja possível, sobretudo pela colossal desinformação que geralmente escolta os pais, competirá aos mesmos informarem-se da melhor maneira possível, para serem junto aos filhos, guardiães de uma benéfica e consciente instrução sexual.

E que assim seja!

03 February, 2007

Freguesia de São Mateus

"Aprendemos a voar como os pássaros, a nadar como os peixes; mas não aprendemos a simples arte de vivermos juntos como irmãos."

(M. Luther King)